cinquenta e um

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Felipe: Não precisa fingir ter pena de mim.
Bruna: Eu não tenho pena de você! E eu estou falando sério. Algo dentro de mim não me deixa fazer nada a você.
Felipe: Hum.
Bruna: Ah, quer saber? Vá se foder, Felipe. Eu estou falando a verdade a você, e você fica me tratando com desdém?!
Felipe: Não estou te tratando com desdém.
Bruna: A sua família deve te odiar muito, porque você está aqui há quase três semanas e eles ainda não te acharam.
Felipe: Eles me amam...
Bruna: Ah, amam, claro! Com certeza alguém seria capaz de te amar — Ele me olha e sem seguida suspira, choroso.
Bruna: Não, não, não fique triste, por favor... — Falo assim que vejo seus olhos se encherem d'água, e rapidamente o abraço.
Bruna: Desculpe, desculpe! Foi no calor do momento...
Felipe: V-Você...
Bruna: Você sabe como eu sou, Lipe. Por favor, esquece isso, desculpa — Ele se solta do abraço e caminha até a cama, se deita e abraça o travesseiro.
Bruna: Lipe... Lipe, desculpa...
Felipe: Me deixa em paz!
Bruna: Eu estou pedindo desculpas, caralho! — Ele fica em silêncio.
Bruna: Se fode, também, porra. Já pedi desculpas e você fica fingindo que não ouviu essa merda! — Saio do quarto, batendo a porta com força. •

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