CAP 12

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Ajax acordou em forma humana no meio da manhã sentindo Amélia longe de si. Ela estava sentada, olhando para o braço esticando tentando alcançar a luz do sol que passava pela porta meio aberta da caverna.

—O que foi, minha chama de luz? —Ele disse cauteloso, com medo de perturbar o olhar distante Amélia. -

—Faz tempo que não o sol, sinto o calor, é tudo tão escuro aqui. —Ela enrolou a coberta em torno do seu corpo nu, se levantou sendo observada por Ajax enquanto caminhava para a porta sem nenhuma explicação anterior. —

—Amélia... —Ajax sussurrou se levantando apoiado no cotovelo, coberto apenas por outra manta. —

O chão frio da neve não era percebido pelo pé descalço da mulher e o vento que cortava o topo da montanha não permitiu que a atenção da mulher fosse desviada do sol, mesmo que ela não percebesse o final do caminho.

Braços fortes e ávidos rodearam a cintura da mulher e seu corpo foi puxado firmemente para trás, longe do fim do fim da montanha, de maneira súbita. Ajax tinha os olhos arregalados e ofegava, as mãos tremiam.

—Você está bem? O que aconteceu, meu amor? Você estava perto demais da beirada

—Ah, não vi. Me distrai. —Amélia focou o olhar e sorriu, abraçando Ajax, deixando um beijo carinhoso no nariz dele, não desfazendo muitos as rugas de preocupação que ele tinha. — Às vezes fica fácil esquecer as coisas quando tenho um homem bonito do lado.

—Vamos dormir, vem, você está fria, deixa eu te esquentar. — Ajax sucintamente segurou o corpo de Ana contra si e a levou para dentro, deitando-se mais perto da porta, bloqueando o ar gelado, a colocando deitada em seu peito. —

—Faz carinho no meu cabelo para eu dormir? — Ela sussurrou e ele a puxou para mais perto de si, os dedos que conheciam agora todas as suas curvas se perdiam em apenas algumas do cabelo, acalmando sua companheira e tentando desviar seus próprios questionamentos. —

Acordei novamente, mas no começo da noite, vendo Ajax de costas, coberto apenas por uma calça, conversando com alguém que não chegava a minha visão. Minha comida já estava pronta e comi enquanto me limpava e procurava minhas roupas da noite passada espalhadas pela caverna para guarda-las para poder usar algo novo que Elena tinha feito, percebi realmente que eu só tinha uma capa e não a podia perder, a deixei de lado por enquanto, estava com Ajax pra me esquentar aqui dentro.

Assim que terminei cheguei atrás de Ajax e abracei suas costas, deitando minha cabeça nos seus músculos firmes. Ele passou as mãos para trás, enlaçando minha cintura

—Descansou? —Fechei os olhos contendo um bocejo, concordando com a cabeça. Levantei meu olhar para o homem na nossa frente. Ele parecia ter minha idade e era magro e um pouco mais alto do que eu, seus cabelos castanhos lisos eram cortados de uma maneira que circulava a cabeça com o mesmo comprimento da franja. —

—Olá, boa noite. —Comecei educada. —

—Querida, esse é o Bhaskara. —Ele se curva para mim. —

—Luna, é um conhecê-la. —O lobo a minha frente emitiu um som que senti sair da de seu peito e tremeu a base da sua garganta, fazendo o homem se afastar. Bhaskara me fez perceber que ainda tinham muitas pessoas que eu não conhecia ainda e que talvez nunca fosse conhecer se não fosse apresentada. —

—Aconteceu problema? —Sai de trás de Ajax, me colocando ao seu lado para poder lhe dirigir um olhar. —

—Não, carinho. —Ele me puxou de volta para perto dele, dando um passo de modo a pôr seu corpo entre mim e Bhaskara. — Ele só veio aqui porque eu pedi pra ele procurar uma coisa pra mim. Mas se ele não sair de perto de você, então teremos problemas.

A lenda de AjaxOnde histórias criam vida. Descubra agora