Parte 12- Precisamos de privacidade

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Depois da escola TJ chegou a casa rapidamente com vontada de estar com a Spinelli. Ela chegou uns minutos depois dele e podia notar-se que pela primeira vez ela não estava cômoda na casa dele, sendo ele agora seu namorado e não seu amigo. Os dois foram para o quarto para estarem sozinhos e mais á vontade. Logo que entraram no quarto, TJ impulsivo, fechou logo a porta á chave e puxou Spinelli para junto dele roubando-lhe um beijo. Um beijo intenso e diferente do que todos os primeiros que tinham dado. Ele mais que ninguém não se conseguia controlar. Tinha as hormonas todas descontroladas e isso nem sequer passava-lhe pela cabeça. Spinelli não poderia negar a si mesma que adorou aquele beijo e do jeito impulsivo de TJ, mas pelo outro lado, ela ficou assustada por tudo aquilo que estava a acontecer tão rapido e sem explicação. Ela ainda tinha medo do que sentia, pois era um sentimento desconhecido para ela, para eles . Para recuperar o folgo ela afastou-se dele, interrompendo o beijo :

Spinelli : TJ... Calma.- ela deu um sorriso.

TJ : Desculpa. Só que eu não consigo me controlar. É tão bom quando estamos assim e são tão poucas as vezes que podemos ficar assim.

Spinelli : Sim eu sei... Quando estou contigo sinto coisas que nunca senti antes e tenho um pouco de receio...

TJ : Eu também. Mas a vontade de te beijar, de te abraçar, de estar assim contigo faz-me perder o medo e passar á ação. Gosto tanto de ti, que eu nunca poderia imaginar que um dia isto poderia ser possivel.

Spinell : Eu também penso assim. Isto de namorar...- ela parecia envergonhada. _ Nunca pensei que fosse assim tão bom !- ela sorriu e ele correspondeu alegremente.

TJ : Maravilhoso ! Se tivessemos sabido disso antes... No dia que nos beijamos pela primeira vez do 4°ano, poderiamos ter aproveitado muito mesmo.

Spinelli: Sim. Gosto muito de ti, TJ!- disse ela um pouco envergonhada ao mesmo tempo que se aproximava-se dele e lhe beijava com ternura. Passaram assim por um bom momento. Nada mais lhes importava naquele momento. Era só eles os dois que existiam. Um sentimento muito forte ligou os dois nesse dia. Mas tiveram que interromper aquele momento pois alguém tinha tocado á porta naquele instante. Assustados com as batidas na porta, eles separam-se imediatamente:

TJ : Quem é ?

Vince : Sou eu, meu! Abre a porta!

Spinelli : O Vince?- TJ destranca a porta e abre-a deparando-se não só com Vince mas com o resto dos amigos.

TJ : O que estão aqui a fazer ?

Vince : Como assim o que estamos aqui a fazer ? Hoje é sexta-feira. Nós sempre fazemos algo em conjunto depois da escola.- TJ e Spinelli tinham-se esquecido desse promenor.

Mikey : Oh Spinelli...- Mikey repara na amiga que tentava passar por despercebida. _ Já cá estás! Nós passamos pela tua casa e os teus pas dizeram que tinhas vindo para cá.

Spinelli : Sim. Eu vim para cá. Eu e o TJ já estavamos indo ter convosco.- TJ e Spinelli trocaram olhares.

Vince : Ok, estamos aqui todos. O que vamos fazer hoje ?_ Todos esperavam que TJ programasse alguma coisa para eles fazerem, como ele sempre faz. Mas a unica coisa que TJ queria fazer era com Spinelli e naquele momento eles não podiam. Mandar os amigos para casa não seria um solução, pois só levantaria suspeitas.

TJ : Não sei... Decidam vocês. Para mim qualquer coisa está bem.- os amigos haviam percebido que TJ não parecia muito entusiasmado.

Gus: Então TJ?... Tu sempre arranjas algo fixe para nós fazermos.

TJ: Desculpem... Eu ultimamente não tenho tido muitas ideas.- Spinelli ao ver a expressão de TJ ficou preocupada. Os dois olharam-se por uns instantes enquanto os outros discutiam sobre o que fazer. Eles pareciam comprender o que o outro pensava naquele instante.

Nada era como antes. Eles tinham que fingir que nada tinha mudado apesar das coisas terem mudado radicalmente. Eles queriam um tempo a sós mas estavam sempre rodeados pelos seus amigos e pelos miudos da escola. TJ já não era o mesmo de sempre e Spinelli temia que os amigos ao notarem isso poderiam se perguntar e se perguntar, até os descobrirem e ai... Ai ela não saberia o que fazer nem o que dizer.

Gretchen: Desculpa Spinelli. Viemos em mal altura...- Gretchen aproveitou a distração de todos para conversa em particular com a amiga. Ela logo que tinha entrado no quarto do TJ havia notado que os dois estavam juntos e que eles só tinham vindo atrapalhar.

Spinelli: Não faz mal Gretchen. Eu e o TJ já deveriamos estar á espera disto. Os outros não sabem de nada e por agora é melhor não ficarem a saber.

Gretchen: Compreendo. Mas vai ser dificil para ti o TJ ficarem um tempo a sós connosco sempre no meio. Na cabeça deles ainda somos um grupo de amigos e que devemos estar sempre juntos.

Spinelli: Eu sei disso tudo Gretchen... Eu não esperava que isto fora tão dificil. Neste momento tudo o que eu mais quero é estar com o TJ e não posso. Tenho medo deste sentimento incontrolavel que não me deixa pensar direito.

Gretchen: Isso que tu me disses é interessante. Se me permites vou guardar essa tua confissão e passa-la para uma observação. Tudo pela ciência é claro.- Gretchen pegou no seu télémovel portatil e anotou todas as suas observações.

Spinelli: Tudo pela ciência... (ora bolas... falar com a Gretchen é a mesma coisa que falar para um livro. Parece que não estou a ser totalmente compreendida mas sim usada como expriência cientifica).

Assim passaram a sexta-feira, como um grupo de amigos que sempre foram. Decidiram ficar pelo quarto do TJ e jogar alguns jogos de cartas.

No dia seguinte, TJ liga para a casa da sua querida Spinelli:

Spinelli: TJ, ontem foi horrivel ter que mentir á frente deles e agir como se tudo estivesse bem!- Spinelli estava bastante desgostosa de toda aquela situação.

TJ: Eu também senti o mesmo que tu. É estranho o que vou dizer agora, mas naquele momento eu só queria que eles desaparecessem para eu ficar contigo. Para eu te beijar e te abraçar.- Spinelli cora ao ouvir aquelas palavras. _ É a primeira vez que não quero eles sempre por perto! Bolas, parecem cola!

Spinelli : TJ, eles são nossos amigos. A nossa relação com cada um deles continua sendo a mesma. Não podemos mudar isso senão eles acabaram por desconfiar!

TJ: Começo a pensar que o melhor seria contar tudo para eles. A Gretchen sabe de tudo e leva isto numa boa. Eles de certeza que irão compreender e apoiarem-nos.

Spinelli: Estás a falar da Gretchen?! Ela age assim porque tudo faz parte do estudo dela sobre namoros. Nós para ela não passamos de uma simples expriência. E vá lá que ela é bastante sensata. Agora... O Mikey e o Gus são muito sensiveis que até dá dó! Eles nunca iriam compreender. Por outro lado o Vince... Não sei como ele poderia reagir.

TJ: Sim... Estou a ver o que queres dizer. Ok, tudo bem por agora. Mas eu não vou ficar nem uma vez sem estar contigo por causa deles.

Spinelli: E o que pensas fazer?

TJ: Eu vou conseguir encontrar um esconderijo na escola para podermos namorar. Vai correr tudo bem, não te preocupes.

Spinelli: Eu confio em ti. Agora tenho que desligar. Tenho que fazer os trabalhos de casa.

TJ: Porque não passas cá por casa e fazemos os trabalhos de casa?- disse ele com malicia na voz.

Spinelli: Se eu fosse, tudo o que iriamos fazer era tudo menos os trabalhos de casa. Ahahaha. Tu sabes muito! Eu vou ficar cá em casa hoje, nós depois nos vemos. Beijos, gosto muito de ti.

TJ : Outro também para ti. Gosto bué de ti Spinelli.

TJ e Spinelli, tinham combinado ir ao parque perto da casa deles pescar, no dia seguinte. Era calmo e acharam que o melhor era partilhar esse domingo com os amigos, para não levantarem suspeitas. E assim passou um fim de semana.

TJ e Spinelli, um amor conturbadoOnde histórias criam vida. Descubra agora