Capítulo 2 ─ Cássio

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Olá amores, como vocês estão? Espero que estejam bem, e se cuidando. Tudo isso que estamos vivendo vai passar. Vejo vocês no Domingo.
Boa leitura!

[...]

O dia já começou um saco, eu bem que queria deslocar algo novo por aqui. Cheguei ontem, no meu mais novo lar, incrível né? Desde que houve aquela zorra, em casa. Por causa do divórcio dos meus país. Estou assim, de péssimo humor, e tento manter cara de paisagem. Tudo novo agora, odeio mudanças inesperadas. Fiquei com minha mãe, escolha minha. E você já viu né? briga na certa.

Meu pai ficou chateado, por minha escolha. Mas não me importei, quem mandou ele trair minha mãe? Não tenho culpa, eu fiquei louco da vida quando minha mãe me disse, o que ele havia feito. Cara, minha mãe ainda ama meu pai, mas não aguentou o tamanho da decepção, e quis o divórcio.

Logo em seguida, tranquei no meu quarto, e chorei feito uma criança. O que ajudou muito. Desde criança, fiz uma fantasia de meu pai, o meu herói. Mas, ele havia me decepcionado muito. Não, quero vê-lo tão cedo.

Agora estou aqui, em frente à minha nova escola. Rodrigues Menezes, uma escola bem popular aqui em Minas Gerais. É particular, meu pai como é advogado bem conhecido no Rio de Janeiro, conseguiu uma vaga para mim, com urgência. Minha mãe, Celina, escolheu ter uma vida longe do canalha do meu pai. No que achei ótimo. Quero distância dele.

Entrei pelo portão principal, fui direto para direção, pegar meus matérias e horários. Com os papéis em mãos, fui direto para minha sala. É 11 - b. Odeio ser novato, muito menos em escola particular. Entro, e sento no fundo, agora bateu uma saudade do Gregory, meu melhor amigo de infância. Ele ficou bolado, pelo que aconteceu, ultimamente estamos conversando muito pelo Facebook ou WhatsApp. Mas, não é a mesma coisa que pessoalmente.

Fui tirado de meus pensamentos quando uma garota entrou, e todos jogaram bolinhas de papéis em sua direção. Eu fiquei indignado pelo que esses babacas estavam fazendo. Ela, abaixou a cabeça, talvez por vergonha. E veio em minha direção, mas claro nem me notou. Sentou-se e abaixou a cabeça, tive aquela sensação de protegê-la, mesmo nem a conhecendo. Acho que estava chorando. Cerrei os punhos com força. Sempre fui contra sobre praticar bullying ainda mais com uma garota.

Logo depois a professora, chegou passando lições na louça branca, sem nem dar Oi. Ela com certeza é uma da daquelas professoras rígidas. Enquanto isso, a garota continuava de cabeça baixa.

Será que isso acontece com frequência? Antes que eu pudesse perguntar, a professora falou:

─ Irís, você está passando mal? ─ Irís, até seu nome era bonito. E por que os babacas fazem isso com ela?

─ Ah professora, a nerd da sala está perdendo os velhos costumes! ─ Ouço uma voz fina cheia de sarcasmo.

Olho em direção daquele babaca, que estava sorrindo dela. Imbecil.

Antes que eu pudesse dizer alguma coisa, a garota levantou sua cabeça, olhei em sua direção. O que me deixou sem chão, nunca tinha visto os olhos mais lindos que os dela. Era um verde diferente, e ela tem uma franja quase encima de seus olhos. Se ela usasse lente de contato, ficaria mais linda.

Ela percebendo que eu a encarava por um bom tempo, corou. O que me fez reprimir um sorriso.

─ Estou esperando Irís! ─ A professora fala, e eu viro em sua direção.

─ Ah... Prof... Eu não estou muito bem! ─ Irís com o rosto corado, fala gaguejando.

─ Tudo bem, só por hoje. E antes que eu me esqueça. Bem-vindo Cássio. Sou a professora de Química, Vanessa. ─ A professora me saúda, e eu aceno com um sorriso forçado.

E ela volta a dar sua aula de Química, eu fico incomodado um pouco pela presença de Íris. É algo alheio a sentir, mal nos conhecemos. E algo passa por minha cabeça.

─ É sempre assim? ─ Pergunto me referindo a forma como os demais da classe a tratava.

Irís me olha com aqueles olhos verdes, me fuzilando com o olhar.

─ O que? ─ Pergunta com a voz abafada.

─ A forma como tratam você! ─ Digo com a voz baixa, para ter certeza sobre minhas conclusões.

─ Não tem nada de errado! ─ Ela fala com indiferença. Abro a boca, mas antes que eu pudesse falar, a Professora Vanessa olha pra nossa direção querendo continuar a sua aula.

A aula foi entediante, e pra piorar era duas aulas, não prestei atenção em quase nada. Odiava Química. E por que também estava curioso para saber mais sobre a garota que estava do meu lado.

As duas aulas da Vanessa quase não terminaram, mas por fim acabaram. Ela se despediu dos alunos daquele jeito dela sem nem dar tchau. E foi embora. Eu quis tentar puxar assunto com Irís, mas eu fiquei sem graça. Eu mal conhecia a garota. Ela estava tão concentrada escrevendo algo em seu caderno que não quis ser intrometido.

Logo em seguida um senhorzinho quase careca entrou na sala.

─ Bom dia queridos alunos! – Cumprimentou e foi logo deixando sua mochila na mesa do professor.

─ Bom dia! – Respondemos quase todos juntos.

─ Bom, sei que tem um aluno novo na classe. Bem-vindo Cássio. Sou o professor de Filosofia, Rogério.

Eu dei um aceno e um sorriso pequeno para o Professor, simpatizei com ele logo de cara. Rogério deu sua aula de forma dinâmica e filosófico. Dava pra perceber o quanto era apaixonado pela filosofia. A aula passou tão rápida que nem notei, e logo o sinal tocou. Eu virei pra Irís, mas ela já tinha se apressado e arrumado suas coisas que nem tinha visto. Irís me olhou pela última vez, levantou-se pegou sua mochila e se foi apressada.

Garotas. Para falar a verdade, eu sempre me dava bem com as garotas. Mas, essa é a garota. Ainda vou descobrir se ela sofre de bullying. Irei ajudá-la querendo ou não.

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