quarenta e dois

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Gustavo: É sério que você não sabia disso? — eu assinto.
Felipe: Sempre achei que todo mundo tinha uma vida igual a minha, até porque eu sempre estudei em escola privada, todos que estudavam comigo eram ricos. Para mim esse negócio de ser pobre ou era fingimento, ou coisa de filme — Gus ri.
Gustavo: Ah, Felipe, você é uma comédia.
Felipe: O que tem de engraçado?
Gustavo: Nada não — Ele nega, enquanto ainda ri.
Felipe: Gus, posso te perguntar uma coisa?
Gustavo: Claro, diga.
Felipe: Nós somos amigos, não somos?
Gustavo: Claro!
Felipe: Então... Você poderia me tirar daqui?
Gustavo: C-Como é?! — Ele me encara.
Felipe: Eu quero ir embora, Gus... Gustavo: Eu sei, eu sei.
Felipe: Eu quero voltar para a minha família. Eu sinto muita falta deles. Ficar aqui é horrível! Só não é pior porque agora eu tenho você como amigo... E você poderia fazer isso por mim — Ele suspira.
Gustavo: Me desculpe, Felipe, mas não.
Felipe: Por que não?
Gustavo: Eu não quero que Bruna perca a confiança que tem em mim.
Felipe: O que ela ganha fazendo isso comigo? Não era mais fácil ela só ligar pros Meus pais e pedir o dinheiro?
Gustavo: Sim, mas ela prefere aproveitar bastante as vítimas antes de as libertar. Ela já fez isso com você, mas pode acontecer de novo...
Felipe: N-Nem me lembre disso... — Falo baixo e suspiro. •

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