Desejo Carnal - concluída

CAP 25

Jj

Me viro na cama, passo a mão pela mesma e não encontro James, me sento na cama atordoada, a porta do quarto está aberta  a luz que vem do corredor me faz fechar os olhos. Me levanto e vou a procura dele, o acho na imensa sala, ele aprecia o céu de Seattle, sua mente parece focada em algo que ninguém pode desvendar além dele. Vejo ele repousar o copo sobre a bancada, se escora no mureta que dá para a varanda.

—Perdeu o sono? —Me assusto com a sua pergunta sorrateira.

—Acordei e você não estava na cama —Falo  a ele que ainda está de costas para mim. —Vi a luz do corredor acesa então só segui —ele se vira e dobra os braços na altura do peitoral. Seus olhos sedutores me analisam de um jeito que me queima por dentro –O que está acontecendo com você?

—Vem aqui —me chama ignorando a minha atual pergunta, me encaminho até ele, o mesmo me acolhe em seus braços. —Eu não consigo dormir direito a muito tempo Sam, salvo os dias que estou muito cansado, mesmo assim ainda acordo a noite. —Fico ali agarrada a ele, o ouvindo sem lhe questionar nada. —Desde que ela se foi —levanto a cabeça para lhe encarar

—Quem se foi James? —Ele balança a cabeça

—A Minha mãe! —então eu não lhe questiono mais, apenas deixo que ele fale o que sente. — Quando eu era pequeno ela dormia comigo, me dizia que eu seria um homem brilhante, que eu conquistaria tudo o que eu quisesse. Era uma mulher incrível, com o tempo eu foi percebendo ela cada vez mais abatida.. Apática. Então veio a pior notícia Nora tinha leucemia e eu não podia fazer nada. Ninguém podia fazer nada quando ela se foi, meu pai se casou novamente, mas não era a mesma pessoa, se casou com uma mulher rica. Então sua vida passou a ser uma mentira, quando eu me afastei dele para seguir a minha vida porque não queria viver uma mentira, como aquela família, ele não se importou. A verdade é que Jethro nunca se importou como a minha mãe. —Ouço tudo calada, mas sem impedir que algumas lágrimas caia com tudo que eu ouço.

—Eu sinto muito James!

—Ele me disse —prossegue como se estivesse em um transe —que o que eu fazia era me prostituir, coisa de doente, que não queria ligação com uma vergonha como eu —ri nasalado — não era o meu sonho ser ator e produtor de filmes eróticos, mas me vi nesse mundo e depois que entrei me senti em uma família novamente, até vir os vícios, as festas todos os dias te levam a uma dependência. Eu procurei ele Sam, mas a sua mulher não queria ele ligado a mim, ele muito menos ainda mais que iriam ter outro filho.. Eu vi nos olhos deles o horror que sentia por mim, a família burguesa com uma ligação com alguém como eu — sinto as lágrimas dele cair, eu beijo cada uma, isso parece despertá-lo

—James eu sei que eu queria saber, mas isso te machuca não precisa falar mais —Ele me abraça como se dependesse daquilo

—No dia em que ele ligou.. Eu não o atendi mas ele insistiu, eu me vi obrigado, até porque ele usou outro número para conseguir —ele pausa — me convidou para jantar —chocada eu me afasto dele um pouco, como esse homem tem coragem?

—Nós... —ele não me deixa terminar

—Vamos!