Capítulo 25

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ANY GABRIELLY 

Meu coração está batendo tão rápido que tenho a sensação que vai rasgar meu peito. E dói.

Inalo seu cheiro como se essa fosse a última vez que eu pudesse respirar, e meu lábio levanta em um riso sem humor ao perceber que se realmente fosse, não imagino modo melhor de morrer do que nos braços de Joshua.

Cada palavra que ele soltou, cada frase, foi como se ele tivesse arrancado os band-aids dos meus machucados e beijasse cada um deles, aceitando-os, me aceitando. E dói.

Minhas mãos seguram tão forte a camiseta em seu quadril que não tenho certeza se sei como soltar.

Acho que música parou de tocar, mas não tenho certeza, pois só escuto Josh.

"Você se tornou meu mundo. Eu respirava você."

"Porque sou seu. Meu coração, corpo e alma são suas."

"Aceito todos os riscos de ser quebrado novamente."

"Por favor Any, não me peça para desistir de você."

"Eu passei dois meses com você e anos te desejando."

Joshua está em toda parte.

Na minha cabeça, no meu coração acelerado, nas minhas veias, no frio do meu estômago, no grito preso na minha garganta.

E dói.

— Com licença, minha filha. — Me separo de Joshua ao escutar uma voz calma soar ao nosso lado. — Gostaria de saber se posso dançar com seu namorado.

Olho para a adorável senhora usando um vestido rosa a minha frente e depois para Josh que tinha um sorriso envergonhado em sua direção.

— Ele nã... — Sou interrompida.

— Não danço com um homem bonito assim desde que meu marido morreu. — Ela se aproxima e toca em meu braço. — Mas não se preocupe, não vou roubá-lo de você, a não ser que ele queira.

Solto uma gargalhada.

— Me devolva ele inteiro, por favor... — Olho-a como se perguntasse seu nome.

— Mary.

— Por favor Mary. — Ela concordou e me virei para Josh. — Eu vou estar sentada ali. — Apontei para a cadeira e ele concordou logo virando para Mary.

Me joguei na cadeira e apoiei meus cotovelos sobre a superfície dura, deixado com que meu rosto descanse sobre minhas mãos.

Josh está sorrindo e roda Mary vagarosamente.

Mordo o lábio inferior para conter o sorriso.

— Você não devia ter deixado Mary dançar com ele. — Ouço uma voz grave e me viro a tempo de ver um senhor se sentar na cadeira ao meu lado. — Ela vai tentar convencer seu namorado a fugir.

Solto uma gargalhada frouxa.

— Ele não é meu namorado. — Digo enquanto ele tira a boina e a joga na mesa.

— Não? — Sua voz parece genuinamente surpresa.

— Não.

Forço-me a dizer. Sim, forço. Algo dentro de mim estava socando todas as paredes do meu coração para não proferir essas palavras.

— Mas você o ama.

— Eu... Não. — Sim, desesperadamente. — Não sei. — Assim como amo o melhor amigo dele. — É complicado.

BETWEEN ME AND HEROnde histórias criam vida. Descubra agora