Capítulo 30 ─ Cássio

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Olá meus amores, como vocês estão? Espero que estejam tudo bem. Espero que estejam curtindo a história, mais emoções prometem haha. Bora de capítulo hoje? 

*Hoje alguém vai morrer de ciúmes hahaha. Aproveitem! ;)*

Boa leitura!

[...]

− Cássio, abre essa porta! − Ouvi a voz abafada do meu pai do outro lado da porta. Eu literalmente me tranquei no quarto.

As lágrimas pareciam cachoeiras no meu rosto, elas desciam incontrolavelmente pois eu não tinha mais controle das minhas emoções.

Desde de quando me tornei em uma pessoa frágil? Pergunto para mim mesmo, e não consigo encontrar a resposta.

Deixo cair a mochila no chão e as poucas peças de roupas que coloquei, não me preocupei em pegá-las e colocar de volta na mochila, eu as deixei lá, e sento no chão.

Seco minhas lágrimas com desgosto. Odeio chorar.

Lágrimas.

Me trazem lembranças que não gosto de recordar. Por isso não gosto de chorar e nem demonstrar o quanto posso ser frágil. Isso acaba com meu ego.

Respiro fundo e deixo a mochila no chão perto de mim, e fecho os olhos.

Parece que minha cabeça vai explodir. É muita informação ao mesmo tempo.

Foi ela, ela que traiu meu pai.

Ele sabia de tudo, mas preferiu encobrir a sem-vergonhice dela.

E eu nessa história?

Não sabia de nada.

Ainda não acreditava no que a minha mãe fez, ela não traiu só ao meu pai, mas me traiu também quando permitiu que eu ficasse com mágoa do meu próprio pai, por algo que ele não fez. Eu sei que o magoei com palavras, mas isso foi tudo da boca pra fora, eu ainda o amo.

Só disse aquelas palavras por que estava chateado.

A verdade pode doer, mas eu prefiro a verdade do que a mentira. A mentira é pior coisa que o ser humano pode optar.

Ouço barulho na fechadura da porta, acho que meu pai tem uma cópia da chave. Droga!

− Filho por favor, me escute... − Ele fala mas não termina de falar quando vê a minha mochila e algumas roupas no chão.

− Vai embora! – Peço com a voz tremula e baixa.

Ele passa as mãos pelo cabelo dele, frustrado. Não digo nada, e simplesmente levanto-me determinado a terminar de arrumar minhas coisas.

Eu não posso mais ficar aqui. Penso decidido.

− Filho me perdoe por favor. Deveria ter contado desde o começo. Me perdoe. − Ele disse com a voz meia abafada, quando me ver pegando as roupas e as colocando na mochila agressivamente.

− Só me dê uma segunda chance Cássio. Estou te pedindo por favor. E você nem tem pra onde ir, filho. − Ele disse em uma voz de suplica.

Fico com o coração apertado.

Engulo em seco, e controlo minha respiração.

Ele tinha razão em partes, mas como eu olharia para ele sem mágoas? Eu acabaria o magoando.

− Por favor, Cássio. − Ele pediu novamente.

Não sei o porquê aceitei, mas estava sem chão literalmente e não estava pensando direito.

− Tudo bem, lhe dou essa segunda chance. Agora por favor me deixe só. − Digo exausto.

− Obrigado Cássio.

Lhe dou as costas cansado e ele se vai deixando-me com meus pensamentos desorganizados.

[...]

Entro no portão da escola esgotado, nem consegui dormir ontem à noite. Ainda não tinha caído a ficha, mas vou ter que superar isso, tenho uma vida pela frente e não vou deixar as decisões da minha mãe afetar minha vida.

Ando rapidamente, sem me preocupar em ser esbarrado por algumas pessoas que andavam apressadamente. Nem vi mais meu amigo desde a confusão, tomara que não tenha ido embora sem se despedir de mim.

Subo as escadas apressadamente, devo está atrasado alguns minutos ou mais, estou tão desligado. Nem consegui ter tempo para pensar na Irís, ela com certeza está furiosa comigo, com razão, deveria ter pedido permissão antes de beijá-la. Sei que ela é a garota, mas eu não estou com cabeça para me envolver em um relacionamento, não nessa confusão que está minha vida.

Preciso me reorganizar e logo, por que eu não quero perdê-la para ninguém, muito menos para o franguinha do Douglas.

Entro na classe e logo vou para o meu assento de sempre, e a cadeira ao lado que Irís sempre senta está desocupada.

Estranho.

Irís é uma boa nerd, nunca faltava à escola.

Será que aconteceu algo?

Por sorte o professor de Biologia estava atrasado tanto quanto eu, irônico não? Mas estava agradecido por que não levaria uma bronca ou até mesmo uma suspensão.

A sala de aula estava uma zona, conversas paralelas e altas, fiquei no meu canto. Não queria falar com ninguém, a única pessoa que queria ter um diálogo estava ausente.

De repente a classe ficou em silêncio, agradeci internamente, pois já estava ficando com dor de cabeça. Mas o que fiquei intrigado foi que houve exclamações de surpresas vindo das meninas principalmente, e curioso como sempre fui levantei a cabeça na direção da porta, e meu coração parou e logo voltou a bater furiosamente.

Penso que estava num sonho só pode, aquilo que estava vendo não poderia acontecer. Calma vou descrever o que estou sonhando. Irís estava de mãos dadas com o carinha que nunca vi antes. E cheia de sorrisos e bochechas coradas.

Ela estava linda. Com os cabelos lisos e soltos que realçavam seus olhos verdes de esmeralda, com uma calça jeans justa que marcava bem suas coxas, e estava com uma blusinha azul bebê de alcinhas e uma sapatilha fechada, a deixando com um ar angelical. Por um minuto me perco na sua beleza admirável e esqueço que ela está bem acompanhada.

Espera, ela está de mãos dadas com um garoto? Acho que não estou no meu juízo perfeito, isso não pode está acontecendo.

Abro e fecho meus olhos para ver se é real, caramba é real.

E desde quando me importo tanto?

Olho em direção ao casalzinho que estava atraindo olhares e exclamações. E seus olhos verdes alcançam meu olhar questionador e por mais que eu tente esconder, cheio de ciúmes.

Ela me olha por breve segundos e desvio o olhar.

Abaixo meus olhos para minha mesa e tento controlar meu impulso de ir lá e perguntar quem era ele, mas ela não me devia satisfações. Só tínhamos trocado um beijo, não posso pensar que já é algo sério. 

E ela é livre.

Livre para escolher com quem quer ficar.

O pensamento de alguém beijá-la como a beijei me corrói por dentro.

Hoje definitivamente é um péssimo dia para arrumar uma briga. Penso frustrado e tento manter a cabeça em ordem.

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