Entrelaçados

Capítulo 26 ─ Cássio

Oieeee meus amores, sei que estou em falta com vocês. Literalmente sumi. Mas como disse no capítulo anterior não estava me sentindo bem, andava desanimada, e eu não queria escrever de qualquer jeito para vocês. Mas eu estou bem melhor. Nem todos os dias a gente vai está bem não é mesmo? Mas tudo bem não está tudo bem sempre, faz parte da vida. Agora sem mais enrolação. Vamos para o capítulo?
*Capítulo está curtinho, mas não deixa de ser importante ;)*
Boa leitura xuxus <3

[...]

Nem por um momento em minha vida, pensei que essa cena aconteceria um dia. Mas está e perante meus olhos. Papai está sorridente e mais à vontade. Vejo através de seus olhos que gostou de Irís.

Quem não gostaria dessa preciosidade?

Até eu que antes com o coração em pedaços me encantei. E estou eu não sei como me sinto em relação a ela. Eu sei que sinto algo muito forte por essa baixinha, algo que nunca senti por ninguém.

Ela desperta a minha melhor versão, versão essa que nem sabia que existia de fato. Irís é como a luz, e só está iluminando as partes escuras da minha vida. Eu preciso entender esses sentimentos confusos, e entender de fato o que sinto por ela. Jamais me perdoaria se eu a magoasse. Ela já sofreu tanto. Não precisa de mais um sofrimento. Eu preciso entender o que está acontecendo comigo.

Vê-la ali naquela sala exposta, até por que era seu primeiro beijo, tive que dizer que somos namorados. Até por que sua tia estava ali. Não queria passar por um garoto qualquer em sua vida, que só apenas aproveitou de sua inocência. Quando disse que ela era minha namorada, eu nunca quis algo tão forte, quanto ser seu namorado. Quis que fosse verdade...

─ Desculpe-me pelo inconveniente na sala da diretora... ─ Irís começou a falar e me trouxe a realidade.

Por mais que essa situação não estivesse sido planejada. Ainda estou magoado com meu pai, mas quando dei por mim já a tinha apresentado a ele. E logo me dei conta da burrada que fiz. Estava tenso e queria sair dali o mais rápido possível.

─ Pai preciso conversar com a Irís só um minuto por favor? ─ Pergunto a ele, que está com o cenho franzido.

Com certeza quer saber o que se passa. Mas ele só confirma com a cabeça.

Puxo a mão da minha baixinha e a levo ao corredor perto dos armários, cujo é um lugar escondido.

─ O que houve Cássio? ─ Pergunta-me confusa.

─ Eu sinto muito... ─ Começo a dizer e ela me interrompe.

─ Se me disser que senti muito por causa do beijo, nem precisa continuar. ─ Disse com a voz rouca.

─ Irís... ─ Quando ia dizer que não senti nenhum arrependimento por tê-la beijado. Mas sim pelo exagero da Vera. Ó mulherzinha chata.

─ Irís vamos mocinha, temos muito o que conversar! ─ Disse uma morena dos olhos verdes, se aproximando de nós.

Com certeza é parente de Irís. Com certeza acho que a beleza é de família. Pensa em uma mulher linda. Mas minha Irís é mais, sem dúvida.

Irís nem se quer me dar um abraço e vai em direção a moça dos olhos verdes, deixando-me igual um pateta.

Droga!

Vejo as duas irem em direção a saída e fico ali perdido em pensamentos.

Será que ela pensa que a usei? Mas é claro que não, isso nunca.

Eu estou confuso com tudo que venho sentindo em relação a ela. Mas brincar com os sentimentos de alguém assim, nunca. Eu posso ser um pouco paquerador, mas isso foi antes de conhecê-la.

Eu não posso machucar Irís, não posso.

Repito para mim mesmo repetida vezes e volto para onde o meu pai está.

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