Capítulo 20 ─ Cássio

8 3 2
                                    

Oieeeee meus amores, como vocês estão? Capítulo de hoje para vocês. Espero que gostem. Na correria das provas e atividades que estava fazendo, não pode perguntar. Vocês querem que eu publique dois capítulos em um dos dias das postagens? Bora de meta? Se tiver 10 cometários e 5 estrelinhas eu posto, combinado? Estou sendo boazinha haha. Beijão amores, vejo vocês na sexta-feira agora.
Boa leitura <3

[...]

Saio da escola fervendo de raiva. Com certeza levei uma bela suspensão, ou não, já que meu pai tem o nome conhecido quase que em todo Brasil. O coroa é bastante conhecido pelo que faz, se uma coisa que sempre admirei no meu pai, foi isso. Ele está criando seu próprio império, por mérito próprio. Ele tinha sido meu herói até tudo isso acontecer. Sempre me espelhei nele. Até por que sempre me interessei pelo seu mundo. No dia que ele me levou para conhecer sua advocacia no Rio de Janeiro fiquei deslumbrado, eu tinha uns 12 ou 14 anos naquela época.

Foi quando comecei a querer seguir os passos dele, quando me formasse no ensino médio queria fazer faculdade de direito. Mas as coisas mudam, e eu já não tenho o mesmo pensamento. O amor pela área continua, mas sabe quando você não se vê mais fazendo aquilo? Foi que aconteceu.

Senti meu rosto doer, e meus punhos ardiam, mas tampouco me importava. Douglas mexeu com a pessoa errada. Não queria ter chegado neste ponto. Mas ele já estava merecendo essa surra faz tempo. Não que tudo se resolvesse na agressão, mas eu estava tão nervoso por tudo que aconteceu, simplesmente age na base da emoção. Ele sempre fez bullying com a Irís. O que entendi até agora, é que o babaca gosta dela. Faz tudo isso para chamar sua atenção.

Será que ele não tem noção do quanto isso a machuca? É babaca mesmo. Eu o conheço a tão pouco tempo, mas só pelas suas atitudes começo a entender o que Douglas realmente quer com essas atitudes.

Eu gostaria de ver Irís, saber se ela está bem. Penso frustrado. Não queria que ele tivesse presenciado aquela cena. Eu a conheço tão pouco, só tem dias que cheguei aqui nesta escola, sinto como se a conhecesse a bastante tempo, essa necessidade absurda de protegê-la eu simplesmente não sei de onde vêm. Eu tenho que ajudar Irís a dar um basta no Douglas, ainda tem aquela Louise.

Será que a diretora Vera sabe o que acontece dentro daquela escola? Penso aflito e preocupado com toda essa situação.

No que eu duvido muito que ela saiba. Mas não custa tentar conversar com ela. Veremos se vai tomar uma providência. Não vou mais ficar braços cruzados vendo Irís sendo vítima de bullying.

Andando pelas ruas próximas da escola, estava andando apressado e avistei um beco perto dali, estava exausto. Entrei no começo do beco e me encostei ali em uma parede por questões de segundos. Gregory tinha sumido nessa bagunça toda. Será que ele foi para casa?

Continuo perdido nos meus pensamentos apenas escutando o som da minha respiração pesada. Minha cabeça doía, vinha e ia umas pontadas de leve. Precisava comer algo, não comi nada pela manhã. Bufo frustrado e exausto.

Até escutar passos leves, tive uma impressão que reconhecia esses passos de algum lugar. Fiquei na entrada do beco, espiei um pouco para ver quem era. Assim que olhei naquela direção. Avistei uma garota de cabelos longos castanhos claros, de cabeça baixa. Ela estava com uma calça jeans e uma camiseta moletom, e um star preto e branco. Não tinha dúvida. É a minha Irís.

O que? Grito mentalmente, isso não pode acontecer. Como assim minha Irís? É acho que dessa vez piro de vez.

Você bateu com a cabeça Cássio, ou os socos do Douglas foi forte demais. Penso.

Irís nem se quer notou o beco e minha presença, ela estava distraída demais olhando para seus próprios pés. Antes que ela pudesse passar, peguei seu braço. Não fui nem um pouco gentil, pois a raiva que senti hoje mais cedo, me consumia por dentro ainda. Ela ficou rígida no lugar, e eu a puxei para o beco. Minha respiração era curta e acelerada.

─ Me solta! ─ Ela gritou para o meu desespero. Talvez ainda não tenha me visto. Ótimo.

Tudo em minha vida, estava me deixando louco. Meus país, Douglas, Gregory até entrou na minha lista. E por último ela, a baixinha dos olhos de gata que não se defendia, e eu tinha que ser seu guarda-costas. Irônico isso né? Eu sei, e o mais engraçado nisso tudo é que ela nunca me pediu nada.

Aliás, o que está acontecendo comigo? Penso.

Ainda segurando seu braço, virei ela para me ver, e parar com aqueles gritos. Quando seus olhos de gata encontraram com os seus, sentia-me atraído e encantado por ela.

Em que momento tinha me tornado tão brega? Olhos de gata Cássio? Fala sério. Quis sorrir da minha estupidez.

Como uma pessoa podia ser tão linda? É muita beleza para uma pessoa só.

Logo aquele encanto, fora quebrado, quando ela arregalou seus olhos surpresa e levou sua mão livre a boca, em choque.

O que ela viu em mim, que a deixou assim?

─ Cássio? ─ Ela pronunciou meu nome como uma melodia em seus lábios, fazendo-me arrepiar todinho, e sentir um leve frio na barriga.

─ Cássio, o que houve com seu rosto? ─ Ela perguntou soando bastante preocupada, o que me fez sorrir um pouco, o que doeu.

Sim, ela se preocupa comigo. Olho fixamente para aqueles olhos verdes. Realmente parece com olhos de gata mesmo. Fixo meus olhos nos seus.

─ Não foi nada, deixe para lá... Agora me diga por que estava daquele jeito? ─ Perguntei, e vendo que ainda segurava seu braço, larguei devagar.

Irís corou com minha pergunta, e olhou para o chão envergonhada.

É Cássio, essa menina vai te deixar louco. Penso.

─ Pensei que a diretora, expulsaria você. E tudo por minha culpa! ─ Ela sussurrou, mas escutara cada palavra perfeitamente.

Mas por que ela se culpava tanto por isso? A culpa não foi dela.

Tudo bem que eu que tinha começado a briga, mas Douglas estava pedindo por aquilo. Não me arrependo. Eu só não queria que Irís tivesse presenciado aquele momento.

─ Não se culpe. Você não fez nada. ─ Disse com certas dificuldades por que minha boca doía assim que falava.

─ Tudo bem. E o como foi na diretoria? ─ Irís perguntou bastante interessada, e concluí.

Ela se importava comigo e muito. O que me deixou meio que feliz. Tinha até esquecido minha raiva de agora pouco.

─ Não sei, acho que levei uma suspenção. Meu pai foi conversar com a diretora. ─ Eu disse com certa mágoa ao falar do meu pai.

E a dona Celina? Aonde que ela se meteu? Penso e passo uma das minhas mãos no meu cabelo.

─ Entendo, mas você não deveria ter batido no Douglas daquele jeito.

Antes que pudesse me dar conta do que ela iria fazer, seus braços finos me envolveram em um abraço aconchegante, e retribui o abraço. Está perto dela me deixa calmo, é como se ela tivesse uma paz interior.

─ Promete que vai tentar se controlar? ─ Ela pediu.

Eu não poderia prometer muita coisa, sendo que sou muito explosivo.

─ Vou tentar Irís. Vou tentar... ─ Murmurei com a voz baixa.

Irís se afastou um pouco de mim, mas não o suficiente. Tive uma grande oportunidade de olhar dentro daqueles olhos verdes esmeraldas. Olhando de perto para seu rosto, notei que tinha pequenas pintinhas ao redor das bochechas e nariz. Ela corou novamente, e se afastou rapidamente quase sem graça por eu estar olhando-a tão de perto. Eu sorri achando aquilo muito fofo e sorri de canto por sua reação.

─ Preciso ir Cássio, até amanhã. E vai para casa cuidar desse rosto. ─ Disse ela dando-me um abraço apertado, me pegando desprevenido de novo.

Logo depois se afastou saindo do beco, deixando para trás seu perfume suave. Fiquei paralisado no local. Sim, agora não tenho mais dúvidas de que ela se importava comigo. E aquilo era recíproco. Eu me importava demais com ela, mesmo eu a conhecendo só há alguns dias.

|Os dias das postagens; terça, sexta e domingo. Vote e comente. Me segue no Instagram ➵ @autorasousa_ beijinhos.|

EntrelaçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora