Capítulo 19:

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     Bruno e Leandra estavam em casa, depois de ontem disseram que não iriam trabalhar hoje.

- Podemos conversar? - falei.

- Claro que sim meu filho. - isso me incomodou um pouco.

- Bem, sei que minha mãe... - ela me olha. - A Lúcia fez tudo aqui, não conheci minha vó e não sei se ela era realmente má. - Falei. - Tem três versões aqui, a de vocês dois, a da Lúcia e a verdade. Já ouvi a de vocês é não sei ainda a verdade mas... Aquela mulher cuidou de mim, me deu amor é tudo mais...

- Filho...

- Não quero que ela fique presa. - Falei rapidamente. - Devo muito a ela. - Bruno apenas me ouvia. - e gostaria que vocês ajudassem ela a ser livre.

- Isso é muito delicado. - Leandra disse.

- Não posso ter uma nova vida se isso não for resolvido. - Ela ficou triste.

- Pode ficar tranquilo. - Bruno finalmente diz algo. - Já estou cuidando disso.

- Que?!?!? - Leandra se assusta tanto quanto eu.

- Mesmo contudo... Ela cuidou dele e veio aqui nos devolver nosso menino.

- 17 anos depois. - Ela diz.

- Melhor que ter ele morto ou nunca mais ver ele. - Bruno rebate. - sua mãe era mesmo uma mulher má e não vou deixar a Lúcia pagar isso sozinha.

- Vai ajudar ela a sair? - falei.

- Sim. - ele sorriu.

- Obrigado. - o abracei por instinto.

- Mas temos que resolver muita coisas, sua paternidade e maternidade biológica, sobrenome e tudo mais. - ele tinha um brilho nos olhos. - aliás agora você pertence a família Costa, herdeiro de umas das maiores agência de modelos.

- Ok. - sorri vermelho mas feliz de dar tudo certo no final.

       P.O.V SEBASTIAN AZEVEDO

     Ainda não estava acreditando que Rafael me deixou ali sozinho com o imbecil do Noah.... E o pior, Noah está caindo matando o Rafa. Antes de Noah dizer algo fui embora, mas ele não desiste.

- Onde você acha que vai? - ele me puxou pelo braço. - Temos que conversar.

- Não tenho mais nada para tratar com você a muito tempo, desde que....

- Opa vomos segurar a língua. - ele estava me olhando com raiva.

- Se arrependimento matasse. - Falei. - Mas o que me incomoda é como você pode me odiar depois de tanto tempo.

- Não se engane, hoje não vejo como ódio e sim como diversão. - a escola estava vazia e o zelador pediu para sairmos.

      Noah e eu fomos para um lugar afastados das pessoas, não podíamos correr o risco de sermos vistos juntos.

- Você está gostando do Rafa, não está? - ele pergunta e apenas me mantenho calado. - Se que está. - ele riu. - Mas você nunca vai ficar com ele.

- Como?

- O Rafa é uma pessoa maravilhosa, boa demais para você. - ele diz como se fosse melhor que eu.

- Até quando vai continuar querendo o que é meu? Vai  querer mesmo tentar tirar o que me faz feliz? Até que ponto você está disposto a fazer isso?

- Você sabe melhor que ninguém até que ponto eu posso ir. - Deu olhar era de puro ódio para mim.

- Não pense que tenho medo de você ou que irei desistir de Rafael.

- Bem, se não fizer contarei para seu pai que seu filho gosta de ficar com outros machos. - ele diz com ar de vitória.

- Você também!!!

- Mas sou bem resolvido com isso, todos sabem e não preciso esconder, até meus pais sabem... e os seus?

- Vai se fuder!!!

- Pense no que irá fazer a partir de agora.

      Me deixou aqui sentado no banco sozinho, as aparências enganam e seu eu soubesse o quanto Noah pode ser uma pessoas ruim nunca teria...

P.O.V NOAH BÉRGMAN

       Aí meu querido Sebastian você acha que pode ser feliz, mas qualquer pingo de felicidade eu posso destruir de você.

     Pedro Abril foi sim uma garoto animado e dedicado a tudo que fazia mas nunca contou que a morte colocaria um ponto final em tudo. Lembro da última vez que o vi, estava feliz e sorrindo na sua festa de 16 anos, um dia antes daquela tragédia.

       Fui para minha casa e tomei um banho, fiquei me lembrando do dia que Rafa dormiu aqui. Ter o corpo dele tão perto do meu e não poder tocar como eu tanto desejo.  Mexendo no meu guarda roupa acabei deixando uma caixa cair no chão, ela se abriu espalhando um monte de papel pelo chão.

     Em meio a bagunça uma foto minha com Sebastian no lago quando tínhamos 14 anos, estávamos apostando corrida e quando cai por cima dele minha mãe tirou essa foto, peguei outra nossa andando de bicicleta na rua, devíamos ter 10 anos aqui. E a última era minha mãe e a sua nos segurando ainda bebê lado a lado. Não faço ideia do por ainda não queimei esse porcaria, aquele que um dia foi muito especial para mim se tornou meu inimigo.

     Até pensei em queimar agora mais a campainha tocou e acabei juntando tudo dentro da caixa e a guardando no mesmo lugar novamente. Corri para sala e Estela a empregada abriu a porta, assim que vi aquele par de olhos diferentes me subiu uma grande alegria.

- O Noah está? - ele pergunta.

- Estou sim. - Falei indo o receber e agradecendo Estela que nos deixou a sós. - Que bom que veio aqui, às.... - olho o relógio e são oito horas.

- Se quiser vou embora. - ele disse.

- Claro que não bobo, pode entrar. - Falei lhe dando espaço para entrar.  - senta.

       Ele sentou na minha cama, tipo ainda tem funcionários do meu pai aqui e tal e preciso ficar mais no meu quarto.

        Ele me contou tudo que tinha acontecido enquanto eu terminava de arrumar algumas coisas, fiquei muito  feliz que sei pai vai tirar a sua mãe adotiva da cadeia é muito legal. Conversamos um pouco e pedi licença para tomar banho, ele disse que já iria e pedi para que ficasse nem que o levasse em casa depois. Entro no banho tão rápido que quando termino lembro que estou sem toalha.

- Rafa. - ele me responde com "oi". - pode pegar no meu guarda roupa uma toalha para mim?

      Ele me entrou a toalha e me enxuguei, assim que saio sorrindo vejo ele com as fotos na mão.

- O que está fazendo com isso. - pego dele e jogo destro do guarda roupa com a caixa. - Não podia mexer nas minhas coisas.

- A caixa caiu quando puxei a toalha.

     Eu tinha mesmo posto ela junto às toalhas na presa de guardar quando ele chegou.

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Olhos da Alma (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora