Desejo Carnal - concluída

CAP 20

Sam

Estamos juntos?

É eu acho que estamos juntos, caramba nesses dias eu precisei me beliscar para acreditar que isso era real, caramba isso é real! Eu Me olho no espelho pela décima vez, o espelho do quarto dele vai do chão ao teto, o sonho de qualquer mulher. Então não é nenhum sacrifício me arrumar aqui.

-Está pronta? -pergunta já vestido casualmente.

-Sim... Não sei, talvez? -ele sorri

-Calma, você não irá fazer nada, só irá conhecer, não precisa ver nenhuma filmagem também. -Ele me convenceu a ir na produtora, fiquei em estado de choque, em pensar que eu já quis “por impulsividade” ser uma atriz pornô.

-Aí meu Deus James é fácil para você afinal, você lida com isso, eu sou apenas uma mortal -ele beija o meu pescoço, fazendo o meu corpo se arrepiar inteiro.

-Para você também será, você vai ver.. Vai me ver em ação -acerto um braço dele com força. Ele sorri -mas é só atrás das câmeras minha ninfa, não tem sentido eu fazer mais nenhuma cena, eu sou melhor produtor do que ator -Mente e sei que é para me deixar tranquila, e eu não pedi para que ele não fizesse mais cenas. Ele já tinha essa ideia fixa e disse que já não praticava mais a um tempo antes de me reencontrar.

-Você é tão cafajeste... Gostoso que eu não consigo me chatear -passo os braços em volta do seu pescoço, ele está tão lindo com uma jaqueta de couro marrom escura. Isso realça o brilho dos olhos dele. O que  me lembra que na nossa brincadeira da noite passada e eu não sanei toda a minha curiosidade.

-O que você quer me perguntar? – franzo o cenho  -você está com a carinha de quem quer perguntar algo.

-Bem, não falamos de sua família... E eu não perguntei a sua idade -ele me olha estranho e depois cai em uma gargalha que me contagia.

-O que uma coisa tem a ver com a outra? -Questiona ainda com o corpo trêmulo de tanto sorrir, dou de ombros -Eu tenho trinta e cinco minha ninfa -balanço a cabeça, ele suspende o meu queixo e me beija, sua boca invade a minha, ele passa  os braços na minha cintura me fazendo aquecer o corpo. -Hum... Vamos antes que eu desista da minha ideia -dá um tapa estalado em minha bunda.

-James.

-Gostosa!

Em um clima tão gostoso descemos até o estacionamento do prédio dele, entre beijos e carícia.
Mão boba. Dele é claro!
Paramos em frente ao seu carro, ao mesmo tempo em que o seu celular toca, o clima muda de uma hora para a outra, e só ele ver no aparelho o autor da chamada. Bufando ele descarta a ligação e enfia o celular no bolso da jaqueta, segura a minha mão e me conduz até a porta do passageiro. Espero ele falar o que era o que parece que não vai acontecer.

-Quem era James? -ele olha para frente, não me encara em nenhum momento, enfia a chave na ignição.

-Ninguém! -fala seco

-Para “ninguém” te deixou com muito mau humor -ele bufa

-Sam, não -fala em tom de alerta, mas ele falou a palavra errada e no momento errado.

-Não o que? Você estava tão relaxado e agora tá aí como se o mundo estivesse prestes a desabar. Poxa James fala comigo, estamos juntos!

-Er...era o meu pai -tá legal, por essa eu não esperava, eu sei que ele tem problemas com a família, mas não sabia que era a esse nível, o nível de uma simples ligação o tirar do sério.

-Você quer conversar... Contar algo? – ele ainda não me olha.

-Ah Sam por favor... Só vamos esquecer isso tá bem, só preciso esquecer. Vamos eu te prometi um dia no meu trabalho, e isso não vai ser chato. -fala um pouco mais animado, mas o abalo emocional ainda está lá, ele está sufocando algo que não irá aguentar prender por muito tempo.

-Então vamos nessa -falo em um tom igualmente animado...Ou finjo tão bem quanto ele.