Os Strong Owls devem dar novas oportunidade às pessoas.

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A silhueta acentuada de Áurea em sua pele branca era coberta pela meia-calça até a cintura, deixando desenhos de sensualidade. Os cabelos loiros caíam em trança dupla sobre o cropped amarelo, que em letras brancas com adornos vermelhos em caixa alta estava escrito ''fuck me.'' A calça rasgada clara estendia-se até a parte inferior do umbigo, com os buracos da coxa revelando seus pelinhos naturalmente loiros.

— Espero que tenham dado um jeito naquele lugar empoeirado. — Limpou a barra da camisa que não ultrapassava nem a metade de sua barriga, encarando o espelho com as sobrancelhas semicerradas por ter apenas um olho maquiado.

— Você acha mesmo que limparíamos aquela merda? — A voz de Ethan sobrepesou por conta da carga que seus braços fraquejados lutavam para segurar. — É melhor encontrar alguém pra nos ajudar a descer essas porras.

— Não vai precisar. — Áurea fizera um biquinho, apontando com o queixo perfeitamente saliente em minha direção, mostrando que eu podia carregar mais barris do que qualquer pessoa normal e inteiramente vigorosa.

— Superman do caralho. — Balbuciou, com o ego ferido. Ferro é apaixonado em histórias de quadrinhos e heróis da D.C. Sinceramente, prefiro a Marvel, mas ele não estaria pronto para ter uma conversa sem precisar mencionar como a Mulher Maravilha é gostosa. — Pelo menos é perto do cinema.

— Mas é praticamente embaixo desse monte de bosta que se chama internato. — Murmurei, recordando de como tínhamos que descer muitos degraus para chegar até o ambiente. Mas, fala sério, pode ser perfeito. Assim nenhuma sonoridade chega aos ouvidos de Penny ou Pardee.

Saímos do alojamento pelas janelas ao colocarmos todos os barris nas gramas da Strong, escondendo-os atrás de arbustos altos e espessos. Ficariam seguros até que conseguíssemos levar todos à antiga sala de vídeo.

Desviei os olhos para ambos os lados, atento às movimentações de alunos desesperados para a melhor roupa. Como se tudo isso fosse um evento bastante importante e que no dia seguinte não fossemos estar de ressaca na aula chata do Sr. Shaw.

Francine caminhava entre saltos diminutos de felicidade. O top tomara-que-caia preto deixando visível o enorme trecho de seu dorso malhado e o cabelo Black Power cheio de cachos poderosos. A calça Jeans apertada somente na cintura por um cinto rosa-bebê a dava estilo, dando contraste aos tons de sua pele. Ao seu lado o destaque em Hoseok estava em sua gargantilha. A camisa polo com estampas floridas estava com os dois primeiros botões abertos e a calça jeans justa somente na cintura, rasgada em ambos os joelhos. Havia glitter branco em sua pálpebra, o que valorizava o corte de cabelo perfeitamente bagunçado de Jung. Não esperava vê-lo, mas pelo visto queria demonstrar a Taehyung que talvez já houvesse o superado.

Aproximei-me da estreita porta, ouvindo os arfares de Ferro ao arrastar negligentemente o barril.

Francine, em seu sorriso mais radiante, abrira a porta.

— Valeu.

Repentinamente os dois pararam no centro da passagem, encarando alguma extremidade escura com os rostos duvidosos.

— Vai vir ou não? — Hoseok questionou para o nada. — Já disse que está perfeito.

— O lance com Taehyung te deixou louco, porra? — Ethan comentou, ao longe. Francine riu ironicamente, mostrando o dedo médio para ele, que fingiu se ofender enquanto se esforçava um pouco mais para trazer o pesado barril. Ferro era movimentado pela cabeça debaixo, então faria qualquer coisa para ter uma garota dando mole pra ele. Acontece que ele sabia que todas o negariam e mesmo assim insistia. É o tipo de fetiche um tanto quanto peculiar.

— Não ferra, Ethan. — Francine esfregou os lábios uns nos outros, espalhando o gloss reluzente em seus lábios carnudos.

Subitamente nos feixes de luz transpareceram a calça de couro torneada por coxas abundantes. Levantei o olhar de forma paulatina, porque reconhecia aquela tez fina e única que jamais alguém conseguiria possuir. A camisa social branca estava por dentro da vestimenta de baixo, justa nos lugares corretos, mostrando a delicia que Park Jimin sempre foi; Nos lábios rosados tinha o mesmo gloss que Francine usava, mas em Park parecia ficar perfeito. Estava tão sexy quanto à escuridão que o absorvia. Os fios não mais estavam loiros, o que o tornava meigo, apaixonante e sedutor. Jimin, de uma vez por todas, estava mais atraente do que qualquer outro. O negro de seus fios expressava e entonava os traços de sua beleza exorbitante e incomparável, as curvas mais acentuadas de seu corpo.

Pisquei algumas vezes, entendendo que Jimin me olhava de maneira enigmática. Não estava racional o suficiente para compreender o que suas íris queriam me informar.

— Vão entrar, não vão? — Agradeci pelo babaca do Ferro quebrar a entorpecente sensualidade de Park Jimin.

— É claro. — Fora Park quem murmurou, os olhos sequer me encarava. Jogara os rebeldes fios para trás, que caíram harmonicamente nos respectivos lugares que deveriam estar. Andando atraentemente, Jimin passara por mim e se perdera novamente na escuridão dos degraus abaixo. Tive quase a certeza que ele havia rebolado ou eu estou perdidamente louco.

— Porra, cara. — Ethan chegara até mim, finalmente, não desviando os olhos da bunda de Francine. — Acho que estou apaixonado.

Gargalhei, distraindo-me da graciosidade sobrenatural de Park Jimin.

— Sem essa, Ethan. — Empurrei os barris para dentro, descendo os degraus lentamente. — Vamos beber até esquecer nossos nomes. Sem sentimentalismo.

Percebi cogitar comigo mesmo, tentando excluir Jimin de minha mente. Porém, quanto mais tento esquecê-lo, mais sua aparência se torna legível em minha consciência. Cada vez mais presente, autentica, dominadora.

— Eu ainda vou pegar aquela garota. — Mordeu os lábios. — Tive a visão dos céus agora.

— Não acho que ela vá querer ficar com você depois de ver aquele nude.

— Aquele pau não era meu, cara. — Protestou, entonando a voz enojada.

— Beleza, mas você não acha mais fácil dar em cima de alguém que queira?

— Normalmente são as novatas inexperientes. — Revirou os olhos, descendo logo atrás de mim. — Prefiro essas que topam tudo.

— A Maggie topou um pepino dentro dela, o que acha disso?

— Eca, cara. Que conversa é essa, porra? — Os músculos de seus braços tensionados pelo peso. Olhei para trás, olhando sua face na escuridão da escada.

— Deixa que eu levo os próximos. — Comentei, murchando o ego de Ethan. — Você tenta deixar aquela porra divertida. Coloca música ou sei lá. Dá um jeito.

— Sabe que essas merdas são comigo mesmo. — Anunciou, orgulhoso de ser dono das festas mais loucas das Strong.

— Só acho que devia tentar alguma coisa. — Mencionei, recordando de como Margareth ficava boba na presença de Ferro.

— Ela é meio esquisita.

— Você que sabe. — Dei de ombros, ridicularizando-o. — Mas hoje ninguém me segura.

— Que nada. — Debochou, cismado que sentia algo por ela. — Só Áurea chegar que você paralisa. Se bem que ela tá uma gata, hoje. Aproveita.

Só sob o efeito de muito, muito álcool. Porém, ficar com Áurea por uma noite poderia me fazer esquecer Jimin momentaneamente, o que é excelente quando ele vive todos os segundos do dia na minha cabeça. Aliás, ele estava seguindo a vida dele, aposto que beijando outras pessoas como costumava fazer antes de me conhecer, é claro que irei fazer o mesmo.

— Talvez eu devesse. 

Strong Of Character - HolocaustoOnde histórias criam vida. Descubra agora