Prisão criminal ┊𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚
A vida pode ser cruel, mas a vida na prisão é um pesadelo.
Jimin nunca imaginou que iria acabar na prisão mesmo sendo inocente, nunca imaginou se envolver em tantos problemas lá dentro e mais do que tudo: nunca im...
Anterior: E como se tudo não bastasse, Jungkook o beijou.
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A primeira e natural reação de Jimin seria recuar, afastar Jungkook e agir como uma colegial cujo primeiro beijo foi roubado, talvez dar um tapa na cara dele e gritar sua indignação por seus limites ultrapassados sem permissão, acusá-lo de tirar vantagem de seu estado confuso.
Mas ele não podia.
Suas mãos, que inicialmente empurrariam o outro para longe, repousam em seu peito, as duas mãos parecendo confortáveis em seus lugar. Jimin não podia fazer nada, não podia recuar, não podia atingi-lo, não podia fazer nada que não fosse mover seus lábios lentamente.
— Jungkook, não... — Jimin sussurrou apenas quando o beijo terminou e lutou para recuperar o fôlego, uma mão aplicando um pouco de pressão contra o peito para distanciar.
— O que é isso, Mochi? — Jungkook cantarolou com aquele tom divertido, não soltando seu quadris, não importa o quanto Jimin empurrasse seu peito. — Você tem um gosto tão bom quanto eu imaginei.
Suas palavras apenas aumentando o fogo dentro do corpo de Jimin, fazendo-o solta um pequeno gemido, enquanto olhava para cima para encarar aquele rosto estúpido e bonito de Jungkook.
— Não é... Isso não é ...
— Certo? Jimin, aqui está além do bem ou mal. — Jungkook riu, segurando as bochechas de Jimin para olhar nos olhos dele. — Você está cercado por criminosos, mas esses criminosos ajudam você mais que sua família.
Jimin congelou quando ouviu as palavras que tinham na cabeça antes de tudo isso começar; as mesmas palavras que ele disse ao pai alguns segundos atrás, foi dito por um serial killer.
— Eles não sabem como é aqui dentro.
Jungkook riu de novo e Jimin se encolheu.
— Eles não ajudariam você, mesmo que soubessem.
Jimin fechou os olhos com força, balançando a cabeça levemente antes de agarrar os ombros de Jungkook com força.
Passaram-se semanas desde que ele começou a sentir algo estranho por Jungkook, semanas desde que Jimin havia aceitado que gostava dele, semanas desde que ele entendeu que gostar de Jungkook não o transformava em uma pessoa ruim.
Tão distorcido quanto parece.
— Você é especial. — Continuou Jungkook, pressionando o nariz no pescoço de Jimin e plantando beijos nele. — Não posso ter ninguém com mãos nojentas em você, cortarei cada dedo, cada mão, cada pé, cada coisa, até que não passem de minhocas patéticas no chão, como eu fiz no passado. Ninguém pode ter você.
Jimin sabia que aquelas não eram palavras vazias, sabia que Jungkook realmente queria dizer elas e o pensamento causou uma reação violenta dentro de seu corpo; Jimin se sentiu doente e repugnado ao imaginar o cadáver, assustado e ameaçado por alguém obcecado com o que ele faz, e mais do que tudo, ele se sentiu atordoado. As pessoas o usaram, aproveitaram sua bondade e boa natureza para machucá-lo, mandá-lo para o inferno na terra enquanto Jungkook o protegeu, o salvou de ser assassinado, de ser estuprado.
