Entrelaçados

Capítulo 21 ─ Irís

Oiee meus amores! Vocês estão bem? Como vocês não fizeram como combinado do capítulo anterior, hoje é só um capítulo e pequeno. 
Gente é muito importante pra mim que vocês dê estrelinhas, só assim vou saber que vocês estão gostando.
Vejo vocês no domingo. 
Boa leitura xuxus. <3

[...]

Talvez o meu coração esteja enganado, ou eu que não queira admitir pra mim mesma. Mas vejo, e isso é um fato, sinto algo por Cássio. Não sei colocar ainda em palavras, tudo ainda está confuso, mas sei que sinto algo. Quando olhei para seu rosto, estava machucado, senti um aperto no peito.

Por um momento pensei que ele me beijaria. Mas eu me afastei, não queria que ele pensasse de mim, como uma oferecida. Somos só colegas de turma, ou melhor, amigos. Ele deixou isso bem claro quando me convidou para ir ao baile como seu par.

Mas quem em sã consciência queria ficar com uma garota desprezada na escola, e em casa? Essa pergunta martelava em minha cabeça.

Assim que me afastei mais do beco, corri para casa. Cheguei em frente de casa, abri o portão. Passei pela garagem e logo entrei na sala. Me jogando no sofá, deixei minha mochila no chão. E ali fiquei perdida nos meus pensamentos. Não sei quando tempo fiquei ali, com a mente a vagar. Logo vejo minha tia entrando com um sorriso reluzente em seu rosto.

─ Vejo que alguém viu o passarinho verde hoje. ─ Debocho sorrindo. E minha tia vem correndo e se jogou em cima de mim.

─ Tia a senhora está com quantos quilos? ─ Pergunto com a voz arrastada.

Quando ela ia me responder o sorriso já havia desaparecido e ela está de cara fechada. E por descuido ela cai de bunda no chão. E eu começo a rir sem parar.

─ Irís Oliveira, isso não tem graça. ─ Ela diz séria e não aguento de tanto rir.

─ Desculpa Tia. ─ Quando peço desculpas, ela começa a sorrir e eu embarco com ela, morrendo de rir. Ela se levanta e se senta do meu lado.

─ Então?

Ela me olha com seus olhos verdes brilhando. Ela é linda, cabelo liso, lábios rosados. Diferente de mim, que sou horrível. Penso distraída.

─ Sabe naquele dia que cheguei cedo e disse que havia jantado? ─ Ela pergunta me tirando dos meus pensamentos. Balanço a cabeça, e ela continua.

─ Então, fui convidada de novo hoje. O nome dele é Renan. Tenho que está impecável hoje. ─ Ela diz eufórica.

Nunca tinha visto ela assim, tão radiante. Penso.

─ Fico feliz tia, espero que dê tudo certo. Mas não cria expectativas antes, de ter certeza ok?

Ela balança a cabeça concordando e me dando um abraço bem forte.

─ Preciso tomar um banho, logo menos vou voltar para o restaurante.

Balanço a cabeça, e ela sai. E volto a me deitar no sofá.

Esse homem deve ter deixado minha tia nas nuvens, ela não é assim. Calma, deixa eu explicar. Minha tia não gosta de ter um relacionamento sério, é aquele velho esquema; ficar. Ela é linda e independe. Mas tem o coração partido. Não quer se machucar mais. E apoio a decisão dela.

Ela me lembra minha mãe, tão forte e tão sensível ao menos tempo. Logo sinto que vou chorar, é quase impossível lembrar de minha mãe e não chorar.

Não me conformo pela sua perda. Se ela estivesse aqui seria tudo diferente, não que não esteja bom ter minha tia Rebeca aqui, pelo contrário. Mas se ela estivesse aqui, seríamos uma família de verdade, como sempre foi. Talvez meu pai fosse mais presente na minha vida. Estaria trabalhando em um emprego fixo, e não estaria se afogando na bebida. Sei que ele não estaria na situação que está hoje.

Meu pai sempre foi o orgulho da família, sempre foi o mais inteligente dos homens. Ele mudou totalmente depois da morte de mamãe. Ficou mais frio e calado.

Desvio dos meus pensamentos e foco no agora. Pego minha mochila do chão e vou para o meu quarto. Coloco a mochila na escrivaninha, e coloco meu celular perto da minha foto com minha mãe. E vou até minha prateleira. Pego o livro de Nicholas, deito na cama. E mergulho na leitura do livro.

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