vinte e dois

327 16 0
                                    

Saio do quarto, com a intenção de ir para a sala, mas paro antes de descer as escadas, ao ouvir algumas vozes no quarto em que o play estava. E a porta estava aberta. Quem entrou lá sem a minha permissão?
Bruna: Ah, não... — Caminho até o quarto e entro ali, vendo meu pai Yuri falando algo com Felipe, que estava sentado no chão.
Felipe: V-Você..— Ele sussura.
Bruna: Que diabos você está fazendo aqui? — Olho para meu pai.
Yuri: Bruna, você é maluca?
Bruna: O que foi?
Yuri: Esse garoto poderia morrer, sem comida e sem água.
Bruna: Como assim, oras? Tinha umas besteiras em cima da cama e água. Se ele não comeu e nem bebeu, eu não tenho culpa.
Yuri: Eu já não acho muito bom você ter o sequestrado...
Bruna: Mas você não fará nada a respeito! Você pode ser meu pai, mas eu sou dona desse morro e ninguém me diz o que fazer. Você pode, por favor, sair daqui? — Ele nega.
Yuri: Eu não irei o soltar, mas acho melhor você o tratar como gente, se não quiser que ele morra antes de a família nos dar o dinheiro.
Bruna: Não tem importância se morrer. Eu tenho milhões de planos para caso isso aconteça. O que, se ele continuar agindo do jeito que estava antes, irá acontecer rapidinho — Lanço um olhar mortal para o Play, que desvia o olhar.
Felipe: N-Não me mata... Por favor. É só isso que eu lhe peço...
Yuri: Bruna...
Bruna: Como você entrou aqui?
Yuri: Eu tenho chaves reserva de todos os cantos dessa casa, esqueceu? — Eu bufo.
Bruna: Nos deixe sozinhos, pode deixar que eu resolvo isso.
Yuri: Tudo bem, tudo bem. Eu logo voltarei para ver como está o garoto — Eu reviro os olhos.
Bruna: Tá', tá'. Vaza! — Meu pai ri e sai do quarto, então eu fecho a porta e a tranco. •

Opposite Sides Onde histórias criam vida. Descubra agora