Capítulo 1 ─ Irís

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Gente, sei que estou atrasada mas o capítulo está aqui. Espero que vocês gostem. Estou insegura, mas espero que amem nosso casalzinho como eu amo. Vejo vocês na sexta-feira.
Boa leitura!

[...]

Hoje o dia começou como todos os outros, a mesma rotina de sempre. Acordar cedo, ir para escola ser excluída novamente, ou melhor xingada. Eu praticamente sou a mais excluída da escola Rodrigues Menezes, isso mesmo, é onde estudo. As pessoas me olham com o olhar torto, ou com repulsa de mim. Acredite, nunca fiz mal algum para essas pessoas. A única alma que se salva aqui, é minha melhor amiga Jú, a considero como uma irmã. Sempre fomos uma ligada a outra. Talvez por que eu seja filha única, e ela também. Mas não, sempre fora assim desde a quarta série do ensino fundamental. Hoje estávamos no terceiro ano do colegial.

A minha vida toda, desde o primário fora assim, simplesmente me excluíam, isso doía sabia?

Tentava de tudo para ser aceita, pelo menos para fazer um trabalho em equipe. Me esforçava, bastante. Sempre tirei as melhores notas da escola. Tinha orgulho de mim mesma. Nunca contei para meu pai, sobre eu sofrer Bullying. Desde que perdemos a mamãe, em um acidente de carro há quatros anos atrás. Nunca, mas nunca mesmo voltamos a ser como antes, uma família. Meu Pai Roberto, vivia bebendo desde então. Ele é alcoólatra. No princípio fez, reabilitações. Mas logo depois de dois meses parou. O que doeu muito, eu quero que ele siga sua vida.

Jú e eu estávamos, no corredor perto dos armários, ela falava igual um papagaio. O que me fez sorrir, mesmo com o monte de pensamentos ruins.

─ Irís, amiga animação aí. O baile está chegando. ─ Disse minha amiga maluca, com um sorriso de orelha a orelha.

─ Fala sério, Jú. Quem liga, se eu vou este maldito baile. ─ Falo de cara fechada. Não dou nem a mínima para esse baile. Não é minha praia.

─ Criatura, acorda para vida. Eu me importo. Não é suficiente? ─ Ela pergunta levando suas sobrancelhas. Juliana, sempre queria levantar meu ânimo, mas o baile já é demais. Já basta, a humilhação que passo todos os dias aqui.

Não, vou passar por uma pior. Penso.

─ Sem chance Juliana Paiva. Não vou esse baile. ─ Disse encerrando o assunto, fazendo um gesto com as mãos dizendo chega. Ela me olhou com olhos como se fosse me matar.

─ Tudo bem, sua teimosa! ─ Disse com a voz brava. Fechou seu armário, me fuzilou com os olhos e se fora. Deixando-me sozinha, no corredor.

Juliana é praticamente minha irmã, a que sempre queria ter. Depois da morte de mamãe, havia me fechado completamente. Mas com a Jú, não consigo me fechar. Ela sabe como me sinto, e só quer me ajudar.

Balanço minha cabeça com um sorriso no rosto. Eu? No baile de primavera da escola. Não, não mesmo.

Seria mais um motivo de piada, para minha turma, e pior para escola.

E apesar de tudo, nunca usei um vestido, maquiagem, saltos altos e etc. Você, pode achar estranho, mas não é. Estranho séria, se eu usasse.

Olho através de meus óculos de nerd, para mim mesma. Estou usando uma camiseta grande, amarela. Calça jeans solta quase desbotando, e um star preto. Sempre usei franja para tapar um pouco dos meus olhos verdes. Meus cabelos são em ondas, castanhos claros até minha cintura.

Balanço minha cabeça em desaprovação à ideia da minha amiga.

Segui para minha sala 11 - b, subi as grandes escadas. Ao chegar na porta da sala, todos jogaram bolinhas de papéis em mim. Juro, que queria chorar, mas não na frente desses idiotas.

Abaixei a cabeça, em derrota. O que mais desejava fazer, era xingar cada um, e socar cada cara de pau deles. Mas invés disso, entrei e sentei no fundo perto da parede. As cadeiras, estavam em duplas.

Sentei, sem nem notar que estava do meu lado. Abaixei a cabeça, e chorei em silêncio querendo sumir daquele lugar.

A professora logo em seguida, entrou e começou a aula. Estava de cabeça baixa, nunca fiquei assim durante as aulas, muito mesmo de Química. Estávamos em pleno verão, em agosto.

─ Irís, está passando mal? ─ Ouço a professora me perguntar, engulo em seco. O que vou dizer?

─ Ah professora, acho que a nerd da sala perdeu os velhos costumes! ─ Disse Douglas, sua voz gotejava sarcasmo puro. Douglas desde o primário, vive me atormentado. Ignoro ele o máximo possível. Levanto bruscamente, e me deparo com um par de olhos da cor de mel, os mais lindos que já vi na minha vida.

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