Capítulo 16

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Paula 🌙

Ontem foi mó barulheira, tinha escutado barulho de tiros.

Tava meio solitária e vazia. Menor nem falou mais comigo.

Ah, pau no cu também.

Ia saindo de casa, quando uma moto parou na minha frente.

Vitin : E ai novas, afim de uma volta? - Parou na minha frente.

Paula : Não aceito carona de estranho. - Forcei sorriso e fui saindo.

Vitin : Muito cu doce memo, minha piroca é diabética,  caralho! - Eu ri sem ele ver.

Subi na moto e depois de alguns minutos a gente chegou em um lugar distante, mas bonito.

Dava pra ver o céu bem azulzinho.

Paula : Me sequestrou? - Falei descendo.

Vitin : Tu acha que eu ia querer um embuste desses? - Perguntou se olhando pelo retrovisor ajeitando o cabelo.

Paula : Para que eu sou um amorzinho. - Ri e ele concordou.

A gente foi andando e ele parou em um lugar e a gente sentou.

Vitin : Como tu ta? - Falou olhando pra mim. 

Paula : Cheia de fitas. - Encarei o céu.

Vitin : Menor?  - Parou de me olhar.

Paula : Também. - Ri.

Vitin : Entendi, gosta dele? - Perguntou de uma vez e eu permaneci calada por um tempo.

Paula : Eu acho que sim, não sei...Sou confusa. - Ele concordou.

Vitin : Mas aí, falar pa tu.. Ele gosta de tu pra caralho, não decepciona ele! - Ele olhou pra frente e mudou a expressão facial.

Paula : E tu? Gosta de alguém? - Perguntei e ele nem demorou muito pra responder.

Vitin : Da minha coroa, da minha irmã e o carinha lá de cima, procede dona? - Apontou pro céu.

Paula : Tu tem irmã? Quero conhecer! - Falei empolgada.

Vitin : Algum dia, quem sabe. - Ele riu.

Paula :   Vem cá, escutei uns tiros ontem a noite..  o quê era aquilo? - Ele me olhou fazendo gesto de arma.

Vitin : Se acostuma. Era confronto. - Abri mó olhão.

Paula : Aonde tu fez curso? - Ele me olhou sem entender.

Vitin : Curso? - Ele soltou um sorrisinho de canto.

Paula : Pra ser tão gato assim, puta que pariu. - Ele riu.

Vitin :  Eu sei, sou gostoso mermo! - Falou e passou a mão no cabelo.

Paula : Não se emociona não. - Ri.

Vitin : A Helena disse que ia te pegar de porrada. - Eu concordei.

Paula : Manda vir. - Ele assentiu.

Vitin : Vou expulsar ela do morro, só trás b.o. Pena que se ela for, pode me foder la fora. - Neguei.

Paula : Poxa, queria raspar o cabelo dela - Falei com voz de tristeza e ele riu.

Algum bagulho começou a tocar e ele pegou, parecia um rádio e ele se afastou.

Depois de alguns minutos ele voltou.

Vitin: Ai dona, vamo. - Falou seco e eu me levantei.

Gosto da presença dele.

Tudo Aconteceu. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora