Entrelaçados

Capítulo 4 ─ Cássio

Oiiiiee meus amores! Dessa vez não estou atrasada haha. Milagre né? Vejo vocês na sexta-feira. Votem e comentam. O que vocês estão achando? Estão gostando? Deixe seu comentário e sua estrelinha é muito importante pra mim. Quem ainda não segue no Instagram, me segue.
Um beijo amores!
Boa leitura.

[...]

Assim que Irís saiu da sala como uma criança birrenta. O que me fez sorrir internamente. As vezes não entendo as garotas.

Ainda com um sorriso no rosto, pego meus matérias da mesa e as coloco na minha mochila. Coloco a bolsa no ombro, e saio da sala.

Ando pelo corredor como se estivesse feito isso no dia a dia. Quando menos espero, esbarro em uma figura alta.

─ Ei novato olha para onde anda. ─ Disse uma voz arrogante. É aquele babaca que estava sorrindo dela. Junto todas as minhas forças, para não socar a cara de Douglas. Adoro uma briga, ainda mais se for por uma justa causa.

─ Desculpe! ─ Digo calmamente até por que sou educado, mas por dentro estou me contendo para não bater nesse bastardo até não querer mais. Pois ele merece, fica zoando da garota. Irís não merecia isso, mesmo não a conhecendo.

Não quero conversa afiada com um idiota, como ele. Caminho normalmente seguindo o meu rumo. Quando escuto ele murmurar algo;

─ Fique longe dela, você me entendeu filhinho de papai?

Virei novamente para encará-lo com minha cara assassina em ação. Como é? Além de tirar onda da cara dela? Ainda por cima gosta da garota? Esse filho da mãe, só teve dar tirando onda comigo. E olha que não estou em dos meus melhores dias. Se ele vier me provocar, vou revidar até por que como disse adoro uma briga.

Quando estava pronto para enfrentá-lo a diretora veio em nossa direção. Como ela chegou ali que nem vi? Merda.

─ Garotos, está tudo bem por aqui? ─ A senhora Vera Lima perguntou. Ela olhava nos com um olhar desconfiado. A conheci rapidamente quando fui na diretoria assim que cheguei, mas cedo.

─ Tudo diretora! ─ Disse o idiota com a voz trêmula. Salvo pelo gongo bastardo. Vera concordou com a cabeça e se fora.

─ Hoje você foi salvo, mas qualquer dia desse vou fazer você engolir cada palavra que saiu dessa sua boca. Você entendeu? ─ Perguntei com a voz firme. Ele passou da zona do meu limite. Filho da mãe, quem ele pensa quem é?

Não esperei ele responder, dei as costas e fui ao pátio principal. Entrei com cara de poucos amigos, não via a hora de ir pra casa, mas quase sorri quando a vi. Disse quase. Penso comigo mesmo.

Trocamos um breve olhar, no que me deixou mexido. Essa garota tinha um olhar diferente, não digo por seus olhos serem verdes e atraentes. Mas tinha um brilho intenso e único.

Irís me olhou quase sem jeito, ela estava com uma loira alta, bem bonita mesmo. Até por que não sou cego, mas pra falar a verdade loiras não fazem o meu tipo. Prefiro as morenas, é como se cada uma delas tivesse um feitiço único. Mas, quando a loira seguiu seu olhar, olhando-me com um olhar questionador. O que elas estavam conversando? Mas, é óbvio que era de mim. Fiquei rígido no mesmo instante.

Quando dei por mim, a loira estava vindo em minha direção, como uma leoa pronta para atacar. Realmente ela é muito bonita, mas como já disse não faz meu tipo. Já disse que tenho fraco por morenas? Ainda mais se forem tímidas? Fico todo balanceado. Ainda mais quando tem olhos tão intenso, como os das Irís. Balanço a cabeça desviando dos meus pensamentos e foquei no agora.

─ Olha só idiota se você fizer algo de novo para ela. Você vai se ver comigo! ─ A loira gritava comigo sem motivo algum. Mas, sabia que era algo que envolvia Irís. Com certeza são muito amigas, para essa louca fazer algo do tipo. Irís se ajuntou ao barraco que sua amiga, estava fazendo. Colocando-se entre, mim e a loira retarda. Queria sorrir da cena, mas me contive.

─ Loira se acalma, nem sei do que você está falando. Menos loira! ─ Disse com calma, pois sabia que Irís sofria de bullying, mas não sabia que era tão grave. Mas por que essa loira está tão brava comigo? Preciso descobrir.

─ Calma Jú. Venha comigo! ─ Disse Irís com uma voz doce, mas sua amiga lhe deu seu olhar mortal. Fiquei paralisado. O que está acontecendo aqui?

─ Não Irís, eu cansei de ter que ver esses idiotas tirarem onda da sua cara. Cansei. ─ Disse a loira soando realmente cansada. Pelo que posso interpretar é que Irís sofre de bullying praticamente sua vida toda. O que me deixou angustiado e preocupado. E me vi perdido nos meus pensamentos.

Eu mal a conhecia. Por que tinha essa necessidade de protegê-la? Claro que sempre defendia Gregory. Meu melhor amigo sofreu bullying no fundamental. Eu batia nos valentões, não pra machucar e nem por maldade, mas para os amedrontar e para eles parem de mexer com meu amigo naquela época. Eles param quando estávamos concluindo o fundamental, e meu amigo começou a ir no psicólogo. E o ajudava sempre que podia. Mas com Irís eu queria cuidar e proteger ela. Faria a mesma coisa por uma amiga minha. Penso comigo mesmo. E olho de relance para a tal Jú que saiu fuzilando Irís com um olhar de revolta e magoada.

─ Sinto muito, foi tudo um mal-entendido. ─ Disse soando envergonhada talvez, mas sabia que havia alguma coisa ali. Mas, só não queria me contar, respeitei seu espaço.

─ Sem problemas, você está legal? ─ Perguntei preocupado com ela.

Confirmou com a cabeça, dizendo sim. Mas, sabia que era mentira. Pediu mais uma vez desculpas o que achei desnecessário, e sorri para ela carinhosamente. E assim ela se despediu de mim, e se fora.

Cara, fiquei paralisado ali, tentando assimilar o que havia acontecido. O que posso fazer para ajudá-la? Nunca me sentia assim desde... Prefiro não comentar, mas sinto algo estranho por essa garota. Com certeza é por que ela sofre de Bullying e me lembrava demais do meu amigo, Gregory. Ele até hoje vai nas suas sessões com sua psicóloga. Eu sei o que isso causou. Eu vi as sequelas que deixaram no meu amigo.

Não quero isso pra Irís. E irei ajudar, mesmo sendo só como um amigo. Ou melhor,colega de classe.

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