Capítulo 28 ─ Cássio

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Oieee meus amores, estou atrasadinha. Mas vim como prometi. Capítulo prontinho pra vocês. Vejo vocês amanhã também!
*Esse capítulo tem fortes emoções. Aproveitem. ;)*
Boa leitura xuxus <3

[...]

Cheguei no apartamento do meu pai bufando de raiva.

Será que ela pensa que a usei?

Não teria essa coragem, sei que ela não sabe disso plenamente por que ainda não nos conhecemos o suficiente. Nem tivemos tempo para nos conhecer.

Mas o baile está se aproximando, talvez, apenas talvez a gente se aproxime nesse baile.

Pare de ser idiota, e convide ela para sair. Penso frustrado.

Balanço a cabeça para espantar essa ideia por hora. Sento-me no sofá com a cara fechada e fecho os olhos tentando relaxar.

─ Filho precisamos conversar! ─ Ouço meu pai dizer.

Meu sangue ferve pois não estou no clima.

─ Preciso lhe dizer algo, filho...

─ Não quero ouvir o que tem a dizer, minha cabeça está cheia. Preciso tirar um cochilo antes que minha cabeça exploda. ─ Digo me sentindo cansado e com a cabeça fervendo.

Muitas emoções em um dia só, e só uma delas foi boa. Meu beijo com Irís.

─ É importante, preciso... ─ Eu o interrompi gritando já de saco cheio.

─ Não quero ouvir, não entendeu ainda?

─ Sua mãe que me traiu! ─ Ele disse simplesmente.

É impressionante como ele inventa mentiras.

─ Como é Sr. Albuquerque?

O resto de paciência que tinha foi para o espaço no momento que ele me disse isso.

Levanto-me do sofá e fico em pé de frente daquele homem que pensei que fosse digno de admiração.

Olho em seus olhos, tão idênticos aos meus. É um absurdo, ele não querer assumir o que fez.

Que ridículo.

Filho duma mãe!

─ Estou dizendo a verdade Cássio, eu descobri assim que cheguei do escritório. Ela me traiu com o George, você o conhece lembra? Ele tem a fama de pegador, e ele tinha um caso com sua mãe. Sei que é difícil de acreditar... ─ Ele diz muito sério, como se fosse realmente verdade.

Que descarado.

Eu realmente não conheço mais meu pai.

Começo a rir, mas sem vontade, e comecei a bater palmas para a cena escrota que ele estava me proporcionando.

─ Sabe Sr. Albuquerque você seria um excelente ator. Que cena brilhante, mas eu não caio na sua lábia barata de advogado! ─ Cuspo as palavras com raiva para ele.

Eu ainda o amo de verdade, mas o homem que um dia admirei quando era criança nunca existiu.

Era pura fantasia da minha cabeça quando ainda era criança. Que patético eu sou.

─ Olhe essas fotos Cássio, e não são montagem acredite. ─ Ele disse pegando um envelope pardo da sua pasta preta de trabalho.

Olho para ele fixamente, e tenho vontade de chorar. Mas me seguro e fico firme. Sou quase um homem já, tenho 17 anos. Preciso encarar a realidade, e cara como dói ver o homem que meu pai se tornou.

Ele me dar as fotos, e fico na dúvida se pego ou não. Mas a curiosidade me corroí, sempre fui muito curioso.

E pego, abro o envelope de uma só vez. Tomando o fôlego, olho fixamente as fotos. E meu coração para por alguns segundos, e depois começa disparadamente.

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