Capítulo 32 - Parte I

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    No dia seguinte tivemos que sair bem cedo da casa dos pais de Will, até porque tínhamos usado sofá deles, me envergonhei por isso depois, mas saímos antes que alguém acordasse.

   Will me deixou em casa e logo foi para sua, eu ainda fiquei pensando na noite que tivemos, alguns sorrisos escapavam dos meus lábios, eu mal podia acreditar no  que aquele homem tinha feito com o meu coração, nada como um novo amor,pra curar as feridas de um antigo mal vivido.

   Não queria tirar os vestígios dele do meu corpo, mas precisava tomar um banho,  então entrei no banheiro e fechei meus olhos ao sentir a água gélida regar o meu corpo, imaginei como seria ter Will alí naquele momento, logo meus pensamentos foram embora quando ouvi o toque do interfone. Me enrolei rápido na toalha e saí, deixando molhar todo o chão.

- Oi. -atendi meio atrapalhada.

  O porteiro informou que Bob estava lá embaixo, pensei por um minuto, e podia ser algo sobre Matheus, ou não, podia ser mais uma idiotice dele, mas sei lá.

- Pode falar pra ele subir. - respondi rápido e fui correndo pôr uma roupa.

  Ouvi a campainha tocar, mas eu ainda não podia atender, pois ainda não estava vestida, ele parecia impaciente, pois tocou aquela droga umas dez vezes.

- Será que não pode esperar, cacete?!  -gritei impaciente  também.

  Abri a porta e ele já ia tocar mais uma vez aquela porcaria.

- O que é? -perguntei.

- Salete, volta pra mim! -ele falou na lata.

- Até parece, você já devia ter se acostumado com o fato de que nunca mais vai me ter. -falei. Era minha vez de dar meu desprezo.

- Não seja rancorosa, eu já disse que me arrependo de ter te traído. -ele disse sério.

- Eu também me arrependo de ter te conhecido, e não posso fazer nada pra mudar, o mesmo com você.

- Mas Amanda está me enlouquecendo, eu preciso de você pra esquecer ela.

   Eu mal pude acreditar no que ouvi. O que ele tinha na cabeça?  Cheguei a conclusão de que realmente não passava de um idiota.

- Eu não sou prêmio de  consolação pra ninguém. -falei morrendo de curiosidade pra saber o que Amanda estava fazendo. 

- Salete, por favor.

- Olha, eu tenho muito mais o que fazer, e saia daqui. -falei e subitamente senti suas mãos me pegando pela cintura.

   Seu rosto se aproximou do meu e sua boca na minha, me debati tentando sair de suas garras,  mas ele era mais forte que eu, mordi forte seu lábio, com minha raiva acima da média. Quem ele pensa que é, pra sair me agarrando assim?! No momento em  que me soltou lhe dei uma boa bofetada no rosto, quando ia fechar a porta na cara daquele imbecil, dou vista a um homem parado com um pequeno ramo de rosas vermelhas na mão.

- Will. -falei pasma.

   Bob ainda tinha a mão ao seu  rosto, eu pude ver lagrimas nos olhos dos dois homens à minha frente, meu coração se apertou, não por Bob, queria mais é que ele se fosse embora,  mas como eu ia explicar pra Will?

- Salete... -Will falou e deixou as rosas cair no chão.

  Will me deu as costas, eu não pensei duas vezes em largar a porta aberta e descer atrás dele, o mesmo havia descido de elevador, peguei a escada e desci correndo.

- Will, por favor, espera! -gritei.

  Ele parou e ajeitou a blusa.

- Eu nunca pensei, Salete...  Ainda mais depois... -eu o interrompi pondo a mão em sua boca.

Sonhos Roubados [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora