Prisão criminal ┊𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚
A vida pode ser cruel, mas a vida na prisão é um pesadelo.
Jimin nunca imaginou que iria acabar na prisão mesmo sendo inocente, nunca imaginou se envolver em tantos problemas lá dentro e mais do que tudo: nunca im...
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Houve momentos em que Jimin pensava em sua mãe; no dia em que ele foi se despedir e em como aquela mulher admirável o perdoou e permitiu que ele escapasse. Ele sempre se perguntava como ela estava, se o relacionamento dela com o pai havia se deteriorado por causa dele, se anos de casamento haviam caído por causa de sua decisão.
Através de sua mente, Jimin teve a ideia de vê-los de longe, perguntando a Yoongi se podia vê-los através das câmeras, mas logo se livrava dessa idéia porque não se sentia com o direito de desrespeitar a privacidade deles, não sabia como seu cérebro reagiria ao vê-los, parecia que a massa de neurônios ainda estava terminando seu processo de reconfiguração e vê-los poderia fazê-lo chorar e gritar por um dia inteiro.
Depois de enviar seus dois amigos para a prisão, Jimin foi verificar a família deles, uma das mulheres estava de fato doente, a osteoporose estava ruim, os dedos estavam torcidos e os joelhos doíam a cada passo, sua saúde estava decaindo. O filho enviava dinheiro periodicamente, mais parou de fazer isso há um tempo, deixando-a com pouco dinheiro para equilibrar entre o remédio e as coisas básicas. A outra mãe estava em boas condições de saúde, mas as notícias de seu filho admitindo um crime a atingiu com força, como esperado.
Jimin tentou se sentir mal, se arrepender, mas não conseguiu.
- Aqui. - Olhando para longe do chão, Jimin caminhou até Yoongi e sentou-se ao seu lado, olhando para a tela com uma câmera. - Não tenha pressa.
Jimin sorriu e assentiu, segurando o laptop nas pernas e observando Yoongi ir, respirando fundo quando a porta se fechou, olhando para a tela por alguns segundos antes de clicar no pequeno botão gravar.
- Olá. - Jimin começou. - Eu sei que já faz um tempo desde que você ouviu falar de mim e que pelo menos o pai não quer me ouvir, está tudo bem, eu entendo... mas ainda quero dizer algumas coisas para vocês dois, espero que possam ouvir para mim. Não sei se você ouviu, mas há dois dias meus dois amigos confessaram o que fizeram comigo e foram à polícia. Segundo o relatório, um chegou com uma ferida nas calças por ter sido esfaqueado e o outro teve dois dedos quebrados.
Jimin continuou brincando com a corrente do brinco.
- Fiz isso, pedi a alguém para procurá-los e os trouxe para o nosso lugar... lá eu os fiz ver o que eles fizeram comigo e, espero ter lhes ensinado uma lição. Eu não sou mais o mesmo, mudei, matei pessoas que tentaram nos machucar e matariam se alguém tentasse machucar qualquer um de vocês. - Jimin suspirou. - Eu sei que parece ruim, muito ruim, mas posso dizer com segurança que não gosto, realmente não sinto prazer em fazer alguém gritar ou qualquer coisa, mais eu... aprecio quando eles admitem que estão errados quando o que construíram cai em cima de suas cabeças.
Jimin riu baixinho.
- Eu pareço um monstro, certo? - Ele perguntou, olhando para seu reflexo que deu de ombros. - Eu acho que sou, de certa forma, mas não me sinto mal com isso, me sinto muito melhor depois de enviá-los para a cadeia sabendo que eles nunca vão escapar, quero que eles fiquem lá por todo o tempo que o juiz derem a eles. - Olhando para a tela, Jimin sorriu ao ver a figura de sua mãe saindo da cozinha para a sala de estar. - Eu mudei, mudei muito, mas estou indo bem e espero que vocês dois não carreguem a culpa do que sou agora, mudei por causa das circunstâncias diferentes, não por causa de vocês... Por favor, fique feliz e saudável, amo vocês dois.
