CAP 4

3.7K 323 5
                                    

Se quiserem conversar 

evelyn_fsp (no instagram)


Ajax me mostrou as estações de trabalho e como funcionavam a dinâmica da matilha

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Ajax me mostrou as estações de trabalho e como funcionavam a dinâmica da matilha. Todos eram divididos em 6 grupos e cada grupo executava uma atividade, que as vezes se repetia, em um dia da semana como: Treinar combate físico, ministrado por Lucius, aquele da cicatriz no olho direito e cabelo cinza; Vigiar a fronteira de cima da montanha; Cuidar dos Ecals; Treinar novamente, mas agora comandado por Ajax, Produzir roupas, (travesseiros, cobertas, sapatos e outras coisas que auxiliam nos treinos, como cordas e pesos, que os lobos rasgam sempre); E um dia de descanso.

 A semana se encerrava com a junção de todos para uma caçada por Ecals e por fim todas as pessoas eram reorganizadas. Todos voltavam as mesmas tarefas, enquanto o grupo 1 fazia a primeira tarefa, o segundo, no mesmo dia da semana, fazia a outra e assim por diante.

—Os Ecals filhotes são tão fofos. —Eu me aproximei do cercado no qual ficavam os bebês Ecals. Eles eram todos atrapalhados tropeçando nas próprias perninhas e um se aproximou de mim manhoso e buscou minha mão por carinho. — Eu sempre quis ter um cachorrinho. Mas era difícil ter de alimentar nós dois e mais alguém só iria sofrer junto.

—Pra que um cachorro se você tem um lobo só seu? —Ele se aproximou sorrindo, ficando ao meu lado. Ri soltando ar pelo nariz e acariciando o peludinho. — E aqui os Ecals não são nossos amigos, são alimento. Não podemos ter afeição por eles. - Ele pegou o ecal que segurava e o colocou de volta no cercado. Eu concordei relutante, desviando meu olhar para as pegadas que meu pé formava na neve. 

Tropecei um pouco conforme seguia na direção indicada por Ajax de onde Eniel estaria, por que decidi ir sem segurar sua mão, mas consegui fazer o caminho apesar de ter quase caído várias vezes. Ajax rosnava algumas vezes, mas continuei em frente sozinha decidindo o deixar para trás, junto dos ecals que ele dizia que eu não podia fazer carinho.

Na base de uma montanha menor, a esquerda da montanha principal, a qual a cascata de água desce, Eniel tentava arrancava com as mãos pedras da montanha, em uma plataforma de um segundo andar um pouco acima da superfície. Várias outras pessoas o ajudavam, um homem de cabelos claros um pouco abaixo da orelha, em pé, olhava a montanha e apontava para pedras específicas, alguns lobos arrastavam pedras colocadas dentro de um saco de couro para jogar no meio do rio. Essa ação limpava a neve superficial e me permitiu ver que mais neve se encontrava por baixo, não era terra como pensava, apenas mais neve.

—Eniel! -Eu gritei correndo em direção ao meu irmão. Ele ouviu o meu clamor de alegria e veio deslizando pelas pedras, com neve superficial, para me encontrar no meio do caminho com um abraço. — O que você está fazendo de bom?

—Vem aqui. —Ele segurou minha mão e me ajudou a subir pela superfície íngreme irregular. Todos nos olhavam.

—Boa noite. Eu sou Amélia, irmã de Eniel. - Sorri e direcionei meu olhar para todos aqueles que estavam ajudando naquela tarefa. —Espero que ele não esteja atrapalhando vocês.

A lenda de AjaxOnde histórias criam vida. Descubra agora