Capítulo 42

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Desci o morro e fiquei esperando o paizão. Nem demorou muito eu vi ele de longe.

Paizão : Fala Menorzinho! Caralho, já ta grandão meu parceiro. Muitas bucetas? - A mulher que tava com ele olhou com cara feia.

Menor : O pai é sossegado, cria! - Ri.

Paizão : Famoso pica de mel, fala tu. - Neguei rindo.

Menor : Quem é a dona ai? - A mulher me olhou com o nariz empinado.

Paizão : Minha muié, lek! - Olhei pra ela.

Menor : Tá diferente de como saiu daqui. Satisfação dona - Balancei a cabeça e ela sorriu simpática.

Paizão : Cadê Vitinho? Mandei mensagem pra ele e ele não visualizou, nem nada!

Menor : Vitinho ta em cana, mas ja tamo vendo os bagulhos pa tirar ele de lá hoje, tá ligado? - Ele me olhou decepcionado.

Paizão : Vitinho é macaco velho nas paradas. Vai dar tudo certo, irmã!

Paizão : Bora entrar que eu quero contar uma fita mó foda pra família! - A gente foi andando.

Entramos no Morro e ele tava mó fascinado com o trabalho que o Vitinho tava fazendo aqui.

Paizão : Quem ta gerenciando a boca? - Ri.

Menor : O Chapa, mas ele também ta em cana.

Paizão : Caralho, e quem ta agora? - Neguei.

Menor : O papai aqui, oh - Ri apontando pra mim.

Paizão : Presta atenção nos bagulhos tudo, em, menor! - Concordei.

Colei na casa do Vitinho e a tia Leide abriu mó olhão quando viu o Paizão.

Leide : Não acredito! - Soltou um grito.

Paizão : Acredite, dona! - Abriu os braços e ela foi abraçar ele.

Leide : Que saudades! - Falou quase chorando.

Paizão : Po eu não tava de vocês não, sem caô - Ela riu.

Isa : Tioo, que saudades! - Pulou no colo dele.

Paizão : Menininha ta grande, cria! - Ela riu. - Aí Leide, ja tô ligada na fita que aconteceu com o Vitinho, fé que ele vai sair de lá, morô? - Ela concordou.

Leide : Tenho muita fé nisso!

Lorena : Não me conhece mais, Isa? - A muié falou e a Isa olhou pra ela rindo com cara de tonta.

Isa : Nossa, é verdade! Cada dia mais linda. - Babou o ovo dela.

Menor : Para de falsidade Isadora, menina fingida!

Isa : Vai se fuder Menor, credo garoto! - Mandou dedo.

Não fui com a cara da dona não rapá, mó mocinha da Barra. Cara de falsa do caralho mané, papo reto.

Menor : Vou vazando que eu tenho que ver uns bagulhos na boca. - Paizão disse que ia comigo e a maluca já veio brecar.

Lorena : Miguel não... Por favor!

Paizão : Ah Lorena, não vem de ideia não, cara! - Ela olhou pra ele com cara de cachorro.

Lorena : Por favor, não vai se meter com essas coisas de novo.

Paizão : Tenho conscientização dos meus atos, para de caô!

Vou dar um soco nela, na moral.

Menor : Bora logo! - Apressei mermo.

Paizão : Fé aí! - Ela negou e ele saiu.

A mina ficou com mó cara de tacho, mané.

Menor : A mina é sempre assim? - Ele riu.

Paizão : É mané, tem medo que eu volte com os bagulhos do crime. - Olhei pra ele.

Menor : Tu quer? - Ele negou rindo.

Paizão : As vezes tenho vontade, falar pa tu. - Assenti.

Menor : Tô ligado. Mas qual é a fita que tu ia falar pa nós?

Paizão: Vou esperar geral ficar junto, procede? - Concordei.

Já chegamos na boca e a gente foi entrando.

Sabiá : Caralho mané, o cria apareceu! - Abraçou ele.

Paizão: Voltei, caralho! - Fez abraço coletivo.

Pretin : Tu fez falta nos bagulhos! - Ele assentiu pedindo um verdinho.

Ele ascendeu e fumou.

Aí, a Lorena vai surtar.

Tudo Aconteceu. (CONCLUÍDO)Onde histórias criam vida. Descubra agora