Capítulo 11

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Capítulo 11

Rio Grande do Sul, 06/03/2019.

Karen se ajoelhava enquanto via a parte da frente da fábrica abandonada desmoronando por causa da explosão. Os vidros das janelas tinham sido arrancadas por causa da pressão e a poeira tinha sido levantada tão alta quanto a construção. Ela tentou correr em direção a fábrica, então... mais uma explosão e ela é jogada no chão. Ela já sabia. Daniel e seu superior estavam mortos.

05/03/2019.

Ela já tinha preparado tudo, todo plano para matar seu Superior. Ela seguia uma lógica, que a motivava para tal feito. "Deixar alguém morrer é o mesmo que assassiná-la", dizia ela pra si e Daniel sempre. Ela tinha o convencido quem era, com algumas provas e hackeamentos que fazia. Ela aproveitaria esses onze dias de vida adicional para salvar alguém. Ela comprou material e preparou mais de vinte e duas bombas adesivas, preparou um lugar isolado e não frequentado, ia chamar seu Superior e atraí-lo para lá.

Ela e Daniel tinham preparado tudo, já tinham colado os explosivos em lugares estratégicos, só assim para eliminar alguém extremamente forte. Daniel estava bem nervoso, até porque faltava algumas horas para começar o suposto ultimo dia da vida dele, Karen percebeu e o chamou.

— Calma, você sabe por que estamos fazendo isso. — Ela disse, sentada em frente à fábrica, tomando uma lata de cerveja.

— É eu sei — ele gagueja — mas e se der tudo errado?

— A gente foge, juntos.

Daniel sorri, aperta a mão dela e a beija. Ela era sempre muito gentil para ele, as vezes agressiva e grossa, mas amável para ele. Ele tinha apostado tudo em que ela disse, sobre quem é e que vai morrer, ele simplesmente acreditou como se já soubesse disso e tivesse se lembrado, era uma sensação esquisita.

— Por quê a gente simplesmente não fugiu antes? — Ele se afasta um pouco e fala com os rostos próximos.

— Não sabemos como você pode morrer — ela diz —, pode ser na estrada, em um acidente fugindo. Agora imagina matarmos quem "decretou" que você iria morrer?

— Então eu teria que matar você — ele sorri, voltando a beijar ela.

O beijo começa a ficar mais intenso, então ele começou tirando a jaqueta dela e sua camisa, ela sorri e segura em sua costela, acariciando seu corpo. Daniel se levanta e tira a calça, enquanto Karen aproveita e tira o sutiã.

— Ta tudo bem? — pergunta Karen quando percebe que ele parece ter hesitado.

— É que eu nunca fiz isso — diz ele engolindo em seco.

— Você fala de matar alguém ou sexo?

— Bem... os dois.

— Venha cá — Ela puxa ele pelo braço, e voltam a se beijar. — vou te ensinar.

Quando finalmente estavam despidos,  Daniel hesitara por mais uma vez. Ela era linda, de rosto, de corpo, de personalidade...Nada mais importava., só eles dois ali. Por toda a noite de lua cheia.

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18/01/2020

Após o tumulto, Nick e Tiago levam eles para o carro, que estava com o para-choque quebrado e torto, após chocar com o portão da mansão. Daniel e Karen tinham revirado a mansão, procurando o notebook dela, mas sem sucesso algum.

Eles dois sentam no banco de trás, e ela pede pra que Tiago a levasse ao hotel em que estava hospedada, então ele dirige, após ela lhe dar o endereço. Daniel parecia bastante nervoso e com a perna inquieta, ele estava muito ansioso, e como ela, não deve ter dormido bem, ou não deve ter dormido. Ela tenta segurar na mão dele, que deixa escapar quando ele coça a cabeça, sem ele perceber. Nick também parecia bastante preocupado, pois mudava a posição do boné a cada dois minutos. Já Tiago não esboçava nenhuma reação.

Presságio de MorteOnde histórias criam vida. Descubra agora