Capítulo 2:

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        No dia seguinte me levantei bem cedo, motivo; minha mãe fazendo bagunça na sala. Cuidei da minha higiene pessoal e fui ver o que estava acontecendo, ela estava arrumando umas caixas e nelas minhas coisas, pelo menos algumas coisas dela.

- O que está acontecendo mãe? - ajudei ela a colocar uma caixa no chão.

- Bem... como posso te dizer?...

- Não cai me dizer que temos que nos mudar novamente? - Olho sério para ela.

- Escuta...

- Escuta? Mãe!!!! Qual é o motivo para tantas mudanças? - Olho para as coisas.  - já estou cansado disso.

- Eu sei meu filho...

- 17 anos assim... 17!!!

- Rafael Cruz!!! - ela chama minha atenção. - Me ouve, dessa vez você não vai se mudar. - Agora fiquei confuso. - eu tenho que resolver umas coisas fora da cidade e enquanto isso você cai de hospedar na cada de uma amiga minha.

- Do que a senhora está falando? - Olho para ela atrás de uma resposta.

- Desta vez você não vai poder ficar comigo e por ser menor há de ficar com uma amiga.

- O que está acontecendo mãe?. - ela se senta no sofá e eu me ajoelho na sua frente. - Me conta, talvez eu possa ajudar...

- Um dia eu te conto meu filho, por enquanto vou ter que te deixar por um tempo. - Ela se levanta e faz uma postura séria. - Me ajuda a arrumar as coisas, amanhã de manhã você vai para casa dela e eu viajarei.

         Como a conhecia bem sabia que seria inútil protestar  então ajudei ela a organizar a casa. Sem nenhuma novidade tive que ir com ela a escola pedir minha transferência e informar minha saída, pelo que entendi sua "amiga" mora do outro lado da cidade e por ser grande não compensaria estudar aqui, o jeito era ver uma escola por lá.

        Voltamos para casa e tivemos uma janta normal, o clima estava tão estranha pela primeira vez.  Fui me deitar bem cedo, ouvi minha mãe falar no telefone mais não me interessei e fui dormir.

       Vestido e nada pronto para me despedir era como eu me sentia agora. Pela manhã já havia um carro parado na frente da minha casa, um homem de terno colocava as coisas no carro. Minha mãe me falava que ia voltar logo e quando eu menos esperar já vomos estar juntos. 

- Temos que ir. - o homem diz para mim.

- Adeus meu bebê. - ela me dá um abraço apertado e vou para o carro, dentro dele fico olhando ela na porta de casa e continuo assim que se virar a esquina e ela sumir de vista.

      Milhares de pensamentos invadiam minha cabeça, um frio na barriga me fazia ficar ainda mais nervoso.

- O senhor está bem? - ele me olha pelo espelho do carro.

- Eu? - perguntei.

- Sim. - ele diz.

- Estou... acho que sim. - Olho e para as pessoas andando na rua. - meu nome é Rafael.

- Prazer senhor Rafael. - ele diz. - Me chamo Anderson.

- Posso pedir um favor?

- Claro.

- Me chame apenas de Rafael. - ele se assustou. - senhor me faz me sentir velho. - Olhei para ele. - e não gosto disso.

- Mesmo indo contra meus ensinamentos de etiqueta... posso te chamar sim de Rafael.

- Obrigado.

      Como falei era meio novo na cidade, sabia que era grande mais não imaginava que era tão grande. Estou ficando entediado aqui dentro do carro.

- Estomos chegando? - Olhei para Anderson.

- Posso dizer que sim.

     Ele entrou em um condomínio de luxo, era uma casa mais bonita que a outra e sinceramente estou ficando mais nervoso.  Na casa ao fim da rua era na minha opinião a mais bonita, uma mansão de andar, branca com enormes janela, um jardim impecável enfeitava a entrada.

       Entremos na garagem da casa e ao parar na garagem peguei uma mochila de tira colo e sai do carro.

- Por favor me acompanhe. - Anderson diz ao sair do carro. - logo levaremos as suas coisas para seu quarto.

       O segui e acabei parando em um cômodo bem grande, o grande lustre de cristal preso ao telhado, uma enorme mesa de vidro no centro, e um sofá preto maravilhoso.

- Queira se sentar. - Anderson diz. - logo a senhora Leandra irá te atender.

      Me sentei no sofá enquanto Anderson se retirava da sala, o estofado era tão macio e gostoso, a decoração na sala era bem estiloso e visivelmente cara.

- Rafael Cruz? - Ouço o meu nome vir do alto da escada.
   
      Quando me viro vejo uma mulher deslumbrante, ela era realmente linda, o vestido lilás era bonito e sua maquiagem fraca sobre a pele. Seus cabelos loiros e com um penteado maravilho, o jeito de andar mostrava um grande elegância.

- Sim senhora. - Me levantei em respeito.

- Por favor, assim me sinto velha. - ela sorriu. - Meu nome é Leandra... Leandra Costa, muito prazer. - ela estendeu a mão ao se aproximar de mim.

- O prazer é meu. - Sorri.

- Sua mãe falou muito bem de você para mim. - ela se senta e da um sinal para que eu faça o mesmo. - Obrigado Maria. - ela agradece uma mulher que trouxe um suco de laranja.

- De onde você a conhece?

- Sua mãe?

- Sim.

- Lúcia e eu éramos amigas de infância, sabia que antes de sair viajando pelo mundo a 17 anos atrás ela morava aqui. - Leandra disse.

- Não, ela não me contou.

- Bem, minha família era muito tradicional e minha mãe acabou afastando meus amigos. - Leandra disse. - mas fiquei muito feliz de sua mãe me procurar.

- É. - dou um sorriso amarelo. - e me deixou aqui, não que eu esteja reclamando.

- Tudo bem. - ela sorriu. - Meu marido deve chegar mais tarde aí vou lhe apresentar a você, por enquanto vou lhe mostrar a casa já que passará um tempo aqui.

       Concordei e ela me levou em um tur pela sua casa, a sala como já falei era bem grande, a cozinha era linda e os demais cômodos. O meu novo quarto ficava no segundo andar da casa, ele era lindo, cama casal, closet, e um enorme banheiro.

- Vou matricular você em uma escola aqui perto amanhã,  então suponho que você possa começar na terça. - ela fica na porta. - aliás eu amei sua heterocromia parcial.

- Obrigado. - Sorri.

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Olhos da Alma (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora