Boa noite meus amores, vocês estão bem? Bom como eu avisei aqui no meu perfil no Domingo, não estava me sentindo bem. Estou melhorando... Hoje vou postar o capítulo de Domingo passado, e de hoje vou postar no decorrer dessa semana. Sei que falei que ia postar dois capítulos hoje, mas não deu para eu revisar ainda o outro. Mas calma que de hoje pra quinta-feira eu posto. Vou atualizando vocês. Por isso é essencial que lêem os avisos. Chega de enrolação e bora para o capítulo?
Boa leitura xuxus. <3[...]
Fico ainda no beco paralisado, tento ficar mais calmo. Respiro fundo, e depois solto a respiração. Sei que quando chegar em casa, vou ter uma discussão feia com meu pai sobre a briga. Mas quem é ele para me dar sermões? Não é mesmo? Saio do beco ainda com raiva, a minha vida é uma merda. E sigo o rumo de casa a passos apressados e curtos.
Estou exausto. Só preciso da minha cama. Penso.
Não tenho notícias de minha mãe, desde quando fui para o apartamento do meu pai. Ela não me ligou, ou até mesmo foi me visitar. Estranho. Pensando nisso tenho que pedir para meu pai trazer Isabel para o apartamento.
Assim que chego, entro e vou direto para o elevador. Meia hora depois estou, no andar de cima. Ando pelo corredor rápido. Pego minhas chaves extras, abro a porta. E me deparo com meu pai, sentado no sofá com um copo de vinho na mão.
Fecho a porta, e vou direto para o quarto.
─ Onde pensa, que vai Cássio? ─ Pergunta ele com a voz irritada.
─ Oras para o quarto, ou para outro lugar? ─ Ironizo.
Por que esse coroa acha, ou pensa que tem algum direito sobre mim?
─ Senta aqui, agora! ─ Ele diz com sua voz autoritária. Bufo, e sento no outro sofá.
─ Desembucha coroa. ─ Digo baixinho, mas ele ouviu.
─ Pare de agir igual uma criança mimada, Cássio.
Ok, desisto. Ele venceu, por mais que eu tenha uma raiva por ele que me ferve o sangue. Amo esse coroa, e muito. Mas é claro que não vou dizer isso a ele. Isso não muda o que ele fez conosco. Ele terá que sofrer um pouquinho mais. Sorriso de canto.
─ Está debochando de mim, Cássio Mendes Albuquerque? ─ Ele quase grita irritado.
Agora é sério, desisto. Sempre quando me chama pelo nome completo é por que chegou no seu limite de paciência.
─ Não Dr. Albuquerque. Fale logo. ─ Digo sério.
Meu rosto dói, pelos socos que levei. Passo a mão no lábio inferior.
─ Bom, sei que ainda está chateado comigo. Fique, você tem todo direito disso. Mas, não tem que sair pela escola e descontar em ninguém. ─ Diz calmo e dar o último gole em seu vinho.
─ Não foi por isso que bati nele.
─ Então foi pelo quê? ─ Pergunta curioso.
─ Por que o bebê da mamãe, estava defendendo sua mina! ─ Respondi Gregory entrando na sala, e sorrindo pra mim. Com aquele sorriso cheio de dentes.
Olho para ele, se olhar matasse ele estaria morto agora.
─ Defendendo sua mina? E desde quando você tem uma? ─ Pergunta meu pai curioso e surpreso até.
─ Ela não é minha mina, e pare de tentar agir como se nada tivesse acontecido. Pois se você esqueceu, tudo bem, mas eu não. ─ Digo sem rodeios e sendo rude levantando do sofá.
─ Eu quero conhecer ela Cássio, pois achando ruim ou não, ainda continuo sendo teu pai.
Esse coroa só pode está ficando louco da cabeça. Mas a ideia de Irís conhecer ele não é tão ruim assim. Mas ainda existe a mágoa, ele me feriu terrivelmente, ainda não estou pronto para perdoar ele.
─ Não! ─ Digo grosseiramente e por fim peço indo direto ao ponto.
─ E não esqueça de trazer a Isabel pra cá.
O silêncio invadiu a sala de estar, e saio deixando meu pai e Gregory na sala de estar sozinhos. Vou para o meu quarto e deito-me na cama.
Será que um dia vou perdoar ele? E se eu não conseguir?
Ele é meu pai, e o amo demais ele. Quando dou por mim, estou chorando feito uma mariquinha. Que idiota eu sou. Levanto e vou tomar uma ducha bem fria, para relaxar.
Entro no banheiro, entro no box e ligo o chuveiro entrando debaixo do chuveiro com roupa e tudo. Fecho os olhos com força. Estou tão cansado.
Cansado de fingir que não me importo com meu pai. Cansado dessa marra toda. Estou cansado da vida que estou levando com meu pai. A gente sempre se deu tão bem.
Não sei por que, mas começo a ter flashback de lembranças nossas. Passo as duas mãos no cabelo e continuo de olhos fechados.
E cenas nossas, minha e do meu pai quando eu tinha 10 anos, quando cai do cavalo.
*Flashback;
─ Cuidado filhão! ─ Disse ele assim que montei no cavalo. Sorri de sua preocupação.
─ Está tranquilo pai. Vamos? ─ Ele suspira concordando e monta no seu cavalo.
Ele faz um gesto com as mãos para eu poder ir na frente. E o cavalo corre sem meu comando, talvez assustado, não entendo. E perco o controle dele.
─ Cássio. ─ Meu pai grita, e tenta me alcançar.
Tudo acontece muito rápido, e caio do cavalo sendo jogado no chão bruscamente. Minhas costas doem, e minhas pernas nem se fala.
─ Filho? ─ Meu pai me chama, e me pega nos braços e me abraça.
─ Está tudo bem pai. ─ Digo rapidamente para ele parar com esse ato de afeto desnecessário.
─ Quase me matou de susto. Você se feriu?
Quando ele aperta minha perna esquerda dói. E grito agoniado.
─ Calma garoto, vou levar você para o hospital. ─ Murmura ele como se não fosse nada demais.
─ Hospital não pai, você sabe que odeio hospitais!
─ Vou estar sempre do seu lado, menino chorão.
Ele dar risada da minha cara, e eu fico emburrado mesmo morrendo de dor.
*Flashback.
Por que ele não cumpriu essa promessa? Dou um murro na parede de azulejo. Em vez disso só me feriu. Como isso dói.
Por que pai? Por que? Perguntas e mais perguntas veio na minha mente. E não tenho nenhuma resposta.
Não consigo ter uma conversa civilizada com meu próprio pai depois de tudo que aconteceu. Nossa relação foi se desfazendo e se ruindo aos poucos.
E choro debaixo do chuveiro. Por me abandonou? Eu sempre te amei. Preferiu aquela mulher do que nós, sua família.
Se não estava feliz com a mãe pedia o divórcio, seria mais fácil. Mas não, preferiu trair nós. Seria difícil aceitar, mas eu não estaria agora com mágoa, ódio e com esse buraco no peito. Por sua causa.
E choro, choro como nunca chorei na vida. Lembro que fiquei uma semana de cama, por que havia deslocado a junta. E como doeu. Meu pai estava do meu lado, e a dor cessou. Mas agora essa dor que sinto, é mil vezes pior, e dessa vez não tenho meu pai do meu lado.
Você me feriu pai, mas continuo te amando.
Tiro minha roupa ensopada, e coloco na pia. Então decido terminar meu banho sem mais lembranças dolorosas.
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Entrelaçados
Romance"Vocês irão se amarrar, na história." Irís Oliveira, sempre foi uma garota meiga, bonita e a mais inteligente da turma. Desde que frequenta a escola, sofre de bullying por seus colegas. Por isso se isolava dos outros, menos de sua melhor amiga Julia...