Capítulo 21:

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         No dia seguinte acordamos cedo, banho, café e minha casa para buscar meu material foi nosso cronograma.

     Quarta feira parecia ter voado, Kamila estava mas feliz tinha deixado de lado o diário do irmão e voltou a me dar atenção, até demais, estava enchendo meu saco. O Sebastian apenas me olhavam de longe, quinta e sexta foram aulas monótonas e finalmente sábado.

       Logo pela manhã eu tomei um banho e avisei meus pais que iria ver Kamila, eles ficaram feliz por serem chamados de pais e sorri pois foi natural. Minha outra mãe tinha ganhado libertadade provisória pois estavam a procura do enfermeiro para confirmar a história é tem a parteira também, parece que haviam achado uma pista de onde ele deve estar morando.

        Kamila já estava muito animada sentada apenas de biquíni na beira da piscina, seus pais estavam fora e voltaria a noite então aproveitamos para nós divertir. Fui com um short fino azul e uma camisa regata branca, me deitei em uma espreguiçadeira ao lado de Mila e começamos a rir brincar e comer alguns lanches já que ainda não tinha tomado café.

- Que cara feliz é esse baby. - ela sorriu para mim.

- Longa história. - sorri mordendo o mosto quente.

- Temos tempo pode falar. - ela insiste.

- Você não vai ficar brava?

- Deveria? - ele parecia desconfiada.

- Não sei. - sorri. - eu transei com o Noah ontem. - Falei de uma vez.

- Mentira!!!! - ela riu. - hoje estou feliz e vou ignorar que é aquele babaca. - ela riu. - Eai como foi?

- Detalhes? - falei safado.

- Melhor não. - ela riu e fui em onda. - Só se gostou.

- Sim, tipo já tinha transado com meninas mas nunca com um cara. - ele fez uma cara que até imagino o que era. - Sim, fui passivo já que sabia como é ser ativo.

- Gostou? - ele me olhou.

- Não vou negar, mas também gosto de ser ativo. - Falei. - Acho que sou versátil.

- Hummm, legal.

- Mas ele foi um doce comigo, romântico, paciente...

- Estamos falando do mesmo Noah? Tipo Noah Bérgman? - ele disse debochada.

- Sim, ele mesmo.

- Quando você disse que transou com ele pensei, se ele for o ativo tadinho do meu amigo. - ele diz. - ele foi estourado por aquele sadomasoquista.

- Ele é Sadomasoquista!!!! - falei.

- É sim e todos sabem disso. - ela olhou bem para mim. - Mas talvez ele não tenha mesmo se entregue tanto assim, você está conseguido sentar.

- Ehhhhh.... - Joguei uma toalha nela.

- Mas você está me enrolando. - Falei mudando de assunto. - Você prometeu contar o que houve com seu irmão.

- Pois é. - ela encostou na espreguiçadeira. - Pedro era um adolescente normal de 16 anos, nosso pai sempre cobrou muito dele, queria que fosse uma grande médico como ele. - ele sorriu. - Mas Pedro não queria e seguia sua própria vida, no dia seguinte à seu aniversário ele acordou tão feliz, estava animado e para nenhuma surpresa a todos meu pai teve que brigar com ele. - ele ficou em silêncio como se vivesse tudo de novo. - Ele foi a escola como sempre, assistiu as aulas, brincou, se divertiu com todos. Mas...

- Mas...? - sentei ao seu lado e meu coração batia forte ao ver algumas lágrimas no seu rosto.

- Naquela noite ficamos os esperando para o jantar, mas ele não apareceu e começamos a ficar preocupados com ele, naquele noite m aos tarde tínhamos recebido a ligação da polícia, Pedro havia sofrido um acidente de carro.

- Mas ele tinha um carro? - perguntei.

- Não, o carro o carro que matou o meu irmão pertencia ao Sebastian. - ele disse com raiva.

- Por isso você sente raiva dele? - Falei.

- Sim, ele disse que tinha sim encontrado meu irmão mas que não deixou ele pegar o carro, Pedro roubou sua chave e fugiu com o carro, a história foi confirmada por algumas pessoas que moravam ao lado da casa onde meu irmão e Sebastian estava, segundo elas meu irmão saiu correndo e entrou o carro com muita pressa, logo Sebastian saiu correndo pedindo para ele devolver o carro, era para ele parar.

- Mas seu irmão não parou e terminou no acidente.

- A polícia deu como furto pois como as testemunhas disseram Sebastian queria o carro de volta e por ser menor de idade supostamente nas sabia dirigir direito e o caso terminou em roubo seguido de acidente no trânsito. Mas não acredito nisso, meu irmão sabia dirigir.

- Você acha que tem mais?

- Sim, depois disso o Sebastian não quis falar com mais ninguém, não me respondia e se tornou mais babaca do que já era.

- Não viu dizer que sinto muito pois não o conhecia mas... deve doer muito. - Falei.

- Sim, mas já faz um ano. - ela disse. - E tenho que aprender a seguir minha vida.

- Um ano? - Olhei para ela.

- Sim.

- A um ano atrás tive que me mudar para a capital pois tive alguns problemas de saúde. - comentei para mudar um pouco o clima na que a culpa foi da minha curiosidade. - Depois me mudei para outras três cidades até vim parar aqui a 4 meses atrás.

- Você se mudou muito?

- Tantas vezes que nem me lembro. - Falei rindo.

- Então o senhor Rafael Costa é uma homem do mundo. - Ela enxuga as lágrimas e ri.

- Do mundo não, por enquanto seu.

- Por enquanto?! - ele me empurrou.

- Por enquanto, vai que eu morra. - Falei.

- Nem brinca com isso senhor Rafael.

- Tá.

      Mas depois de tudo aquele clima voltamos a brincar, comer e rir.

- Vomos tomar banho na piscina? - ele me puxa mas paro.

- Não, vou precisar tirar a camisa e...

- Vomos logo, seu corpo pela roupa é visivelmente lindo sem deve ser melhor.

- Não é isso. - Falei.

- O que então? - Olhei para o lado e suspirei em desistência.

- Isso é....

- Sim, não me sinto muito confortável então evito tirar a camisa, apenas minha mãe, Sebastian e você viram.

- Mas e  o Noah?

- Ele nem prestou atenção e estava escuro. - sorri. - sem falar que quase não dá para ver.

- Deixa disso e vomos tomar banho. - ele riu me empurrando na piscina.

     A tarde de sábado foi uma maravilha a mãe de Mila falou comigo um pouco, disse que estava feliz em me ver que que deveria ir lá mais vezes. Agradeço o convite e fico ali me enturmando na família.

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Olhos da Alma (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora