Os Strong Owls sabem quando devem deixar o orgulho de lado.

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— Eu não escolhi desafio, Áurea. — Jimin se defendeu e senti meu peito tranquilizar. Significa que ele não queria.

— Não seja um estrega prazeres. — Áurea gargalhou, deixando de vidrar em meus olhos que a fuzilavam.

— É, Jimin. — Kim concordou e, por suas atitudes inesperadas, vi Hoseok lacrimejar. — Seja divertido. — Os olhos de Taehyung totalmente embriagado o desejavam tanto que não havia se importado com o fato de que ele não tinha escolhido aquela opção. Tinha andado até o meio da roda e, sem a vontade e consentimento de Park, o beijou. O ósculo tinha sim motivos. Kim gostava de Jimin, é claro, mas sei que a maior porcentagem de suas razões foi para me provocar. Ele não precisava ver minha reação porque já sabia como seria. O que mais me deixou puto foi o fato de que dessa vez, Jimin deixou evidente a negação do beijo e, admito, me acalmou bastante. Mas, se ele houvesse permitido, não precisaria eu estar errado em pensar que podia arrancar os olhos de Taehyung, afinal, ele iria seguir sua vida normalmente. Sem Jungkook e Jimin. Sem um nós.

— Ele não quer, caralho. — O empurrei e notei que o semblante me ridicularizava, zombeteiro.

— Vocês não perguntaram onde estava minha coragem? — As íris cinza de Taehyung me analisaram com ódio, encarando todos os participantes da roda até encontrar Hoseok. — Aqui está, porra.

Kim segurou meu braço e senti suas garras nascerem abruptamente.

— Sempre brigam pelo Jimin... — Áurea reclamou, acusando-o de ser o problema de todas as brincadeiras quando na verdade era ela quem sempre fazia com que os jogos vetassem.

— Você quer mostrar que é um pulguento de merda? — Semicerrei o maxilar, esbravejando pela respiração toda a raiva acumulada em mim. — Mostra então, porra.

Ele me impeliu com o ombro, seus olhos transpassando para a cor vermelha que dizia sua posição como alfa.

— Os dois estão errados, seus cretinos. — Francine, com os seios de fora se pusera entre nós dois. — Você — Apontou para Taehyung. — por brincar com os sentimentos do Hoseok e você — o indicador se virara em minha direção. — por ser um otário com Jimin.

Áurea gargalhou.  

Senti a unha afiada encravar-se por entre minha pele enquanto Francine gritava por Ethan aproveitar as circunstancias para pegá-la e leva-la para longe.

— Me solta, cacete. — Berrou, debatendo-se contra os braços de Ethan.

Atrás de Taehyung consegui presenciar a face inchada de Jimin, provavelmente se culpando por tudo que havia acontecido e que mal conseguia lembrar, o que certamente só me fez ficar ainda mais zangado. O ato que me tirou dos pensamentos imersos em outro universo fora o soco de Taehyung, que me fizera cair no chão. Ouvia-o rosnar furiosamente e a esse ponto ele não se controlaria.

Levantei rapidamente, dissipando a concentração dos múrmuros em volta e toda a repercussão que havia gerado.

— Você é um merdinha carente. — Cerrei os punhos com força, vislumbrando a vertigem de seus movimentos. Estava bêbado demais para expor verdades que não deveriam ser faladas, mas não o suficiente para perder pra alguém como Taehyung.

Sem sequer pensar, saltei em direção à Kim, o fazendo bater as costas em um dos concretos que antes ficavam os assentos. Tinha um pouco de vômito a centímetros de seu braço esquerdo.

— E você acha que é grande coisa, né? — Socou o ar antes de se recompor e me acertar no rosto outra vez. Senti o vento percorrer toda a parte nua do meu abdômen, atirando-me para a porta de entrada da festa. Taehyung andou rapidamente até mim, chutando-me para as escadas. Os dentes estavam alterando vagarosamente à medida que os sons de sua roupa rasgando ecoavam. — Fodeu com a vida dele. — As garras adornaram meu pescoço, erguendo-me e me deixando sem ar. Meus pulmões eram fortes e convictos, mas a força de Taehyung também era sobrenatural, o que me faz arfar com dificuldade.

Strong Of Character - HolocaustoOnde histórias criam vida. Descubra agora