Boa noite amores, tudo bem? Bora de bónus hoje? Hoje o capítulo está maravilhoso. Aproveitem. Vejo vocês agora só terça-feira. Beijão amores.
Boa leitura <3[...]
Heitor
Estou no meu novo apartamento, com um copo de uísque na mão, minha mente vaga neste local silencioso e solidário. É, assim como minha vida está. Meu próprio filho me virou as costas, e lhe dou toda razão. Não o culpo, eu que não contei toda verdade para ele.
Para Cássio eu e sua mãe já estamos com os papéis do divórcio em andamento o que não é verdade, ainda somos oficialmente casados no papel. O pior de tudo, é que ele acha que trai a mãe dele, mal sabe que foi ela que me traiu. Incrível né? Minha vida vai de mal à pior, quando soube queria me separar e contar tudo para todos, mas lembrei de meu filho, meu único filho. Ela disse que já não me amava mais, e como isso doeu no fundo de minha alma ouvi-la dizer isso para mim. Ali eu vi que Celina nunca chegou a me amar realmente.
O filho duma mãe, que pegou minha mulher era um dos meus sócios no ramo da advocacia do Rio. Queria mata-lo, mas não o fiz por amor ao Cássio e a minha vida profissional. Então fizemos um trato, já que ela não me amava mais, não era eu que ia colocar ela numa jaula e prendê-la. O trato foi ela dizer ao Cássio, que eu falhei com eles, e não ela. E ele não sairia ferido nessa história, e eu ficaria mais presente na vida dele, e ela não. Celina aceitou de imediato, pois ela não perderia nada, pensei que estava fazendo a coisa certa, agora sei que não.
Sei que foi burrice de minha parte, mas achei que ainda a amava, e queria provar meu amor para ela, mas como estava errado. Eu nunca fui de aceitar traição, de ninguém. Por que eu não contei para o meu filho que foi ela que tinha me traído?
Perdi a plena confiança de meu filhão, tudo por causa da Celina. Ela nem se quer me agradeceu por esse sacrifício que estava fazendo por ela, é falsa mesmo. Não tem coração pelo seu próprio filho.
O meu maior erro foi pensar que a amava, e por ter me deixado ser manipulado por aquela sonsa, sinto ódio e raiva por ela agora.
Eu a conheci numa cafetaria em Santa Catarina, estava viajando a negócios. Celina tinha e ainda tem uma beleza admirável e era tão amável. Ela que me atendeu, era garçonete. Ali era um dos negócios dos pais dela. Ela tinha 21 anos na época, e eu já estava no auge dos meus 31 anos. Eu me apaixonei ali quando a vi.
A gente foi se envolvendo aos poucos, até por que eu tinha que voltar para São Paulo. Eu morei lá uma época da minha vida.
Quando eu me casei com ela quatro anos depois que se formou em medicina, quando a conheci ela já estava na metade da faculdade, a trouxe para o São Paulo. E logo tivemos uma vida estável. Meses depois ela engravidou de Cássio. Foi uma alegria para mim e sua família. Meus pais morreram quando ainda era novinho, fui criado em um orfanato. E ali cresci e depois consegui tomar conta de mim mesmo. Eu fui bolsista na universidade, e me formei com as melhores notas da minha turma. Eu sempre batalhei duro e se estou onde estou é por mérito próprio.
Quando Cássio nasceu estávamos morando em São Paulo, mas por negócios tivemos que mudar para o Mato Grosso. Foi uma mudança brusca. Ficamos morando lá por cincos anos. Eu percebia que Celina não gostava quando a gente se mudava, ela sempre reclamou, mas aceitava no fim das contas. Afinal eu era um advogado trabalhista, precisava está sempre em formação, até por que eu gostava de me atualizar. E também eu tinha planos para poder ser sócio de alguma advocacia ou até mesmo abrir a minha própria.
Tomo mais dois goles do meu uísque, e minha mente continua viajando no tempo.
Naquela época ainda não tinha minha própria advocacia. Moramos por cinco anos no Mato Grosso, depois tivemos que nos mudar para o Rio Grande do Sul, foi meses únicos para nós. Cássio adorava viajar. Sempre foi divertido, espontâneo e cheio de marra. Tal pai, tal filho. Penso sorrindo.
Quando Cássio tinha quase seis anos nos mudamos de vez para o Rio, consegui com muito esforço ter minha própria advocacia. Celina tinha conseguido trabalho em um hospital particular na parte de pediatria. Finalmente nossa vida estava entrando nos eixos. Eremos uma família como qualquer outra, tínhamos nossos momentos bons e ruins. Celina sempre foi muito próxima de Cássio, eu também. Sempre tirava um pouco do meu tempo que era bem corrido para passar ao lado do meu único filho.
Até descobrir recentemente que Celina estava me traindo desde quando ficamos no Rio. Descobri só 12 anos depois. Ou seja, estou sendo corno a tanto tempo, e tudo aconteceu bem debaixo do meu nariz. Eu nunca desconfiei. Mas Celina sempre mostrou algumas vezes que estava infeliz, eu que fui burro achando que era cansaço por conta dos turnos dela. Sabe quando você não quer ver uma coisa, e acaba tapando seus olhos? Foi isso que fiz.
Tenho medo de dizer a verdade ao meu filho, e se ele me odiar mais? E se ele não me perdoar por esconder a verdade dele? Como isso dói, ver meu garotão crescendo e ele não me deixar fazer parte de sua vida.
Meu filho, é igual a mim. O meu gênio e físico. Somos tão parecidos, que sinto orgulho dele. Mas, depois do falso divórcio, ele anda rebelde e muito alterado. Tenho medo dele cair no mundo das drogas para procurar uma solução, na qual nunca deve. Se isso ir longe demais, contarei toda a verdade. Que se ferre Celina. Não quero perder meu menino, não quando posso recupera-lo. E uma gota de lágrima cai de meus olhos. Sou tirado do meu sofrimento pelo toque de meu celular. Limpo a lágrima e atento. Era ligação da nova escola do meu filho, avisando que era para buscá-lo. Ele andou aprontando. Penso aflito.
Saio apressado, e vou direto à escola onde Cássio estuda.
Quando chego, vou direto para direção. E encontro Cássio com macha de sangue nas mãos, e arregalo meus olhos, e há machucados no seu rosto. Como me arrependo de não ter contado a verdade a ele, estou afetando o meu bem mais precioso, de hoje não passa, vou contar tudo.
─ Cássio, meu filho o que houve? ─ Pergunto horrorizado por ver ele nesse estado. Cássio me ignora e isso dói muito. A diretora pedi para ele sair, pois quer conversar comigo à sós. Coisa boa não é.
Ele sai sem reclamar, acho estranho. Converso com a senhora, ela é bem gentil e direta no ponto. Avisou-me que da próxima vez expulsaria Cássio, se isso voltasse a acontecer, pois ele agrediu um colega de sua turma. Assim que saio da sala, sorrio, pois, veio a lembrança quando era adolescente e fazia a mesma coisa, tinha um gênio forte aliás até hoje tenho. Quando dou conta, Cássio não está do lado de fora da sala. Esse menino, vai me deixar com os cabelos brancos.
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Entrelaçados
Romance"Vocês irão se amarrar, na história." Irís Oliveira, sempre foi uma garota meiga, bonita e a mais inteligente da turma. Desde que frequenta a escola, sofre de bullying por seus colegas. Por isso se isolava dos outros, menos de sua melhor amiga Julia...