Strong Of Character - Holocausto

Strong Owls deveriam dar importância à maquiagem.

Jungkook estava empoleirado em uma das rochas protuberantes, conversando com Taehyung harmonicamente como se fossem melhores amigos desde a infância. É estranho vê-los bem, ainda mais quando minha missão é afastá-los para mais facilidades futuras.

— Ele ainda suspeita.

— Achei que a espada seria uma boa. — Revirei os olhos, entediada. Jungkook estava tão lindo como todos os outros dias. Até que não tem sido difícil ignorá-lo, apesar de que houvesse esperanças em mim de que ele fosse retornar e me fazer permanecer.

— Em breve ele vai aceitar a ideia de que você não está contra ele.

— Como tem certeza? — Questionei, ignorando o fato de que James usava a túnica verde como se o sol quente e árduo queimando minha pele.

— O Jungkook está em uma fase em que, se fosse para o definir semelhante a alguma coisa, seria argila.

— Por quê? — Semicerrei as sobrancelhas. A maioria das coisas que Carter falava não fazia sentido.

— Dá para moldar. — Permaneci com a expressão de duvida, o que fez James gargalhar antes de me explicar. Acomodou-se à coluna de concreto, apreciando Jeon ao longe. — Ele está sensível, Áurea. Se me disser que não percebeu vou ficar puto.

Então dá para manejar e alterar da forma que eu quiser? E se dessa vez dar certo a tentativa de que eu me aproxime e o faça se apaixonar por mim? Pessoas sensíveis precisam de um apoio, não é?

— Por que está contra ele?

James mordeu os lábios, encarando o chão.

— Só estou aproveitando as oportunidades como ele fazia. — Dera de ombros, tornando insignificante o fato de que praticamente está o traindo novamente. — E, talvez, o trazendo de volta.

— Como assim?

— Por mais que fosse um saco ter medo de alguém como Jungkook, era bem melhor quando ele está centrado em foder com a vida das pessoas.

— Aí você vai foder a vida dele?

Ri e James me acompanhou sorrateiramente.

— Não precisa ter sentido, só vai dar certo.

— Toda essa distância de Jimin mexeu com a cabeça dele né?

Carter chutou a pedrinha que estava próxima ao seu sapato, lançando-a contra a outra extremidade de caminhas de pedras polidas do internato. O lugar é bonito, isso é fato, mas não vejo a hora de sair logo. Talvez eu pudesse conhecer um novo demônio e casar com ele. Quer dizer, não existe apenas Jeon Jungkook de sua espécie, somente tenho que reconhecer aonde começar a procurar.

— Você se importa com ele, eu entendo. — Não evitei sorrir maliciosamente. — Mas é melhor assim.

— Melhor pra você? — Ele cruzou os braços, compreendendo minha obsessão por Jeon Jungkook.

— Melhor para nós. — Umedeci os lábios, especulando Margareth percorrer o campus delicadamente, como se não houvesse chorado a noite inteira pelo acontecimento de Francine e Ethan. Ela foi burra, de verdade, mas não pude dizer que a ''avisei'' porque na verdade estive dopada o suficiente para não me importar. Além de que apenas dessa forma para ela aprender a esquecê-lo e deixar os restos de Ferro — que nem são tão bons assim — para as galinhas que o quiserem ter.

— O que você quer me dando a espada? — Ouvi a voz de Jeon ressoar nada discreto. Porra, que mudança. Carter piscou para mim, dizendo em palavras não ditas que era o meu momento de usar e abusar.

— Que direto. — Dedilhei o tecido de seu blazer e o semblante de Taehyung apareceu logo em seguida. — Ah, oi. — Assenti, mas o licantrope não havia me dado sequer atenção. Jung Hoseok havia passando assim que o cumprimentei. Que merda estava acontecendo? — Achei que tinham brigado.

— Estamos brigados. — Deu de ombros, dirigindo-se ao pátio abruptamente.

— E você, bebê?

— Áurea. — Ele sorriu ladino, porém estava óbvio que reconhecia sobre minhas intenções. O Jungkook não estava misterioso e ardente como antes, emanando a chamas que me instigava e me trazia para perto. Na verdade, ele se encontra o mais transparente possível. É como se eu pudesse ler suas emoções enquanto aprecio seus sentimentos. É o que me deixa amedrontada. O Jungkook pode estar muito bem brincando com todo mundo para que no fim das contas nos surpreenda com uma façanha não esperada. Isso ou ele está completamente perdido de amor. Que droga, não?

— Nada, meu bem. É um presentinho para suas futuras ações. — Sorri o mais convincente que pude. — Feliz aniversário, Jungkook.

— Falando em aniversário. — A presença de Ethan era súbita, sempre em momentos impertinentes e os que não era desejado. — Que tal festa?

— Quando? — Perguntei, sem animo algum. — Porque na verdade Jungkook e eu planejamos...

Ele expressou deboche, movimentando os músculos como se fosse salvar Jeon de mim.

— Hoje mesmo. — Jeon sorriu, afastando-se gradativamente. — Essa noite. Comemorar a idade que ninguém sabe, mas Jungkook faz.

— Nem você sabe. — Mostrei a língua e os olhos de Ferro dilataram.

— Ele vai se divertir muito, Áurea. — Passou o braço pelos ombros de Jeon, que não demonstrou incomodo. Jungkook odiava o tipo de contato. — Espero que não esteja lá para cuidar dele.

Mostrei o dedo médio e Ethan sorriu.

— É claro que vou estar.

Levantando o dedo médio e indicador, fizera um movimento para cima, os do tipo sexuais que apenas com Ferro os gestos se tornavam engraçados.

Ferro piscou para Jungkook, que assentiu com um sorriso sugestivo. Estavam articulando a festa para Jeon se aproximar de mim ou é impressão minha?

Mordi os lábios, inebriada a sensação que é ser desejada por alguém que almejo. Porra, sério? Seria muita coincidência todos os acontecimentos para que não fosse verdade.

— Eu te vejo lá?

Caralho, caralho, caralho.

— Sabe que vou estar. — Tombei a cabeça para o lado direito, revelando a maquiagem que sei que Jungkook não dá à mínima, mas que me deixa atraente o bastante para envolvê-lo em uma das minhas maldições. Pisquei lentamente por sob os cílios, encarando-o com malicia e anseio.

O canto esquerdo de seu lábio ergueu-se, deixando-o sensualmente irresistível. Se bem que Carter pode mesmo ter razão, como ele pôde ter ficado tão ingênuo assim?

Pois que continue...