Capítulo 9

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Bob era simplesmente maravilhoso! Muito bem humorado, apesar de parecer triste. Ainda era misterioso, mas eu quero conhece-lo profundamente, seu ar de misterio me atraía, ele quase não me conhecia e Já era tão acolhedor.

- É, hoje foi um bom dia. -suspirei.

Havia acabado de chegar em casa, eram onze horas da noite.

Tirei aquele salto baixo, mas que torturavam meus dedinhos, fui até o guarda-roupas e peguei uma toalha de banho. Segui para meu pequeno banheiro e relaxei em baixo daquela água quente que caía sobre minha cabeça, a mesma que deixaria meus cabelos ressecados. Comecei cantar uma canção.

- "Reparo o vento
E pra onde será que ele vai?

Se me levasse onde você mora,
Certamente eu iria atrás.

Em noites lindas
Eu fico a pensar,

Será que a lua
Brilha sozinha
Ou você que faz ela brilhar.

Ahhh... se eu pudesse imaginar,
Tudo que você pensa
Ou sempre irá gostar.

Ehhh... se eu pudesse entender,
O que te faz sorrir
Eu sempre ia fazer.

É que eu vim dizer
Mil poesias só pra você. "

Um simples reggae pra acalmar, relaxar e em seguida dormir em paz.

Saí do banho com o cabelos enrolados numa toalha e vestia uma camisola simples de seda clara.

Passei pela cozinha e comi uma maçã, não sentia fome.

- Preciso voltar a me alimentar direito. -resmunguei pra mim mesmo.

O que era verdade, raramente eu almoçava ou jantava, era sempre uma fruta aqui, um doce alí, nunca uma alimentação certa, isso acabaria me fazendo mal, e doente eu não podia ficar, precisava trabalhar, se não quem me sustentaria?

Deitei na cama, fiquei pensando por algumas horas e logo adormeci.

***

Acordei no outro dia um pouca atrasada, não um pouco não, muito atrasada.

- É hoje que Will me mata! -falei levantando rápido da cama.

Tomei o banho mais rápido do mundo, vesti aquele uniforme desconfortavel na mesma velocidade, peguei minha bolsa e saí ainda calçando a sandalha no corredor.

- Bom dia, Antônio! -falei passando correndo na portaria.

E lá fui eu, correndo pelas ruas de Porto Alegre. A empresa não era longe da minha casa.

- Bom dia, Marta. Will está furioso? -cheguei lá com a respiração acelerada e perguntei pra recepcionista.

- Salete, Will nem chegou ainda. -ela disse me olhando.

- Ainda bem, obrigada. -falei seguindo no corredor.

Cheguei rápido na sala, quase caí ao sentar na cadeira, mas ok.

Comecei anotando algumas coisas, uns cinco minutos depois Will chegou.

- Bom dia, Salete. -ele falou com pouca animação.

- Bom dia. -respondi no mesmo tom.

- Alguém Já ligou? -ele perguntou.

"Talvez na hora em que eu não estava" -pensei, mas disse:

- Ainda não.

- Ok, se ligarem passe a ligação pra mim, não precisa avisar antes quem é. -ele disse.

Sonhos Roubados [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora