《 Apaixonada pelo meu... Marido》...

《 Capítulo 01 》

 

Suicídio.

  Papai tentou se matar.

  Ainda não estou acreditando que ele tentou fazer isso, se eu não tivesse chegado a tempo, talvez ele não estivesse vivo agora.

 E eu não sei como vamos pagar a conta do hospital, o plano de saúde não cobriu toda a despesa e agora minha conta pessoal está literalmente zerada, tive que pegar o dinheiro que seria para pagar o meu último ano da faculdade, que vou ter que trancar, não é o que eu queria, mas as circunstâncias obrigam-me à isso.

— O que eu vou fazer, tia Marcela? A conta do hospital ainda não foi totalmente paga e a minha conta está literalmente zerada — desabafo.

— Como assim, querida? Mabel, o que realmente está acontecendo? — pergunta preocupada fazendo-me encarar-lá.

— Tia, a fazenda está falida.

— O quê?.

— O antigo capataz roubou todo o dinheiro da conta da fazenda, tivemos que nos desfazer de alguns animais para pagar algumas dívidas, comprar alimentos dos outros e pagar alguns funcionários, os mais antigos ficaram com a gente, mas muitos foram embora depois de saber da real situação que estamos — conto sem derramar uma lágrima, acho que elas já secaram.

— E o quê a polícia está fazendo a respeito? — Davi pergunta nos surpreendendo.

 Papai já está a um dia e meio internado no hospital, de manhã tia Marcela nos obrigou a ir para a casa dela para descansar um pouco e comer, quando chegamos Davi tinha ido buscar Anny na casa da babá.

— Não te ouvi chegar. Cadê a Anny? — pergunto tentando mudar de assunto.

— Foi trocar de roupa no quarto. Não muda de assunto, responde a pergunta que fiz — pede sério cruzando os braços.

— Eles estão procurando por ele. Talvez o dinheiro não volte pra gente de novo — explico.

— Então, foi por isso que o papai...

— Sim — confirmo.

  Ele iria falar mais alguma coisa, mas se calou quando ouvimos passinhos apressados contra o piso e logo pude ver a cabeleira castanha de Anny adentrar a sala.

— Tia Bel — grita animada se jogando em meus braços abertos.

— Coisa linda da tia, estava com saudades — encho suas bochechas, testa, queixo e pescoço de beijos, enquanto ela gargalha fazendo seus olhos puxados se fecharem.

— Tia, quando vamos andar à cavalo? — pergunta depois de recuperar o fôlego.

— Ah, logo. Por enquanto, podemos brincar de bonecas, o que acha?.

— Sim — responde saindo de meu colo para ir buscar as bonecas no quarto.

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 Chego ao hospital às duas da tarde, subi direto para o quarto em que meu pai está, após pegar minha identificação na recepção, ao entrar o encontrei acordado e acompanhado por um moreno meio loiro dos olhos bem azuis, boca rosada e barba bem aparada.

— Filha — papai fala e o cara olha para mim.

— Oi pai, como está se sentindo? — pergunto colocando a bolsa em cima do criado mudo ao lado da cama, beijando-lhe a bochecha.

— Estou ótimo, vou receber alta amanhã de manhã — conta mais animado, mas logo suas feições mudam parecendo ter se lembrado de algo — Ah, esse é Alessandro Sanders, ele é filho de um antigo amigo meu, Alessandro essa é Mabel, minha filha.