Olá meus amores. Como vocês estão? O capítulo de sexta aqui está para vocês meus amores, como tinha falado antes aqui no meu perfil. Não postei por que o capítulo ainda precisava de uns ajustes. Espero que vocês gostem. Vejo vocês mais tarde.
Boa leitura amores <3[...]
Estou deitada no sofá lendo meu livro Querido John, de Nicholas Sparks. Sou uma leitora compulsiva, e adoro ler um romance. Tinha passado por uma ressaca literária, mas decidi hoje voltar a ler, até por que foi a Jú que me deu esse livro no dia do meu aniversário, dia 24 de janeiro. E ele tinha ficado na minha estante de livros desde então. Estou adorando o começo da história, mas com certeza vai ter morte, nem me surpreendo mais se tiver, sou fã de carteirinha do Nicholas. Estou adorando o John. Suspiro.
Tinha acaba de chegar da escola, e levei hoje o livro para escola para poder ler no intervalo, eu precisava ocupar a mente, mas não tive tempo suficiente. Assim que cheguei da escola, coloquei minha mochila no chão, peguei o livro, e em seguida deitei no sofá e mergulhei no livro.
Ainda estava no capítulo 1, e estava tão envolvida na história. Mas acabei me distraindo e lembrei de meu pai. Hoje faz dois dias que meu pai se fora, para essa tal viajem. Nem ao menos se despediu de mim. Mas algo me diz, que ele está escondendo alguma coisa de mim. Mas o que será?
Assim que ele se foi, não demorou muito logo tia Rebeca tinha chegado. Ela ficaria com o quarto de hospede, o único da casa. Que era de frente para o meu quarto. Eu fiquei tão feliz quando a vi, gente conversou tanto, ela definitivamente é como minha segunda mãe.
─ Oi minha Bela. ─ Cumprimenta minha tia Receba, tirando dos meus pensamentos e deu-me um beijo na bochecha. Nem tinha percebido quando ela chegou. Desde que me entendo por gente, ela sempre me chamou de Bela. Ela diz que pareço muito com a Bela, a princesa da Disney. Delicada, forte e adora livros. Palavras dela. Sorrio.
─ Oi tia, chegou cedo? ─ Pergunto distraída, e folheio o livro, ansiosa para saber o final. Mas logo o fecho colocando o marcador.
Ela trabalhava até às 18h00, em um restaurante aqui mesmo na cidade. Ela gerencia o restaurante, e de vez enquanto ajuda na parte da cozinha também. Não que ela precisa, mas ela ama culinária, e sempre ajuda quando precisam de uma mão extra. Amo suas comidas.
─ Hoje sim, por que fui ao um encontro! ─ Diz com seus olhos verdes brilhando. Olhos verdes, é a marca da família Oliveira.
─ Encontro é? Que tipo de encontro? ─ Digo para testá-la. Ela é a caçula, e você já viu né? Desde que a conheço meu pai é um irmão super protetor e ciumento. Mas, como o meu outro tio Roger não tem quem ganha esse. Sorrio da lembrança. Tio Roger, mora em São Paulo, sinto saudade dele.
─ Um encontro. Sua tia não pode ser convidada para ir em um? ─ Diz em uma irritação disfarçada.
─ Claro que pode tia, mas se meu pai e meu tio souberem disso você está frita. ─ Digo sorrindo e ela sorrir também.
─ Você não vai contar a eles né? ─ Diz sorrindo mais ainda. Aquele sorriso cheio de covinhas.
Conversamos mais um pouco, e logo depois fizemos o jantar juntas, ela ensinou-me a fazer uma verdadeira torta de camarão, estava uma delícia. Limpamos tudo que sujamos e nos despedimos com um boa noite e fomos para nossos quartos.
Ao fechar a porta do meu quarto com o livro de Nicholas na mão. O coloco de volta a minha prateleira, cheia de livros.
Amanhã dou continuidade, penso e sorrio. Coloco minha bolsa na minha escrivaninha, perto do meu computador. E em seguida pego uma toalha limpa, e minhas roupas de dormir.
Meia hora depois, de banho tomado e com minha calça moletom e minha camiseta do Itachi. Pode parecer meio estranho, mas amo animes também. Itachi, é meu personagem preferido do anime Naruto. Gosto dele por que meio que me identifico com a personalidade dele.
Estou em frente ao espelho enorme perto da minha cama, e tento pentear meus cabelos longos e escuros com os dedos mesmo. Olho meus olhos verdes da cor de esmeralda. Meu pai dizia quando eremos próximos, que eu parecia demais com minha mãe. E olhando para mim crescida, tenho que concordar. Eu sempre discordava, por que a beleza da minha mãe nem se comparava a minha quando era uma pirralha. Mas me vendo com mais calma hoje, tenho alguns traços dela. Principalmente o cabelo. Mas os olhos da minha mãe, era um azul tão intenso, que parecia o próprio céu. De tão azul que era.
Fecho os olhos e vejo perfeitamente seu rosto angelical, minha mãe era uma mulher extraordinária. Abro os olhos, e sinto as lágrimas se encherem nos meus olhos. Vejo meu reflexo no espelho. É como se eu tivesse a vendo aqui e agora.
Eu sei que não vou superar essa perda tão cedo, já se passaram anos e eu sinto como se eu a tivesse perdido ontem.
Saio da frente do espelho, e vou até a escrivaninha e pego uma foto nossa. Eu e minha mãe. Estávamos a passeio em uma fazenda aqui mesmo em Minas. Meu pai que tinha tirado a foto. Eu tinha uns 7 anos. Ela estava me carregando nos braços, e sorriamos para a câmera. Nossos rostos estavam próximos e ela tinha um brilho de felicidade nos seus intensos olhos azuis da cor do céu.
Passo os dedos na foto perto do seu rosto e sinto as lágrimas molharem a fotografia.
─ Você não sabe a falta que faz mamãe... ─ Sussurro como se eu tivesse conversando com ela.
Olho novamente com os olhos embaçados para a foto e lembro perfeitamente dos seus sorrisos quando eu dizia algo engraçado, ou quando ela pintava seus quadros de arte. Ela ficava tão serena quando pintava, eu sempre a acompanhava nas suas pinturas. Por que eu era sua modelo. Ela adorava colocar principalmente meus olhos na sua tela de pintura.
Coloco a fotografia de volta no lugar, e limpo as lágrimas com uma de minhas mãos.
Vou em direção a parede perto da minha prateleira de livros, e vejo um dos quadros que minha mãe pintou quando eu tinha 3 anos. Ela pintou somente meu rosto e cabelos. Eu tinha ganhado ele quando tinha completado 8 anos. Não lembrava quando ela tinha pintado. Ela me deu, por que ela queria que eu me enxergasse como ela me enxergava. Lembro perfeitamente a euforia que senti, por que mamãe nunca me dava os quadros que ela pintava. Era talentosa, e vendia seus quadros. Alias até por que ela tinha seu pequeno ateliê.
Vou mais perto do quadro, e vejo cada detalhe dos traços que minha mãe colocou nele. E deixo o choro sair, me sento na beirada da minha cama e choro olhando a arte de minha mãe.
Quando ela morreu, eu removi o quadro, não conseguia olhar para ele que eu desabava. Literalmente caia no choro. Não conseguia simplesmente aceitar que ela tinha ido. Foi cedo demais.
Eu coloquei de volta o quadro ano passado. Por que queria olhar para ele, e lembrar mais dela. Ter algo dela perto de mim. Mas às vezes ainda chorava olhando para ele, como nesse instante. A saudade é tanta.
Choro, sentindo meu coração pesado e apertado.
─ Irís?
Ouço a voz de tia Rebeca, e limpo o rosto.
─ Eu ouvi um choro baixinho, e percebi que vinha de seu quarto Bela. ─ Tia Rebeca disse me olhando com seus olhos preocupada.
Limpei o rosto totalmente, e levantei da cama.
─ Eu me emocionei lembrando de algo tia. Foi só isso. Boa noite. ─ Disse envergonhada.
Tia Rebeca me conhecia tão bem, ela simplesmente me olhou e entendeu que eu não iria me abrir. Era sempre delicado tocar o nome de mamãe. A única pessoa que conversava sobre era com a Jú.
─ Boa noite Bela. Qualquer coisa que você precisar, estou aqui.
Ela me jogou um beijo no ar, e se foi fechando a porta atrás de si.
Me jogo na minha cama, e fecho os olhos.
Eu ainda vou conseguir lembrar de você mamãe, e não chorar. Penso comigo mesmo, antes de cair no sono.
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Entrelaçados
Roman d'amour"Vocês irão se amarrar, na história." Irís Oliveira, sempre foi uma garota meiga, bonita e a mais inteligente da turma. Desde que frequenta a escola, sofre de bullying por seus colegas. Por isso se isolava dos outros, menos de sua melhor amiga Julia...