Capítulo 26 - Por Bob.

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     ~Bob... 

    Eu já estava completamente louco  com Salete me ignorando daquele jeito, será que era tão difícil me ouvir? Me deixar  explicar? Ta, eu sei que era, afinal eu a feri, mas não tinha desistido, eu  precisava encontrá-la e contar tudo o que aconteceu. Depois daquele dia eu levei Amanda pra casa, e logo cheguei à minha, não consegui parar de pensar em Salete, eu derramei lágrimas por ela, senti muito em fazê-la sofrer, mas eu só precisava de uma chance.

   Estava deitado  na minha cama, quando minha mãe apareceu no quarto dizendo que tinha uma visita para mim, dei um pulo da cama e desci a escada correndo, imaginei ser Ela, mas era Amanda.

- Oi. –suspirei acalmando os passos, já que não era quem eu esperava.

- E aí? –ela perguntou se sentando no sofá.

- E aí o que? –fui um pouco rude, confesso.

- Conseguiu falar com ela? –perguntou no mesmo tom que eu.

- Ela não atende e nem responde as minhas mensagens.

- Nem as minhas. –disse.

- O que você queria? Que ela respondesse amigavelmente e ainda adicionasse emoticon de coração? –perguntei , estava com raiva, não que só ela fosse culpada, mas não queria conversar.

- O que eu te fiz? Custa ser ao menos educado?! –irritou-se. – A culpa não é só minha!

- Eu sei, desculpe-me, não estou legal. –falei.

- Eu também não  estou bem e nem por isso te tratei como ‘’qualquer coisa’’. –fez aspas com os dedos. –Se liga cara!

- Ta , foi mal! Eu não quero conversar. –falei.

- Mas vai ter que conversar comigo, pois eu quero minha amiga de volta e você, quer  ‘’o amor da sua vida’’ de volta?! –fez cara de superior e usou de novo aspas com os dedos, como se duvidasse do meu amor por Salete, o que fez minha raiva crescer.

- É claro que eu quero o Amor da minha vida de volta! SEM ASPAS! –falei um pouco alto.

- Ta legal, então vamos conversar civilizadamente? –perguntou.

- Não somos civilizados, pessoas civilizadas não traem. –falei um pouco baixo.

- Cara, para de  se martirizar por causa disso. Ficar aí se lamentando e condenando-se pelo que fez não vai adiantar nada, vamos ir atrás dela. –falou séria.

 - Qual seu plano?

- Não tem plano, quero sua ajuda. –ela disse.

- Eu vou atrás dela tentar explicar tudo e depois você se resolve com ela. –falei.

- A engraçadinho, você vai lá põe a culpa toda em mim, fica de boa com ela e eu me ferro. –ficou brava.

- Não é assim, mas vai por mim, se ela me entender, também vai te perdoar. –falei.

- Sei não. –desconfiou.

  Não falei nada, ela parecia pensar.

- Ta bom, tenta se resolver e limpar minha barra também. –se manifestou depois de dois minutos de silêncio.

- Ok. –respondi um pouco seco.

- Agora eu vou indo... –disse.

- Ta bom. –continuei sentado enquanto ela estava parada à minha frente.

- Não vai me levar à porta? –arqueou as sobrancelhas.

- Está certa. –falei e me levantei a acompanhando. Ela deu um tchau pra minha mãe e parou na porta.

Sonhos Roubados [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora