Todo Strong Owl se orgulha de suas conquistas.

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O técnico do boxe havia passado algumas regras em relação à defesa e como pontuar ao atingir o adversário. Por mais que pareça apenas um esporte o qual você teoricamente espanca por completo seu oponente, há regras sutis de comportamento e para ganhar uma batalha cada complemento se torna necessariamente importante.

Deslizei pelos corredores, a bermuda preta encostando-se a minhas coxas devido o suor. Não aparentava ser grande coisa, mas até que estava começando a gostar de participar das atividades extras, até porque praticar esportes faz bem tanto para o físico quanto para o psicológico. Ele te faz se concentrar no momento e não em situações passadas e previsivelmente futuras e embora seja o momento menos adequado para me descuidar, estava satisfeito em, por instantes, poder fazê-lo.

Vislumbrei a silhueta curvilínea de Jimin se locomovendo para o outro lado do pátio, sentando com Catherine em um dos bancos confortáveis que apenas em um internato como a Strong poderia ter. Por mais que os lugares, em partes isoladas, fossem terrivelmente empoeirados, os ambientes utilizados são perfeitos. O aparelho celular em mãos, fazendo-o perder a noção de seja lá o que estivesse conversando.

Me movi com pressa para a coluna de concreto, torcendo para que nenhum dos dois tenham me visto. Para variar Catherine se aproximou de Jimin e embora ela também não se recorde de nada — o que pode ser a causa da aproximação empática de ambos —, ela também pode estar sendo cumplice de Crowler. Fazia todo sentido, aliás. Certamente Áurea está contra mim, por que deixaria de contar ao pai sobre os acontecimentos desde que entreguei a ela o problema? Preciso obter informações sobre os dois e se for preciso terei que magoar Catherine outra vez.

— Não tinha reparado que você também é da turma da Senhorita Simmons.

— É porque sento bem no fundo. — Escondeu a mecha de cabelo atrás da orelha afavelmente hesitante. Até sua voz estava tremula e sua postura e expressão corporal denunciavam sua hesitação.

— Sabe quem vai pintar?

— Ainda não. — Ela mordeu o lábio de sua forma mais desajeitada. — Não converso com muitas pessoas.

— E esse não é o momento ideal para começar? — Park sorriu, transmitindo sua compaixão e alegria que faziam com que meu coração esquentasse da maneira pateticamente meiga e doce que poderia existir. Até agora o assunto é ingênuo e sem nenhum propósito em especial, mas de qualquer jeito é melhor prevenir.

— Você está na lista do Psychic Love, não é?Psychic Love? Que merda é essa? A expressão de Park tornara-se ríspida, como se se preparasse para contravir.— Se escondendo de quem? — Ethan apareceu triunfante, como um rei em seu palácio faria. Desencostei-me da coluna, tentando não deixar na cara meu desespero. Ele literalmente estava gritando.

— Pra que tudo isso? — Murmurei, irritadiço.

— Porque tive a melhor tarde que um garoto da Strong poderia ter.

De imediato recordei de seu suposto ''evento'' com as garotas.

— Beleza, depois você me conta. — Me afastei, andando para uma extremidade do pátio que fizesse com que eu sumisse do campo de visão de Park.

— Está fazendo algo de ultra importância agora?

— E como sempre você atrapalhando. — Ele sorriu como se seu deleite fosse incomodar as pessoas.

Ferro retirou o folheto grudado em seu tênis, que estavam molhados. Havia reparado há pouco que ele cheirava a álcool e que se eu não o escondesse possivelmente poderiam vê-lo e não apenas isso como me punirem também.

Justo no instante em que estive raciocinando em como poderia tirá-lo dali sem que ele fizesse o maior escândalo com seu exagero além dos limites, Penny descera as escadas. Normalmente ela fazia uma ronda assim que as aulas continuariam a se prosseguir para se assegurar de que não havia alunos bêbados como Ethan andando sem rumo pelo internato ou escondidos no banheiro enquanto faziam suas besteiras do típico adolescente comum.

Aos gritos, pronunciara o nome de Park Jimin, vociferando imensamente. Ambos correram, levando consigo a presença súbita de Hoseok perambulando desnorteadamente o internato. As íris de Jimin haviam me encarado antes de sumir em uma das salas com suas expressões assustadas, porém divertidas. Não tinha parado para cogitar se ele havia visto ou não, no momento. Ele apenas me recordou de que eu precisava correr e levar Ethan comigo.

— Isso é inveja. — Ele suspirou, colocando a mão na cabeça devido à tontura. Estávamos atrás da estrutura do internato, onde iniciavam as aulas e por sorte ficava a diretoria. A sala de Willians ficava no último andar, onde tinha a enorme janela para o lado de completa e total grama. Seria uma boa visão dos céus, mas nada além dessa ampla visão e de seu vasto ambiente confortável onde caberiam centenas de alunos dentro.

— Por que eu sentiria? — Especulei sem nem mesmo disfarçar. Ferro encontrava-se tão embriagado que não apreciaria o fato de que estive dando importância à direção. Chegar lá é o de menos, até porque tem dois babacas que iriam desconcentrar os seguranças.

— Consegui algo que ninguém nunca conseguiu.

— O quê?

— Beijar a Francine. — Ele arfou suavemente. — Estou apaixonado.

— Uau, que conquista. — Pronunciei ironicamente, ato que Ethan não notou — ou fingiu não perceber. — Como se ninguém conseguisse isso.

— Para um cara como eu até que dei sorte.

— Que autoestima baixa, Ethan. Você está bem mesmo? — Inqueri, gargalhando e seus lábios se contorceram. Ele riu, demonstrando sua satisfação. — O que aconteceu, cara?

— A Maggie.

— O que tem?

— Depois de o Hoseok sair correndo cheio de tesão, ela meio que usou isso pra sair também. — Encostou o braço na parede, deixando o peso de seu corpo totalmente neles.

— Você nem liga pra ela.

Ele arfou novamente, não escondendo sua infelicidade.

— É, eu não ligo.

Os vociferar de Penny haviam diminuído quando uma voz masculina e serena a tinha fisgado. Pardee com certeza conseguiu desvair seu estresse em prazer ao lhe oferecer um imenso hambúrguer e carinho. Bom, pelo menos ele tem uma história de amor. O zelador da escola, inflado, com a Penny que não é muito agradável demonstram que não é necessária aparência física quando se tem o amor. Na maioria dos casos as pessoas que não ligam para o exterior são perfeitas uma para as outras e embora seja ridículo desejar e admirar um relacionamento como o desses dois idiotas, não deixo de cogitar como seria em um universo paralelo, onde Jimin me perdoaria por minhas bobagens mais que graves e eu não tivesse que suportar a dor de vê-lo e não poder fazer nada de tanto remorso. Porém, se eu optar por contar, tudo o que ''temos'' irá para o caos e eu não suportaria reviver novamente. O quão egoísta estive sendo me aproximando de Jimin?

— Depois a gente se fala, beleza? — Comentei, reconhecendo que ainda teríamos alguns dias para que pudéssemos invadir a recinto sagrado do diretor.

— Pode ser. — Ethan gesticulou para que eu fosse embora, deixando esclarecido que permaneceria ali durante um tempo.

Strong Of Character - HolocaustoOnde histórias criam vida. Descubra agora