Capítulo 27 ─ Irís

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Oieee de novo meus amores. Estou só postando os dois capítulos que faltavam. Amanhã tem capítulo normal. Votem e comentem muito. Vejo vocês amanhã. 
*Aproveitem o segundo capítulo do dia ;)*
Boa leitura xuxus <3

[...]

Entro no carro de tia Rebeca na parte de trás, e me sento no banco morrendo de vergonha pelo papelão que a Vera fez ainda pouco.

Não acredito que ela disse que estávamos quase "se comendo".

O que minha tia deve estar pensando de mim agora?

Tia Rebeca entra no carro sem dizer nada, liga e coloca logo o carro em movimento.

Não trouxe nem meu fone para dar uma disfarçada. Deixei minha mochila no meu armário. Pego meu celular do bolso da calça para ver as horas e já passa das uma hora da tarde.

─ Vocês estão namorando mesmo Irís? ─ Tia Rebeca pergunta me olhando sobre o espelho do motorista que fica no teto do carro.

Engulo em seco.

─ Não.

Ela não fala mais nada, e abaixo minha cabeça em derrota.

Sou muito azarada mesmo não é possível, meu primeiro beijo e todo mundo em questão de minutos ficou sabendo. Respiro fundo.

Minutos depois chegamos em casa, ela estaciona e eu não perco tempo saio depressa do carro. Vou até o portão e procuro minhas chaves.

Droga.

Ficou na minha mochila.

Espero por minha tia encostada na parede de casa.

Ela me olha de relance assim que saí do carro e trava ele. Ela caminha graciosamente até ao portão, abre e deixa eu passar primeiro.

Não perco tempo e vou direto para o meu quarto. Não tenho cabeça para conversar com ela agora, e minha tia me conhece, ela sabe que não estou muito bem.

Entro no meu quarto e deixo a porta encostada. Deixo meu celular na minha escrivaninha e me jogo na cama.

Fecho os olhos sentindo minha cabeça começar a latejar.

Não acredito que me deixei levar pelo momento e acabei criando expectativa onde não tem.

Ele me pediu desculpas pelo beijo.

Juro que fingi que não me importava.

Mas me importava.

Demais até.

Com certeza me pediu desculpas por causa da Louise. Me recordo que eles estão saindo.

Burra.

Mil vezes burra, Irís. Penso angustiada.

Como pude deixar ser beijada? Como pude cair no joguinho do Cássio?

Por você está caidinha por ele. Uma voz debochada fala na minha cabeça.

Com raiva jogo o travesseiro no chão, e bato repetidas vezes no colchão. E sinto as lágrimas arderem nos meus olhos.

Inferno.

Como eu pude simplesmente me apaixonar em dias?

Eu nem sabia que essa baboseira de amor à primeira vista existia. Para mim só existe em livros, e filmes.

Me encolho mais em minha cama, e afundo em minhas lágrimas literalmente. Não consigo esquecer aquele beijo.

Se ele está saindo com a Louise, por que ele me beijou?

Não consigo entender, mas Cássio jamais olharia para mim. Isso é fato.

Vou ficar doida ficar aqui pensando sobre isso.

Escuto três batidas seguidas na porta e enxugo minhas lágrimas.

Não sei por que nunca gostei de chorar na frente das pessoas.

─ Entre. ─ Digo com a voz abafada e rouca.

Assim que a porta se abre vejo uma cabeleira loira e um par de olhos castanhos escuros curiosos, só poderia ser ela. Com certeza quem a chamou foi minha tia.

Desde que cheguei fiquei aqui no quarto, nem sei que horas são agora.

─ O que ele fez dessa vez minha quatro olhos?

Ju perguntou se sentando na minha cama, e coloco minha cabeça no seu colo, e ela começa a fazer cafuné nos meus cabelos.

Ficamos não sei quanto tempo assim, em silêncio. Estava tomando coragem para contar o que tinha acontecido.

Ju sempre foi a pessoa que conto tudo, ela é como minha irmã. Entre nós não tem segredo. Nunca teve. E não é agora que isso vai mudar.

─ Nos beijamos... ─ Começo a dizer, ou tentar. Ju como é escandalosa já começa a gritar.

─ O que? – Ela se levanta rapidamente deixando de fazer cafuné nos meus cabelos.

Ju começa a ficar agitada e elétrica, o que não é novidade. Ela sempre foi assim, e nunca mudou. Ainda mais quanto era uma novidade assim tão inesperada.

─ Então isso quer dizer que não é mais boca virgem?

Tão exagerada. Reviro os olhos e sorrio pela primeira vez depois daquele papelão na escola. Sento-me na cama, e começo a fazer trança no meu cabelo de lado.

─ Sim Ju. Não sou mais, e só para tirar essa dúvida sua, foi com o Cássio. Foi único e maravilhoso!

Digo com a voz falha. Ainda é surreal dizer o que aconteceu.

─ Então a nerd da escola se apaixonou pelo novato da escola. Quando ia me dizer isso Irís? ─ Ju faz me olha com aqueles olhos escuros questionadores.

─ Eu juro que ia amiga. Mas aconteceu tão rápido. E é até difícil de admitir para mim mesma.

Ju suspira melancólica e se joga na cama me abraçando bem apertado. Literalmente me esmagando. Sorrio.

─ Tudo bem Irís. E aí já estão namorando?

Me solto dela, e término de trançar meu cabelo. Fico nervosa e começo a estalar os dedos.

─ Não...

─ Filho de uma rapariga, como ele se atreve beijar você sendo que nem é seu namorado?

Ju pula da cama e começa a andar revoltada. Coloco as mãos no rosto frustrada.

Agora ferrou literalmente. Ju acha que ainda estamos no século passado.

Ela que é a mais romântica entre nós duas.

Para ela não existe isso de ficar se beijando sem namorar antes, ela e a Vera tem quase os mesmos pensamentos.

Quero nem pensar no que essa cabecinha está maquinando. 

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