Capítulo 26:

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         Lendo os papéis vi ruim, fígado e tal, procurei pelo coração na folha.

- Órgão: Coração; doador: Pedro Abril Souza; receptor:...... - Eu não estava acreditando nisso. - Rafael Cruz Miranda.

- Esse é você? - Sebastian questiona quando leio.

- Sim. - Falei. - se eu fosse supersticioso direi que ter o coração do seu irmão em mim me faz ter essas sensações de já ver aquelas pessoas e ver aquele lugar mesmo que seja novo para mim.

- Como assim?

- Desdo dia que conheci vocês, a escola, meu armário é tal... sempre tive a impressão de já ter visto, mesmo sendo meu primeiro dia vendo aquilo.

- Não acredita que o coração do meu irmão te faz ter essas sensações? - Mila diz.

- Não né. - Falei. - Você acredita?

- Sim, ou você tem outra explicação para isso? - Ela me olha.

- O órgão responsável pelas lembranças e sensações é o cérebro. - Minha respiração estava acelerando. - O coração é só um músculo que serve para bombear o sangue. - O lugar começou a ficar frio.  - Não é lógico....

- Está tudo bem? - Sebastian me apoiou.

- Está sim, apenas um mal estar.  - Comento.

- Eu acredito que exista coisas mais que a ciência. - Mila diz.

- Não que eu não que eu seja cético mas... - imagens estavam vindo na minha cabeça.

- Mas enquanto a mim? - Noah diz.

- Que? - tentei focar aqui na realidade.

- Você me ama ou vai seguir o coração de outra pessoa? - Já não gostava de lembrar que nunca mais vou poder dizer " No fundo do meu coração" pois não é naturalmente meu.

- Eu não sei. - vi a casa que estomos agora, eu descendo do táxi e entrado. - Minha cabeça está doendo. - Falei e novamente aquelas imagens insistiram, eu não vi para cá de táxi.

- Não quer sentar? - Sebastian era atencioso.

- Vocês.... - Olhei para os dois. - Vocês não mentiram. - Eu vi os dois se beijando, Sebastian vendado e Noah k beijando.

- Do que está falando? - Mila perguntou.

- Tantas coisas para processar!!! - Olhei para o lado mais o real era tomado por lembranças!!! Lembranças longe de serem minhas. - Minha festa de aniversário... a orgia com alguns adolescentes drogados e bêbados. - Isso estava na minha cabeça. - Sebastian, seu beijo.

- O que está acontecendo? - Noah diz.

- O colar. -  "lembrei" de quando dei para Sebastian... - Faz parte do meu. - tirei a corrente que Mila me deu onde estava com o diário de Pedro. - Veja. - Tirei e pedi o de Sebastian, as duas se encaixam perfeitamente, foi um pedido único. - Vocês dois se beijando. - Olhei para Noah e o meninos dos olhos verdes. - Meu pai me odiando, minha minha mãe...

- Rafa fica calmo. - Mila se aproximou.

- Esse não sou eu... - Afastei. - não faz sentido algum.

     Sai correndo sem deixar chances para que eles possam me segurar, sai no lado de fora e vestígio de lembranças ainda em confundia com a realidade. Tudo que ouvi foi eles gritando vindo atrás e uma buzina de carro. E aí tudo ficou calmo e silencioso em meio a escuridão.

       P.O.V LEANDRA COSTA.

       Hoje na agência temos muito trabalho, Bruno e eu fomos cedo resolver os detalhes finais do "Model Teen", o concurso público para todos os jovens que queria seguir a carreira de modelos. Durante a manhã eu nem cheguei a ver Bruno direto, ele fica na diretora enquanto eu cuido dos(as) modelos.
 
        Agora eu pude finalmente descansar uma pouco, olho no relógio e são 5:40.

- Hoje foi muito corrido. - Bruno me dá um beijo e se tenta na mesa olhando alguns papéis.

- Nem me fale. - Sorri e vou pegar uma água. - Achei que não ia acabar serviço. - Sorri. - Quer água?

- Aceito. - ele diz.

      Assim que fui lhe entregar me deu um aperto no coração, uma angústia tão estranha, acabei deixando o copo cair no chão.

- Tudo bem? - ele veio até mim preocupado.

- Sim. - Falei olhando a bagunça que fiz. - Apenas uma sensação ruim, um mal estar.

- Você só teve ido a uma vez, e já faz tempo. - ele diz.

- Sei disso.

- Boa tarde senhora Leandra. - Bruna a secretária de Bruno diz, respondo e ela se vira ao meu marido. - Senhor Bruno, só senhor pediu para que ninguém o incomodasse hoje pelo telefone.

- Sim, tenho muita coisa para fazer. - ele diz. - Até desliguei meu celular.

- Eu esqueci o meu em casa. - Respondo ao ver ele me olhar.

- É que eu estava remarcando algumas reuniões do senhor e anotando para quem deve retornar depois.

- Sim?... - Bruno queria saber o que ela queria então.

- É que tem uma menina ligando aqui, já falei que o senhor não pode falar mas a mesma insiste. - Bruna diz. - Ela se chama Kamila Abril. - filha da minha amiga Susana. - e diz ser sobre um tal de Rafael. - Ainda não tínhamos avisados a eles sobre nosso filho.

- Então transfira para minha sala, ela está na linha? - Bruno sentou na mesa e pegou o telefone.

- Está sim. - Bruna foi para sua mesa.

     Em segundos Bruno já estava falando com ela.

- O Rafael o que?!!!! - Ele estava muito assustado. - Tá... respira.. onde ele está? - Ouvir isso não me deixou calma. - Sei onde é, estou indo. - ele desliga e me olha espantado. - O Rafael sofreu um acidente. - ele pega a carteira e da minha para porta.

- Espera, como assim, ele está bem? - falei.

- Não sei, ela não disse muita coisa. - ele pegou minha mão. - apenas que se machucou a quase ser atropelado, alguém salvou ele mais estão no hospital.

     Sem dizer nada a ninguém voamos para o hospital Central, o marido de Susana e ela trabalham aqui. Assim que cheguei na atendente nem perco tempo.

- Cadê meu filho? Onde ele está? Como estão?

- Senhora preciso que se acalme e me diga quem é seu filho.

- Pode deixar Neide, eu conheço ela. - Susana surge entre umas das portas. - me sigam.

- Como ele está? - questiono.

- Ele foi salvo por um dos amigos que se jogou para tirar ele da frente do carro mas acabou batendo a cabeça na calçada. - Abraço Bruno. - Estomos tendo todo cuidado com ele. - ela diz e vejo Kamila sentada na sala de espera e dois outros meninos. - Ele vai ficar bem, mas pela queda e se não acordar nas próximas... bem, vou ver mais informações, tudo indica que ele ficará bem. - ela nos deixou, me aproximei das crianças.

- Quem salvou ele? - perguntei.

- Eu.

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Olhos da Alma (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora