Assim que me dei conta fechei a minha cara mostrando minha raiva.
- O que acha que está fazendo seu babaca. - Falei para Sebastian.
- Eu que te pergunto.
- Como é que é? - fiquei confuso.
- Por que esta com tanto assunto assim com o imbecil do Noah?
- Desde quando lhe devo alguma satisfação?
- Olha aqui não brinca comigo....
- Vai se fuder Mano, você não sabe o que quer da vida tudo bem, mas não pode quer que as pessoas fiquem esperando você se decidir. - ele engoliu seco. - vou sair com o Noah e daí?
- Vai o que? - ele disse. - Você não vai sair com ele.
- Você é só mais um "hetero" que não se assume mas fica aí pagando de machão. - Falei sério. - me esquece Sebastian, não vou ser só uma diversão para você as escondidas.
- Rafael. - ele tentou me abraçar mas desviei. - Acho que o Noah tem mais coragem de assumir do que você. - Falei.
- Fala o que você não sabe. - ele tinha ódio no olhar. - Aquele desgraçado destruiu minha vida... E se ela acha que vai fazer isso de novo ele está muito enganado.
Sem me dar qualquer explicação ele saiu me deixando sozinho, vejo que a briga entre os dois é mais seria do que eu pensava.
As 18 hrs já estava em casa, e como faltava duas horas fiquei mexendo no celular para o tempo passar mas acabei lembrando que não tenho uma coisa muito importante. Dinheiro.
Bati na porta do escritório de Bruno onde fica ao lado de seu quarto, ou vó um entra e fiz.
- Estou atrapalhando?
- Não muito, mas pode falar.
- Bem, vou ao cinema com um amigo. - ele fez um sorrisinho malicioso. - e preciso de dinheiro, sei que estou abusando da sua generosidade e da sua mulher mas... - ele segurou a sobrancelha. - o dinheiro que minha mãe deixou acabou e preciso de um pouco para ir ao cinema hoje.
- Olha Rafael...
- Assim que minha mãe chegar dou um jeito de te pagar. - Falei rapidamente. - Mas é que não consigo falar com minha mãe e como não trabalho.
- Não se preocupe. - ele riu. - o problema é que não uso dinheiro em cédula apenas cartão. - ele olhou no relógio. - já são 19 horas, mas espera. - ele abriu a carteira e pegou um cartão. - pó de usar um dos meus cartões...
- Não posso aceitar é uma cartão pessoal e...
- Fica calmo, você é honesto e humilde então pó de para a senha é 1**3. - ele sorriu. - pegue.
Sei lá sabia que estava abusando deles, estava vivendo de favor e não pagava nada além do almoço escolar o resto eu tinha aqui.
- Não precisa. - Falei. - Desculpe pelo incômodo.
- Rafael espera....
Sai da sala sem deixar ele dizer m aos nada, liguei para Noah avisando o motivo que não iria, ele insistiu a acabou ne convencendo que pagaria tudo.
Aceitei pos ele começou a falar que eu não tinha palavra.
Como ele foi me buscar as 8 e meia estávamos no shopping, o filme começa às nove então compramos os ingressos e ficamos conversando sentados em um banco falando sobre várias coisas como jogos e tals até entrar.
O filme era de comédia, "Minha mãe é uma peça". Fui muito legal, passei boa parte do filme rindo, mas não sei se Noah aproveitou tanto assim já que ficava me olhando. Perto do final ele segurou meu queixo e senti seus dedos gelados virarem meu rosto para ele, sua respiração ficava cada vez mais perto de mim.
Foi questão de segundos até sentir seus lábios gelados encostar ao meu, uma sensação gostosa percorreu meu corpo, começamos em um beijo lento, para ele que falou sobre um não amor é apenas desejo, seu beijo tinha um fervor de sentimentos, ele me fez desejar que aqui não acabasse. Me separei dele para poder respirar e fiquei olhando seus olhos azuis, ele estava ofegante e ido a deixou aquele sorri dele ainda mais sexy.
No final do filme as pessoas começaram a sair falando das partes mais engraçadas.
- Gostou? - ele questiona assim que saímos.
- Sim, o filme foi maravilhoso. - Sorri na minha inocência.
- Não era sobre o filme mais que bom que gostou. - ele mexe no cabelo.
- É claro que eu gostei. - empurrei ele de leve. - Você é atencioso e cativante. - ele ficou me olhando como se nunca tivesse ouvido isso. - Pena que tem fama de galinha.
- Há... isso. - ele sorriu. - Sabe, a muito tempo acreditei no amor. - ele olhava apenas para frente. - Mas foi por causa desse amor que fiquei assim, amargurado, ele me traiu, me enganou e me fez de palhaço. - ele olhou o relógio. - Não prefiro ter um coração vazio do que ter um quebrado.
- Nunca ninguém te fez pensar em tentar novamente? - cheguei ao seu lado.
- Até você chegar? - ele me olhou e fiquei muito surpreso com isso, além de sem graça. - Não... ficava com todos que eu quisesse, meninas publicamente e uns meninos as escondidas, mas nunca senti nada vindo deles além de se satisfazer.
- Mas você também é assim. - Falei.
- Sim, aprendi com eles... depois de um tempo convivendo com algo você passa a tratar aquilo como se fosse normal e quando vê já uma rotina.
- Nunca pensei assim. - Comentei. - Mas você é mais que um rosto bonito. - Falei.
- Você acha?
- Vomos senhor Bérgman.
Puxei ele para a saída do shopping e ele me levou até em casa, antes de descer do carro ficamos trocando uns "amaços" e teve até algumas mãos bobas.
- Até amanhã. - dei um selinho.
- Até.
Desci do carro e entro dentro de casa, fui direto para meu quarto sem falar com ninguém, não que eu tenha visto alguém pelo caminho. Durante o banho fiquei pensando o quanto eu estava confuso, Sebastian não sai da minha cabeça mas... Noah estava conquistando um espaço no meu... digo na minha vida. Eu estava tão confuso mais ao mesmo tempo tão feliz que nada pode me derrubar hoje, até por que o dia está acabando, já são 22:50.
Saio da banheiro e visto uma pijama confortável, deito na cama e ligo o celular.
- Rafa. - Leandra abre a porta e diz numa voz estranha. - Bruno e eu precisamos falar com você.
Não estou gostando muito do tom de voz dela, será que comemorei minha felicidade cedo de mais?
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Olhos da Alma (Romance Gay)
Любовные романыPedro Abril é um jovem muito dono de si, acha que é intocável e nada acontecerá a ele. Rafael Cruz é um garoto que sofreu e tem motivos para se manter sozinho. Sebastian Azevedo é um moleque que passou por momentos difíceis e pensa que o mundo lhe o...