Capítulo 24:

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- Vou deserdar você...

- Não vai. - minha mãe ri em deboche. - Aquela empresa e tudo que temos pertence a mim e futuramente aos meus filhos. - ela diz séria. - Você me ajuda a cuidar de tudo mas é minha, eu te amo e tida mais, porém entre meus filhos e você... - ele me abraça junto com Vitor. - mil vezes mais filhos. - Meu pai levanta sem reação. - Eu queria que você fosse mente aberta e deixasse esse machismo de lado, ele é nosso filho e sua orientação sexual não vai mudar quem ele é e sim por que ele se apaixona.

     Minja mãe vai até ele e segura sua mão.

- Os tempos são outros, para de viver no passado, isso só gera ódio e confusão. - ela pede a ele.  - Nosso filho.

- Nunca pensei que teria que lidar com essa situação. - ele olha para baixo. - Sempre vi em outras famílias mas quando é na sua é muito diferente.

- Pai. - Ele me olha e começo a chorar. - Ainda sou seu filho e você o meu pai. - ele apenas fica me olhando. - te amo tanto mas você nem imagina a dor que sua posição já me causou. - ele fica surpreso. - Eu sentia nojo de mim mesmo, achava que tinha algum defeito mas não. - Vitor me abraça. - Eu sou assim, e queria muito que você não me odiasse por isso.

- É novo para mim. - Seu olhos estavam marejados. -  não será fácil entender isso, mas você é meu filho. -  ele estava pensando. - vocês são minha família, agora entendo por que você mudou tanto Sebastian... você era tão alegre que com o tempo ficou fechado, tinha noites que ouvia seu choro baixo quando ia para a sala e passava na frente do teu quarto. - ele chorava agora. - Nunca pensei que o motivo das suas lágrimas poderia ser eu.

- Meu amor. - Minha mãe abraça ele.

- No fundo eu sabia disso. - ele me olha. - Mas queria que não fosse, porém já vinha me preparando e perguntando a algumas pessoas que tem filhos gays como é. - ele disse.

- Pai.

- Eu te amo, e não posso ficar com raiva, perdi a cabeça mais não consigo odiar meu filho. - ele veio até mim e me abraçou. - Prometo tentar lidar com isso da melhor forma possível. - Vitor e Mamãe entraram no abraço. - Desculpem por isso.

- Tudo bem. - Falamos juntos. - Como toda família temos nossos desafios e vomos superar juntos.

      A noite começou ruim, muito ruim, mas terminou bem e agradeço muito por isso. Agora só falta aquele meu outro desafio, Rafael.

      Recebi no meu celular uma mensagem dele me convidando para um encontro manhã, mas teríamos que faltar a aula na parte da tarde.

       No dia seguinte à aula pela manhã não passava, aceno para ele e ele retribui. Depois do almoço fui em uma casa de festa geralmente usada a noite por adolescentes que gostam de farriar.

         Quando entrei na sala principal vejo Rafael e Noah também.

- Mas o que esta acontecendo aqui?! - Os três falamos juntos.

- Eu chamei vocês. - Olho para a outra porta e vejo Kamila na porta.

- Mila, mas... - Rafael estava confuso.

    P.O.V RAFAEL COSTA.

     O que a doida da Mila acha que esta fazendo? Isso não vai terminar bem.

- Recebi uma mensagem  da Mila para vim aqui.

- E eu uma sua para vir. - Noah e Sebastian falaram juntos.

- Eu quero alguns esclarecimentos dos dois. - Mila apontou eles. - e depois você fala para eles o que sente. - ela riu para mim.

- Falar sobre o que garota? - Sebastian estava nervoso.

- Sei que faz um ano mais foi aqui que meu irmãos veio antes de... - ela pensa. - Vocês sabem né.

- Onde você quer chegar garota? - Noah diz.

- Pelo diário do meu irmão vocês dois eram a pessoa que em mais via. - ele se aproxima. - Por que? - Ela diz.

- Gente, vomos acabar logo com isso. - Falei. - O que aconteceu aqui Sebastian. 

- Eu conto, não aguento mais. - Noah diz.

- Você?!!! - Perguntei.  - Mas Mila disse que o Sebastian estava com ele.

- E estava.  - Sebastian senta em uma cadeira. - Não sei o que te levou a finalmente fazer você querer contar a verdade, mas... fico feliz com isso. - Sebastian sorriu para Noah? Que confuso.

     Nos sentamos em uma mesa onde podíamos todos ficar se olhando, Mila de frente comigo, e os meninos ao meu lado.

- Mas Kamila, você precisa saber que seu irmão não era tão santo quanto sua família acha que ele era. - Sebastian sorriu. - Eu o conhecia melhor que ninguém.

- Melhor que eu!!! - Mila se irrita.

- Pode acreditar nele. - Noah fala.

- Pedro era jovem, todos éramos. Mas ele gostava da adrelanina da vida, fazer aqui que as pessoas julgam proibido. - Sebastian estava com o olhar perdido.

- Sem enrolação. - Noah revira os olhos. - o fato é que Pedro foi o segundo namorado dele. - Noah apontou para Sebastian.

- Meu irmão!!! Namorou você? - Mila estava tão assustada quanto eu.

- Ele me conquistou de uma maneira que não consigo explicar. - Vejo Noah ficar pensativo.

- Mas o que isso tem haver com aquele dia? - Mila fala algo. 

- Pedro tinha uma espontânea vontade de aproveitar a vida, ele era m aos experiente que eu em... - Ele ficou com vergonha. - Vocês sabem. - Imagino o que era. - No dia do seu aniversário antes de ir para festa ele me deu aquela corrente de com pingente de lua. - Sebastian olhou para mim.

- Falando nisso. - Comecei a procurar ela na minha mochila. - trouxe para você. - Ele pegou e ficou olhando ela.

- Foi seu último presente para mim.

- É por isso que ódio quando tentavam pegar de você? Mesmo quando era para guardar. - Mila diz.

- É minha última lembrança dele.

- Por que nunca contou a ninguém que vocês namoravam? - Perguntei.

- Ele era covarde demais para se assumir publicamente. - Noah disse com convicção.

- E isso sempre manteve uma limitação entre a gente, ele nunca reclamou mas... mesmo assim sentia que ele queria um relacionamento aberto.

- A para. - Noah diz sério. - Sebastian você ainda não tinha transado com ele, acha mesmo que ele do jeito que era estava te esperando? - ele parecia saber de algo.

- Sabe de algo? - perguntei.

- Talvez. - ele disse desinteressado.

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Olhos da Alma (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora