Arbitrium e a Árvore Arcana

XIII - E MATTHIAS DISSE: FAÇA-SE A LUZ!

Nesse momento, Matthias desperta de seu longo sono. Levou alguns segundos até o garoto assimilar o que estava acontecendo.

- O que está acontecendo? - Ele pergunta. - Onde estou?

- Resumindo. Estamos em uma caverna e seus amigos estão em apuros. - Flora responde.

- Estou morrendo de curiosidade em saber como vocês se meteram nessa encrenca enquanto eu estava desmaiado. - Fala o garoto com ironia. - Mas no momento, é melhor evitar que nossos amigos morram.

- E como vamos descer? - Pergunta Flora. - Já notaram a altura em que nos encontramos?

- Olha, até usaria a runa de levitação outra vez. - Matthias explica. - Mas acredito que não seja uma boa idéia ficar mais algumas horas desmaiado.

O garoto olha para baixo e então uma ideia lhe surge.

- Shinru, consegue nos levar até lá embaixo? - Matthias pergunta. - Durante o incidente em sua casa, notei que sua força é bem maior que a de um humano comum. - Ele explica. - É só uma ideia. Mas suponho que vá dar certo.

- Creio que não temos outra opção. - Diz Shinru.

- Certo. O plano é o seguinte. - Matthias fala em seu melhor tom de liderança. - Quando estivermos lá embaixo, Shinru e eu distraímos a aranha enquanto Flora vai soltar Kyriel e o Léo. Shinru, para realizar o que tenho em mente, vou precisar da sua velocidade, então quando chegarmos lá embaixo preciso que continue me carregando, tudo bem?

- Sem problemas. - Diz o garoto. - Segurem-se em mim.

Logo em seguida, Shinru põe Flora e Matthias em cada um dos seus ombros e pula em direção aos garotos.

Já lá embaixo, colocam o plano em prática.

- Flora, já sabe o que deve ser feito!

A garota então se desprende de Shinru e parte em direção aos garotos.

- Ei, monstrengo! - Matthias grita. - Venha nos pegar!

A aranha partiu furiosa em sua direção.

Flora chega ao ponto em que os garotos estavam presos, reunindo toda a coragem que tinha dentro de si. O que ela estava prestes a fazer não ia ser nada fácil.

- Ótimo, como se já não bastasse todo esse caos, agora temos uma... - O anão inicia a fala, mas logo é interrompido.

- Tome cuidado com o que fala. - Flora diz em um tom furioso. - Pouco me importa o que você pensa ao meu respeito, o importante agora, é que vocês os soltem para podermos acabar com aquela coisa. Senão, eu mesma vou certificar de que ela mate vocês todos.

- Quem você pensa que é para nos dar alguma ordem? - Fala o anão chefe.

- Acha que está em posição de discutir? - Flora o encara de um jeito ameaçador. - Garanto que esses moleques podem dar um jeito naquela coisa. Mas se nós, simplesmente irmos embora, o que será de vocês? - Diz flora já desamarrando-os.

- Saiba que não me agrada nenhum pouco me aliar a sua laia. - O anão começa. - Mas dadas as circunstâncias, não temos outra opção.

- Ótimo. - Diz flora assumindo um ar muito mais tranquilo. - Agora vamos ajudar os outros.

- Essa vou ficar te devendo. - Leonídas fala apontando pra sua perna machucada. - Parar nossa descida me custou mais do que eu gostaria.

- Neste caso, vou sozinho. - Kyriel se prepara para o confronto. - Flora, pode ficar aqui e cuidar do Leonídas?