Desejo Carnal - concluída

CAP 27

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Segui Jethro pelo corredor da casa até chegar ao seu escritório, a casa era bonita e bem localizada, em nada se comparava minha cobertura moderna. A casa era de um estilo clássico tradicional, tinha quadros da família dele, e de alguns artista renomados.
Ele para na porta me dando passagem, eu estranho a sua hospitalidade toda, mesmo assim eu passo por ele, e me acomodo na sala ampla.

—Então? – pergunto assim que ele fecha a porta.

—Você me lembra tanto a sua mãe —ele fala pensativo enquanto nos serve uma dose de uísque.

—Foi para isso que me chamou? —ele volta o seu olhar para mim e balança a cabeça em negativa.

—Não James. Claro que não, eu me sinto mal por tê-lo julgado todos esses anos, pelo que você escolheu, é meu filho e eu amei tanto a sua mãe.. Como eu jamais amarei outra mulher —arqueio uma sobrancelha.

—Eu não estou entendendo onde você quer chegar —Falo confuso.

—Eu quero você mais perto de mim, dos seus irmãos, da sua madrasta.

—Mesmo eu sendo o que eu sou? —vejo algo que não reconheço em seu olhar —Me quer perto da sua família pilar da sociedade?

—Eu já disse que me sinto mal —em momento algum ele me pediu desculpas, ou disse que se arrependeu.

—Qual o seu propósito com isso Jethro? Até agora eu não acredito em nada do que você me disse, até mesmo a parte que disse amar a minha mãe. —Seus olhos são pura fúria, nada se compara a calmaria e astúcia que era a pouco.

—Não seja um moleque James Alexander, eu estou dizendo que quero você na minha família, Mesmo você sendo um.. Bem sendo um ator pornográfico —ele fala com escárnio. Mudando totalmente a sua postura para a mesma de quando eu precisei dele. A prepotência está ali, a vergonha o nojo, como ele mesmo disse eu tenho uma doença, isso não segue os preceitos de Deus e da igreja.

—Pois a minha resposta é.. Não eu não quero fazer parte da sua mentira, o que foi Jethro vai se candidatar a algum cargo político? Não eu não acredito que seja isso —falo quando ele não se manifesta —Está falido! – ele fica branco e seus olhos se arregalam parcialmente.

—Não é nada disso – suas palavras vacilam.

—Não... Não é porque você não aceitaria dinheiro de um ator pornográfico —uso o mesmo escárnio dele para falar.

—Seu... —ele é interrompido por vozes alteradas quem vem da sala, sala qual eu deixei Samantha.
Saio em disparada e as vozes vão ganhando mais força quando chego mais perto, percebo a voz de Sam, ela está fora de si.

—Sua louca.. Carola maluca, deveria se tratar.

—Você é uma selvagem, eu disse ao meu marido que não era boa ideia receber pessoas desse nível aqui. Por mais dinheiro que tenham não tem classe.

—Você se acha melhor por ter um nome, mas não tem felicidade, e nem amor de verdade dos que a cercam. É uma perua esnobe, que é chacota das outras pelas costas.

—Sam, o que está acontecendo? —Ele está perecendo uma coisinha nervosa, pronta para pular no pescoço de Madeleine.

—Meddie o que está acontecendo? —Jethro pergunta atrás de mim, a mulher começa a fingir um choro o que deixa Sam mais irritada.

—Eu vou degolar essa perua velha —Samantha fala se movimentado em meus braços.

—Pare Sam!

—Eu falei que não era uma boa trazer essas pessoas aqui, por mais que estamos sem dinheiro não vale a pena essa gente não tem classe, a minha classe vale mais do que dinheiro. —ela fala fazendo Sam ficar ainda mais brava.

—Não seja burra, sua classe não paga as viagens de luxo que você gosta – Jethro fala baixo, mas não o suficiente para que não possamos escutar. Ela faz uma cara de choro agora de verdade —Eu peço desculpas Madeleine está um pouco alterada, é a falta dos remédios.

—Pelo visto não é só remédio que falta... Educação também passou longe – Samantha fala despertando a ira de mulher novamente.

—Olha..olha o que essa remeira está falando —Seguro Samantha mais uma vez.

—É melhor fazer sua mulher parar com os insultos a Samantha, Jethro. E saiba, já teve uma época em que eu aceitaria isso, porque talvez eu só quisesse uma família. Mas eu vejo que não será com você, sendo meu pai ou não.

—James por favor... Anna está muito  doente ela é só uma menina —Sam aperta o meu braço, é a filha dele com ela, embora eu nunca tenha tido contato com ela é minha irmã.

—James – Sam sussurra ainda agarrada a mim, e Madeleine nos olha como se tivesse a rainha da Inglaterra na barriga.

—Pela menina eu ajudo.

—É tudo o que eu quero de você —Jethro fala e não vou dizer que isso não machuca bem lá no fundo. —Eu mando a conta dos remédios. Não falo mais nada e saio dali com Samantha, entramos no carro sem uma palavra ser dita.

—Você é demais... Mesmo não tendo obrigação, e essa visita tê-lo machucado você ainda irá ajudar a sua meia irmã.

—Ela é minha meia irmã.. Eu sabia que ela sempre fora  doente... Só não imaginei que gastariam tudo e não teriam nem como pagar o tratamento da menina. Ela não merece pais como esses —falo arrastado com o carro – Eu disse que a minha história não era bonita Sam.

—Mas aqui... —ela aponta no meu coração —Aqui é lindo, e isso importa para mim James —Encosto a minha testa na dela assim que paramos no sinal.

—Eu te amo, minha namorada !

—Eu te amo James.. Meu namorado!