Capítulo 18

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            PARTE 2
        

           Vanessa

 
   A dor aumentavam cada vez mais. Levantando da cama, comecei à caminhar pelo quarto na tentativa de amenizar as dores.

— Boa noite! — Cumprimentou-me uma médica entrando no quarto acompanhada do enfermeiro.
— Boa noite doutora. — Respondi voltando para a cama.
— Quanto tempo de gestação?
— Oito meses... — Respondi sentando na cama.
— Está sentindo dor agora? — Perguntou a médica colocando luvas.
— Não.
— Então deite-se para que possa examiná-la.

   Deitei e o enfermeiro orientou que eu retirasse a roupa íntima. Retirei e fiquei na posição para exame ginecológico.
— Isso. — disse a médica — Agora vejamos se há dilatação — Fechei meus olhos envergonhada. Ao meu lado, o enfermeiro perguntou se estava tudo bem e abrindo os olhos respondi que sim.
— Não precisa se envergonhar, estamos aqui para ajudá-la. — Disse ele em um tom gentil.
— Eu sei. — Falei, mas, mesmo sabendo disso, ainda sentia muita vergonha.
   Enquanto a médica me examinava, senti uma grande quantidade de líquido saindo de mim e olhei para ela apavorada.
— Sua bolsa estourou, — Explicou ela —  Seu bebê já vai nascer.

— Quando a dor vier, faça força! — Pediu a médica. Faziam alguns minutos que estávamos na sala de parto e a cada contração, eu tentava ajudar meu bebê a nascer. Senti outra dor e apertando o lençol entre meus dedos e senti como se minhas pernas não aguentassem mais e segurando nas laterais da cama fiz o máximo de força que consegui.
— Pronto Vanessa...
   Não prestei atenção ao que a médica continuou falando. A única coisa que eu ouvia naquele momento, era o choro do meu filho.
— Meu filho! — Falei sentindo as lágrimas banharem meu rosto. Ele chorava baixinho e não o colocaram em meus braços. O pediatra, a quem meu filho foi entregue, levou-o para um berço plástico e acompanhado de uma enfermeira, começaram à examinar meu bebê, que a princípio, chorava, mas depois parou.
— O que foi? — perguntei em desespero quando ele parou de chorar — Doutor, por que ele não está mais chorando?
— Não se preocupe senhora, seu bebê está bem, mas vamos levá-lo para outra sala, por enquanto, para examiná-lo e realizar os primeiros cuidados.
— Fique calma senhora! — Pediu o mesmo enfermeiro que me recebera na recepção.

   Após responder minha pergunta, o pediatra saiu da sala empurrando o bercinho, no qual meu filho estava, acompanhando por uma enfermeira.
— Doutora o que está acontecendo? Por que levaram ele? - Perguntei à médica que no momento dava pontos em mim pois, segundo ela, fora preciso fazer um corte para o bebê passar.
— Acalme-se! — pediu ela — Seu filho está em ótimas mãos! O doutor Rangel o levou para a UTI neonatal, o que sempre acontece quando os bebês são prematuros, mas logo ele estará bem e o trarão para os seus braços. — Garantiu e ela pareceu tão convicta do que dizia que tentei me acalmar, mas isso era impossível sem poder ver meu bebê.

— Agora, você será levada para o quarto e em breve o pediatra irá até lá para lhe dar notícias do seu filho. — ela sorriu e perguntou: — E qual o nome do bebê?
— Gabriel! — Respondi. Esse seria o nome do meu filho.
— Lindo nome! — ela ia sair da sala, mas voltou-se para mim — Ainda não é meia noite, — olhei para o relógio na parede que marcava dezenove horas, fazia menos de uma hora que eu havia chegado ao hospital, apesar de parecerem várias horas — Feliz natal para você e parabéns pelo Gabriel! Acho que ele é o melhor presente de natal que você já ganhou.
— Com certeza! — concordei — E será melhor quando eu puder segurá-lo. Feliz natal para a senhora também! — Ela lançou-me mais um olhar e um sorriso e saiu.

          Míriam

— Rubéns, e a nossa filha? — Perguntei assim que o vimos na entrada do hospital.
— Ela foi levada para a obstetrícia para ser examinada e um enfermeiro acabou de vir aqui para me dar notícias...
— E o que ele disse? — Vítor perguntou.
— Que o bebê já nasceu.
— Ah meu Deus! E como está a Vanessa e o nosso neto? — Eu estava aflita, minha filha mal completara oito meses de gravidez.
— A Vanessa está bem e foi levada para um quarto e o bebê está sendo examinado pelo pediatra.
— Deus proteja o meu neto... — Vítor segurou minha mão.
— Calma querida! Vai ficar tudo bem com nosso neto.
— Ele está certo dona Míriam. —.Falou Rubéns.
— Eu quero ver minha filha!
— Eu vou perguntar na recepção qual o quarto e informar que a senhora quer ver a Vanessa. — Pedindo licença, Rubéns saiu.

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