Capítulo 30 -Parte II

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    Sentia uma leve dor de cabeça, estava num ambiente meio frio, e silencioso, abri meus olhos,  e notei dois homens ao meu redor.

  Um deles eu reconheci de imediato, Will.

- Está tudo rodando. -reclamei.

- Que bom que acordou, estava preocupado. -ele chegou mais perto pegando na minha mão.

- Você vai precisar descansar um pouco, teve uma drástica queda de pressão, o que causou o desmaio. -um médico  alto, aparentemente novo, falou.

-Ah. -resmunguei e virei-me para o outro lado.

- Você já pode ir. -Doutor disse.

- Ótimo, então vamos Will que eu tenho coisas a resolver. -falei rápido me levantando.

- Ei calma aí. -ele disse e o medico tirou um  fio de cima de mim.

   Recebi algumas orientações, e saí com Will em seu carro.

  - Me leva à delegacia. -praticamente ordenei.

- Não ouviu o que o médico disse?  Precisa descansar. -falou.

- Garanto que vou ficar em paz, depois de resolver tudo lá.

- Salete, eu preciso saber o que está acontecendo! -ele parou o carro e me olhou preocupado.

   Respirei fundo, e tomei coragem pra falar.

- Will, é o seguinte...

   Comecei a explicar toda a situação, desde o meu passado à ligação  que ainda tinha com Bob.

- Que monstro, ele é. -foi tudo que ele conseguiu falar depois de saber toda a história.

- Monstro qual está prestes a pagar pelo que fez não só comigo, com inúmeras adolescentes. -afirmei furiosa.

- Se é o tal Bob que pode ajudar a encontrar esse infeliz, vamos atrás dele. -segurou o volante com firmeza e saiu em alta velocidade.

  Estávamos  indo em direção à delegacia, meu estômago embrulhava só de pensar em ver o rosto de Matheus, eu não tinha ideia de como ele estava, se seus cabelos ganharam nova cor, se seu olhar vazio mudara, não sabia de nada, fazia tempo que não o via, isso me assustava.

   Quando estávamos na metade do caminho, liguei para o celular de Bob, depois de muito chamar, a ligação  foi enviada para caixa de mensagem, com certeza estava na tal perseguição do carro de Matheus.

- Está nervosa? -Will perguntou quebrando o silêncio.

  " Mas que pergunta! Claro que eu estou, super nervosa " -pensei, mas disse.

- Tensa, bastante tensa. -falei sorrindo fraco.

- Imagino. -fez um afago em minha mão e voltou a olhar pra frente.

   Logo chegamos em frente à delegacia, havia vários carros da polícia parado e o movimento já acontecia ao lado de fora.

- Oi, tem notícia de Bob? -cheguei já perguntando para um homem que uma vez eu vi conversando com Bob .

- Você é a Salete, né?  Ele avisou que provavelmente  viria, ainda estão todos na tentativa que pegar o criminoso. -o homem informou sério.

- E eu posso esperar aqui? -quis saber.

- Se não atrapalhar, tudo bem. Porque as coisas estão corridas por aqui. -disse pegando seu celular que tocava.

- Ok. -falei e segurei mais forte a mão de Will.

Sonhos Roubados [Completo]Onde histórias criam vida. Descubra agora