Capítulo 7

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"Como assim Bob está aqui, o que faz na delegacia? "-eu pensava enquanto encarava aqueles olhos misteriosos.

- Salete? -ele perguntou com um meio sorriso.

- Bob. -falei.

- O que a trás aqui? -ele perguntou não tendo o que dizer.


- É uma longa história .-falei sorrindo.

Ele não disse nada, percebi que olhava bem fundo em meus olhos, parecia procurar algo.

- Está tudo bem? -perguntei o tirando do transe.

- Ah... Sim! -ele gaguejou.

- Bom, Você trabalha aqui? -perguntei imaginando que não.

- Sim. -respondeu. Olhou a cima de mim e fez um sinal para que esperassem.

- Sério? Então acho que pode me ajudar. -falei com esperanças.

- Diga. -me olhou sério.

- O delegado Dênis os avisou que eu viria?

- Não.

- Como assim? Ele disse que telefonaria. -falei indignada.

- Ah Dênis! -ele suspirou. - Certamente esqueceu o seu nome. -falou rindo.

- Acho que nunca disse o meu nome. -ri me dando conta do fato.

- Assim piorou, ele nunca lembra, não adivinharia. -riu da minha cara de inconformada.

- O que você faz aqui? -perguntei.

- Sou... Algo parecido com detetive. -ele disse parecendo duvidar de suas próprias palavdas.

- Por que fala assim? -quis saber.

- Porque não é isso que eu quero fazer da vida, estou aqui apenas por uma missão pessoal. -havia tristeza em seu olhar.

- Quer encontrar alguém? -perguntei.

- Sim. Um alguém que se eu não estivesse em função da justiça, eu o matava! -substituiu a tristeza dos olhos por ódio, o mesmo que me machucava a alma.

- O que aconteceu? -perguntei realmente interessada.

- É uma longa história ... -ele secou uma lágrima que eu não vi brotar.

- Não quer falar? -perguntei.

Onde eu estava com a cabeça? Até parece que ele ia se abrir para uma completa estranha que Só viu uma vez na vida.

- Não, pelo menos não agora. -ele abaixou a cabeça.

- Eu entendo. -falei.

- Não, você não entende! -ele disse.

Toquei seu rosto, o fazendo me olhar, fitei o mais profundo de seus olhos e disse:

- Sim, eu entendo.

- Se você diz... -falou saindo da minha frente. Ele ainda parecia triste.

Resolvi sair daquele lugar.

- Vem, vamos! -passei rápido puxando Amanda pelo braço.

- O que houve? -ela perguntou.

- Vamos embora! -falei. Uma lágrima Já escorria.

- Calma, o que aconteceu lá dentro? -ela me parou e me encarou.

- Não foi nada, não descobri quem era o cara da tv. -falei olhando séria.

- Se não foi nada, seca essa droga dessa lágrima agora e levante a cabeça! -ela gritou.

- Ok. -respondi passando a mão no meu rosto.

Amanda sempre respeitou o meu silêncio, mas nunca suportou me ver chorar, portanto sempre dava um jeito de cessar as minhas lágrimas, mesmo que as vezes precisava ser grosseira, sempre funcionava.

Seguimos pra casa, eu estava pensativa, tentava descobri o que Bob quis dizer com "missão pessoal".

- Quer que eu fique com você na sua casa? -Amanda perguntou assim que chegamos perto de sua residência.

- Não, amiga. Mas Obrigada por tudo. -falei.

- Tudo bem, mas Vê se me conta essa história direito. -falou mexendo em meu cabelo.

- Pode deixar, logo mais você fica sabendo de tudo. -respondi dando um beijo em seu rosto.

- Está bem, se cuida amiga. -ela falou.

- Você também,e não dê bola pro João, mande-o ir a merda! -gritei rindo pra quebrar aquele clima.

- Fica tranquila que o João já dançou. -ela gargalhou. O que provava que ela estava bem, não sofria com a traição. Ela era forte, o que sempre me fez a admirar.

Cheguei em casa, chequei o celular que ficou guardado na bolsa o tempo todo. Tinha algumas chamada perdidas de Caio e outra de Will.

- O que será que Will queria? -perguntei pra mim mesmo.

Liguei pra ele, simplesmente me ignorou, porque eu sabia que ele vivia grudado ao celular, Como um adolescente viciado em joguinhos, mas não quis me atender, sendo assim não era nada de importante.

Resolvi ligar para Caio.

- Até que enfim! -ele atendeu animado.

- Só retornei sua ligação. -respondi seca.

- Nossa, mas que fria! -ele exclamou.

- Diga pra que ligou, seu chato. -eu ri.

- Ainda está brava comigo? -perguntou sério.

- Estou. -falei rápido.

- Eu Já pedi desculpas! -parecia bater o pé como uma criança mimada.

- Eu sei, está tudo bem, idiota! -gargalhei.

- Já sabia, sua besta, Você não vive sem mim. -ele brincou sorrindo.

- Mas que convencido! Saiba que você não é nada viu. -ri junto com ele.

- Ah Salete! -exclamou.

- Está tudo certo, agora tenho que desligar ,tive um dia cheio hoje. -falei bocejando.

- Tudo bem, amanhã eu apereço aí. -ele disse.

- Nem pense nisso, vou trabalhar amanhã. -falei rápido.

- Ah esqueci que vai visitar o Bofe Will. -ele riu.

- Deixe de ser bobo, Tchau Caio. -falei.

- Tchau, querida. -ele riu e eu desliguei.

Ainda era fim de tarde, mas eu estava cansada, então tomei um banho rápido, tomei apenas um suco de maracujá e deitei para dormir, o fiz rapidamente.

Sonhos Roubados [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora