Prólogo

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A história e todos os direitos sobre ela são meus

As imagens, porém, não me pertencem

                                                                     @evelyn_fsp  (Instagram)


Tinha uma vida que não valia lembrança, até resolver sair da terra de onde eu sempre sobrevivi

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Tinha uma vida que não valia lembrança, até resolver sair da terra de onde eu sempre sobrevivi. Tenho a mesma história de muitos humanos. Uma doença tinha matado meus pais, como todos os mais fracos ou velhos. Era mais uma órfã quando conheci outro perdido, porém diferente de mim, Eniel havia perdido além de si próprio, a sua terra também durante a guerra por território entre, lobos da terra fria, bruxos da terra roxa. Sabia que Eniel era um lobo e teve que fugir, mas não tinha visto seu lobo ainda, só tinha visto seu lado mais selvagem quando seus olhos brilhavam amarelos, até termos que fugir da terra humana porque estavam atrás de nós.

Logo, todos ficaram sabendo o que aconteceu ao sul, da morte de todos os lobos, e todos os bruxos se escondendo embaixo da terra mágica roxa. Decidi seria amiga daquele menino magrelo que me encontrou apanhando de outras crianças e me ajudou, teve a minha lealdade e virou meu primeiro amigo, meu irmão.

No reino humano os poucos guardas do rei não saiam do território sozinhos, principalmente porque o nosso era o único que não tinha magia, o que significava que os outros tinham e como humana estaria à mercê dos poderes dos outros. E por causa disso eu estava relutante em concordar totalmente com o Eniel em fazermos um esconderijo na terra deserta de gelo, uma terra com magia, que uma vez foi lar dos lobos, ele era pequeno quando teve que fugir de lá e talvez existisse algo novo ou perigoso que possa dar fim a nossa vida.

—Eniel, me escuta, não podemos ir pra lá sem saber um pouco mais de que aconteceu e o que nos espera lá. -Eu falei mexendo nos gravetos secos que formavam a fogueira que fizemos na parte mais externa da cidade humana que mais minimamente se aproximava da terra do Eniel. -

—Gelo. Neve. Frio. —Cada palavra foi seguida de um beijo no meu cabelo preto com pontas enroladas que descia até o meio das minhas costas, ao contrário do cabelo do Eniel que era loiro bem claro com algumas mechas brancas que brilhavam na luz do sol. –

—Sério, N. Para com isso. —Eu o empurro pra longe, ou ao menos tento, mas ele nem se move e apenas abre um sorriso fofo pra mim, eu acabo o imitando involuntariamente. —Pelo menos eu sei fazer uma fogueira.

—Uma fogueira não vai funcionar lá. O fogo não consome nada na terra de gelo, a magia do calor é a que não existe lá. A água é o elemento mágico lá -Ele se levanta e apaga a fogueira. –

—Então vamos sair da terra dos humanos sem nenhuma mágica pra uma de gelo, água e magia. -Eu coloco nossa coberta em volta dos meus ombros e entrego outra pra ele. — A minha mochila tem alguns pedaços de carne, frutas e uma castanha como prêmio pra você.

A lenda de AjaxOnde histórias criam vida. Descubra agora