Mabel Stwart, uma jovem mulher de 20 anos, acaba de descobrir que a Fazenda onde mora e que tanto ama foi roubada e que seu pai foi roubado. Desesperado com essa notícia, ele tenta tirar a própria vida, é quando Ele aparece para de certa forma salva...
Era mais das três da manhã e eu não consigo achar uma posição confortável para dormir, rolo na cama mais uma vez, fico meio deitada e meio sentada com vários travesseiros apoiando minhas costas.
Suspiro ao sentir mais uma dor nas costas, era até suportável, logo percebo que estou tendo contrações, o que significa que estou em trabalho de parto. Me levanto caminhando até o banheiro colocando a banheira para encher com água quente, volto para o quarto parando ao lado de Victor o balançando, ele acorda meio assustado.
- Amor, o que foi? está sem sono?Está com dores nas costas de novo? - pergunta tudo de uma vez se sentando para me olhar.
- Entrei em trabalho de parto - exclamo e ele falta saltar da cama se levantando.
- Vamos para o hospital - fala a caminho do closet para se trocar.
- Não, não vou para o hospital agora mas, ligue para Edgar e o avise - digo voltando para o banheiro.
Tiro a camisola ficando somente de lingerie, entrando na banheira, começo a fazer a respiração profunda que aprendi para essas horas.
- E as contrações? - Victor pergunta com uma bermuda e uma regata, com o celular na mão - Já avisei ao Edgar, ele vai mandar uma enfermeira e nos encontrar no hospital.
- Elas estão vindo fracas ainda - respondo - Pode pegar a bola? - peço saindo da banheira.
- Claro amor.
Enquanto me enxugo ele entra com a bola, me sento nela e começo a fazer os exercícios que vai ajudar na dilatação, que é mexer minha cintura de um lado para o outro, parando só quando uma pequena contração me atinge.
- A enfermeira já está chegando, vou chamar minha mãe - avisa.
- Sua mãe não está em casa, esqueceu. Chama a tia Marcela - peço suspirando decidindo entrar na banheira novamente.
Meia hora depois a enfermeira chega acompanhada de tia Marcela, naqueles minutos as contrações aumentaram consideravelmente, deito no sofá para Danielle, a enfermeira, medir a dilatação.
- Mabel, eu estou vendo a cabeça - ela fala assim que retira minha calcinha.
- Como assim, a cabeça? - pergunto sentindo meu corpo impulsionar para fazer força.
- Sua dilatação está completa, o bebê está nascendo, tudo o que tem que fazer agora é: Força - responde abrindo mais as minhas pernas, se posicionando no meio delas - vamos Mabel, faça força agora - pede e nego com a cabeça diversas vezes.
- Não, eu quero ir para o hospital - digo já com lágrimas acumuladas nos olhos.
- Não dá tempo,Mabel. Vamos deixe seu corpo guia-lá, você já fez isso antes faça agora também, traga sua filha ao mundo - suas palavras acabam me encorajando.
Victor fica atrás de mim segurando minhas mãos, então começo a empurrar dez segundos depois um chorinho fino e alto ecoa pelo apartamento que estava silencioso agora, Danielle começa a fazer o procedimento padrão que é limpa-la e cortar o umbigo umbilical enrolando-a na manta que fica no encosto do sofá antes de coloca-la nos meus braços.
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