Pov's Philippe
— ALISSON RAMSÉS BECKER. — digo, entrando de supetão no quarto dele. — ACORDA, DESGRAÇA.
— ME DEIXA DORMIR, PHILIPPE. — Ele disse, tacando um travesseiro em mim.
— Eu quero te contar uma coisa. — digo, me jogando na cama.
— Fale. A MINHA PERNA, FILHO DE UMA MÃE MARAVILHOSA. — me deu um tapa nas costas.
— AIIIII, ALISSON. Desculpa, tá, amor da minha vida?
— Tu sabe que eu lesionei, to quase melhorando e tu se taca na minha perna, infeliz. — falou, colocando a mão na perna.
— Foi sem querer, porra.
— Tá, tá, tá. Agora me conta o que aconteceu. — Disse e se sentou na cama.
— Então, ontem, no dia da comemoração, eu convidei a Ainê pra conhecer os pontos turísticos.
— Eu vi que vocês saíram e chegaram mais tarde. — Se levantou e foi em direção ao banheiro.
— Então, apresentei tudo pra ela e quando estávamos vindo chamar tu e a Nat, ela disse: "Tchau, Philippinho".
— Ela te chamou de que? — ele saiu do banheiro com a escova de dentes na boca.
— De Philippinho. - digo, feliz.
— Meu Deus, se casem de uma vez. — ele voltou pro banheiro.
— Alisson, ela é passado... — falo, me levantado.
— Passado, Philippe? — Saiu do banheiro. — Nunca vai ser passado, ela "vive" com você, ela trabalha com você. E além do mais, vocês dois tem uma química incrível, se não fosse a Jéssica vocês dois estariam namorando, casados e até mesmo com filhas ou filhos, tu sabe que essa é a verdade, né Philippe?
Fiquei paralisando no tempo, pensando no que ele acabara de falar.
A Ainê realmente era passado? Uma paixão da infância? Um amor pra vida inteira? A minha futura mulher? A futura mãe dos meus filhos? Seria a Ainê a mulher certa?
— É...
— Sem resposta, né? Pois é, isso é pra ti ver como eu estou certo! Vocês dois ainda se amam, mas não confessam. Vocês dois ainda se amam, mas afogam as mágoas com outro (a), beijando, transando, pegando qualquer um por aí.
— Eu já entendi, Alisson, eu não sou mais criança. — falei irritado e sai do quarto dele.
— Não é mais criança? Olha como tu está lidando com a realidade que eu to falando. — ele disse, vindo atrás.
— Eu não sei lidar com esses fatos, eu não sei, Alisson.
— Mas tu tem que aprender a lidar com esses fatos, eles vão te rodear sempre, não importa a situação! — disse, irritado.
— EU JÁ ENTENDI, ALISSON, EU NÃO SOU BURRO! - aumentei o tom de voz com ele.
— Eu não vou me rebaixar a esse nível. Pra que gritar? Pra que fazer esse show inteiro? PRA QUE? — disse tentando manter a calma.
— Pra que? — digo, indignado. — Pra ti parar.
— Parar? Parar de jogar os fatos na tua cara? Parar de jogar toda a poeira no ventilador? Eu não vou parar, se não for eu, quem vai ser? Quem vai ter a coragem que falar tudo que você não quer escutar, quem vai ter a coragem de falar tudo na tua cara, em Philippe?
Por minutos fiquei em silêncio, mas eu sou muito cabeça dura pra admitir que ele estava certo...
— Qualquer um pode ter essa coragem, basta falar.
— Tu não entende, né? Tem tantas pessoas que estão do teu lado por conta da fama, por conta do dinheiro, mas eu, EU, que sou o teu amigo de infância, que sei todos os teus podres, todas as merdas que tu fez, sem exceção. A pessoa que mais tem coragem pra falar e sem olhar as consequências sou eu, Philippe! Eu! Eu! Sabe por que? Porque eu não tenho e nunca tive medo do que tu iria dizer e de ser sincero. Eu não tenho medo de perder a nossa amizade.
— Alisson, quem estaria comigo por interesse?
— Vamos lá, aquela tua amiga, a Erika. Temos a Jéssica, a Nicoli, o Victor, o Leo... As minas que tu come pra afogar as mágoas.
— Que? A Erika?
– Sim, eu escutei uma conversa dela com o Leo... Tanto é que ela descobriu e saiu do trabalho dela e a Ainê entrou no lugar dela.
— A Nicoli?
— A puta mal amada e sem noção do perigo? Pelo amor, Philippe. Das tuas namoradas a que eu mais odiei foi ela. Ela te traia com o Victor, e só estava contigo por puro interesse.
— Jéssica?
— TODO MUNDO sabe que ela não presta, ela era popular? Era, mas as amigas dela não a suportavam. E eu perdi contanto com duas pessoas, duas pessoas muito importantes na minha vida! E sabe por que????? Porque a Jéssica te pegou, eu consegui manter contato com as duas, mas não era como antes, sabe? — disse e se sentou no sofá. — Só agora eu recuperei a confiança da Natália e da Ainê, tanto é que eu vou pedir a Natália em namoro... E eu não quero, de maneira alguma, perder tu, a Nat e a Ainê por coisas bobas, por brigas extremamente idiotas. Tu me entende?
— Eu entendo, eu to tentando recuperar a confiança das meninas também, mas eu já magoei elas demais, a Ainê principalmente, eu não quero que isso aconteça de novo, não quero! E eu também não quero brigar por coisas bobas e terminar a nossa amizade por coisas bobas.
— Então você aceita que vacilou? Que ainda a ama? Que sabe que ela não só passado? Me conta, eu gostaria de saber. — ele disse e me olhou, sério.
— Aceito que vacilei. Talvez eu ainda a ame, mas não como antes. Ela não é só passado, e se ela é, esse passado está voltando, eu não posso lutar contra ele.
— O passado é um bagulho muito louco. Trás coisas extremamente difíceis de lidar, coisas ruins, coisas boas... E o pior: A gente não pode lutar contra ele.
— Não, não pode. — olhei para o chão. — E, se a Ainê não for o Amor da minha vida, ela vai ser um grande amiga.
— Exatamente.
— Eu só queria que aquela Ainê de alguns anos atrás voltasse, ela tinha conselhos maravilhosos, conselhos amorosos. — rio. — E dava apoio e suporte quando necessário.
— Ela mudou, Philippe. Ela mudou por conta das tuas atitudes bestas. Ela mudou por culpa da Jéssica. Ela mudou por culpa de tudo o que aconteceu com ela. Ela não vai mais ser a mesma de antes.
— Eu sei... Ah, desculpas, eu fui rude com você. Não devia ter agido assim.
— Tudo bem, brigas fazem parte de uma amizade, não concorda? - balancei a cabeça positivamente. — Então esquece. Mas se lembre do que falamos aqui: "Ela não é passado" e nunca vai ser.
— Não vou esquecer. Mas agora o senhor vai me contar como ira pedir a Nat em namoro.
— Hihi.
— Eu sempre shippei, meu Natalisson.
— Teu o que? - Disse, confuso.
— Meu Natalisson. Junção do nome de vocês, Nat = Natália + Alisson = Alisson.
— Ata, KKKKKKK.
— Mas é lerdo, meu Deus. — coloquei a mão na cabeça, rindo.
— Poxa, nem tanto. — falou entre risadas.
— Tá, mas agora me conta. — sentei do lado dele. — Quero saber TUDO.
— Vamos lá...
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Sempre foi ele - Philnê
Fanfiction"Eu me apaixonei pelos olhos verdes dela..." - Philippe Coutinho. "Eu me apaixonei por aquele sorriso dele..." - Ainê Noel. Philippe e Ainê se conhecem desde de criança, mas nunca imaginaram que no meio daquela amizade poderia existir um amor...