Naquela mesma tarde de domingo havia descido para o jantar, Leandra estava linda como sempre, mas notei outra figura. Um homem de uns 30 anos, barba bem feita, olhas cinzas e cabelos negros, terno e gravata era seu estilo, um corpo grande e um olhar sério.
- Você deve ser o Rafael. - ele diz em uma voz amigável.
- Si..sim. - Gaguejar foi minha reação ao medo.
- Fica calmo querido, Bruno tem essa feição de durão mas no fundo é uma manteiga. - Leandra sorri.
- Amor!!! - ele protesta.
- Sentasse, o jantar está servido. - ela diz.
Em meio a essa pequena mudança não me importei muito em comer, apesar da diversidade de coisas. Bruno era um cara muito legal, simpático e tudo mais. Ele assim como sua esposa elogiou minha heterocromia e no fim fui para meu quarto como todos.O dia seguinte foi um tédio na parte da manhã, fiquei só na casa pois Bruno era dono de uma empresa de modelos e sua mulher o acompanhava. Anderson me disse que eu já deveria ir me acostumando a isso.
Perguntei do filho ou filha do casal mas Anderson disse que não existia, por algum motivo eles nunca tiveram um, boa parte é pela negação da mudar segundo meu informante.
Supostamente amanhã irei começar a estudar em uma escola ao lado do condomínio, não estava animado nem um pouco com isso, sabia que assim que minha mãe chegar teria que sair. Falando nela ainda não consegui comunicação, liguei a noite toda para seu celular e tudo que consegui foi uma mensagem dela dizendo que estava bem e logo estaria em casa.
Bruno e Leandra chegaram juntos em casa rindo, era hora do almoço e pelo que vi isso não era do feitio deles já que Anderson ficou desesperado dizendo que não sabia que eles viriam almoçar em casa por isso não pediu a Maria que fizesse o almoço, na verdade fizeram apenas o suficiente para mim e eles.
- Tudo bem Anderson não vomos almoçar aqui. -Leandra diz. - Só viemos buscar Rafael para ir ao shopping center com a gente.
- Se prepare para uma seção de tortura garoto. - Bruno diz rindo e para ao levar um tapa de sua mulher. - Brincadeira meu amor. - ele deixa ela, mas assim que ela se afasta ele sussurra pra mim. - É sério, vai ser uma longa tarde de tortura.
Começo a rir disso, os dois me parecem bem feliz juntos. Fui tomar um banho e trocar de roupa para ir com eles, em 1 hora já estávamos fazendo as compras.
Passamos em várias lojas comprando roupas calçados e acessórios, Leandra se empolgava muito nas compras e sempre pedia nossa opinião sobre qual escolher, era mais ou menos assim.
- Verde ou azul?
- Azul. - Bruno e eu falamos juntos.
- Pode embrulhar o verde.
- Preto ou branco nessa blusa?
- Preto!! - novamente.
- Ok, vou levar o branco. - ele dizia.
A compra se resumia a isso, mas ela me explicou que nos homens não nos importamos muito com isso de cor e tal, então sempre escolhemos o que para nós é ótimo, então para uma mulher era ir no que era segunda opção nossa.
- É por isso que ela me traz. - Bruno sorri.
- Que tal nós comprarmos umas roupas novas para você Rafael? - Leandra chega com um monte de sacolas.
- Grato pela intensão mais não posso aceitar. - Falei.
- Por que não? - Ela insiste.
- Primeiro que vocês não tem obrigação para comprar coisas para mim e segundo que não posso pagar. - Falei. - olha o valor disso aqui! Vou levar 6 meses para pagar recebendo um salário mínimo.
- Não tem problema. - ela pediu uma uma mulher guardar as suas compras. - vomos para a seção masculina!!! - Ela de gritinhos.
- Mas...
- Esquece. - Bruno nos seguia. - depois que ela coloca algo na cabeça ninguém a reduz.
Ela pediu para mim arrumar os braços e seu marido também, enquanto passamos olhando as roupas ela jogava as que gostava para nós segurar.
- Esse rosa choque vai ficar lindo em você. - Ela diz olhando una camiseta. - e vai ficar melhor com esse short branco, combina com seu tom de pele.
- Se me permite dizer eu também acho. - uma atendente muito linda disse.
- É rapaz não vou negar que a camiseta está mais do que nunca combinando com seu tom de pele agora. - Bruno ria com vontade.
Me olho no espelho e me vejo vermelho, o dia pode piorar? Ou melhor noite né, já que são 20:10 da noite. Com um monte de roupa no braço tenho que ir experimentar ela é ser a vez Bruno toma chá de banco por minha causa.
Me vestia o mais rápido que podia, para isso terminar o quanto antes. No fim eram 21:05, quando ia sair do banheiro acabei esbarrando em alguém que estava muito bravo.
- Olhar por onde você anda seu imbecil. - Assim que vejo o dono da voz grossa meu coração dispara.
Era uma sensação tão estranha, sentia a pulsação em todo o meu corpo.
- É surdo? - ele me encarava com aqueles olhos verdes que se não fosse a expressão de raiva estaria ainda mais lindo.
Ele era bronzeado, olha verdes escuro, cabelo entre castanho e loiro. Mas era pintado já que na raiz era preto, tinha minha altura e era bem forte, estilo quem faz academia, mas não era cheio de músculos como aqueles caras que tomam esteroides para isso.
- Vomos Sebastian estomos atrasados. - um outro menino o chamou.
- Tá!! - ele me ignorou e foi andando.
- Achei você. - Leandra diz. - já estomos indo para casa, vomos.
O caminho para casa me sentia tão estranho, o jeito que aquele garoto mexeu comigo era diferente de todos que já tivesse mexido comigo. Não sei como explicar mas... Era uma sensação de familiaridade.
Chegamos em casa e todos jantamos juntos, eu estava mesmo com muita fome hoje.
- No meio de todo acabei me esquecendo de dizer. - Leandra comenta. - fiz sua matrícula no colégio que te falei, no começo o diretor não quis pois estam no segundo bimestre mais expliquei a situação e ele deu uma olhada nas suas notas da antiga escola. - ele sorriu. - graças a elas você começa amanhã, meus parabéns.
- É... que bom. - era notório a minha dalta de animação, mas eles não quiseram nem perguntar.
Motivo era minha constante mudança.
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Olhos da Alma (Romance Gay)
RomancePedro Abril é um jovem muito dono de si, acha que é intocável e nada acontecerá a ele. Rafael Cruz é um garoto que sofreu e tem motivos para se manter sozinho. Sebastian Azevedo é um moleque que passou por momentos difíceis e pensa que o mundo lhe o...