Acordei e vi aquele anjo deitado aí meu lado, ele tinha chorado tanto que agora parecia derrotado, mesmo assim fofo. Levantei da cama sem me mexer muito e fui tomar banho, o que está acontecendo comigo? Será que isso é amor? Não... ou é? Estranho.P.O.V RAFAEL CRUZ.
Acordei em uma cama diferente, me lembro em seguida que estava na casa de Noah, mas não o encontro em lugar algum. Levantei da cama e procurei meu celular, tinha 20 ligações de Leandra.
- Acordou bebê. - Noah saiu do banheiro enrolado na toalha, meu Deus que corpo gostoso.
- Sim. - me virei de costas para ele.
- Tá com vergonha? - ele riu. - fofo.
- Não é não. - Falei.
- Toma uma banho. - ele me jogou uma pacote de cuecas novas. Vou lhe emprestar umas roupas minhas e vomos para sua casa.
- Não!!! Não quero voltar para lá. - Falei.
- Olha, eles são seus pais e uma hora ou outra vai ter que voltar para casa. - ele disse e era verdade. - O quanto antes vocês se resolverem vai ser melhor.
- Tem razão.
- Sempre tenho. - ele começou a vestir a cueca na minha frente sem qualquer cerimônia. - E minha razão estava dizendo que ainda não posso te dar uma beijo.
- Claro que não. - Falei. - não escovei os dentes.
- falando nisso no armário tem escova nova.
Ele me deixou ali no seu quarto sozinho. Ele era tão gentil comigo, é perfeito de mais.
*****
Depois de tomar banho, usar suas roupas que ficou um pouco maior e comer fomos para minha casa. Ele entrou comigo e já pude ver Leandra e Bruno que ao me avistarem correm para me abraçar.
- Está bem? Como dormiu? Está machucado? - Era algumas das perguntas que me fizeram.
- Estou bem. - Falei. - Dormi na casa de uma amigo.
- Achei ele vagando na rua sozinho levei para minha casa, já que não sabia o que fazer. - Noah estava acanhado e achei bem fofo.
- Muito abrigado. - Leandra abraçou ele. - Nem sei Como te agradecer, já perdi meu filho uma vez.
- Sobre isso. - Falei chamando a atenção de todos para mim. - Onde está a Lúcia?
- Ela confessou o crime e bem... - Bruno me olhou. - deve estar presa.
- Assim que voltar da escola quero falar sobre isso com vocês. - Não podia deixar ela presa depois de tudo que fez por mim.
Pedi para Noah me esperar na sala enquanto fui pegar meu material, nem troquei de roupas, mesmo ele sendo um pouco maior que eu nem me importei.
Hoje Armando nem precisou me levar na escola já que fui com Noah, quando chegamos na escola todos ficaram me olhando ao descer do seu carro. Noah veio até mim e entramos juntos na escola, fui até meu armário e ele me olhou surpreso.
- Depois da morte de Pedro Abril você é o primeiro a ficar com esse armário. - ele disse.
- Pedro Abril? - olho para ele.
- É... irmão de Kamila sua amiga. - ele disse. - esse era o armário dele, não sabia?
- Não, sabia que o irmão dela tinha morrido sim mas não que esse era do irmão dela.
- Pois é, as pessoas diziam que esse ligar era mal assombrado e tal, bobagem mas ninguém queria ficar com esse armário.
- Sabe como ele morreu.
- Olha, eu não era seu amigo e estava longe disso. - Noah não parecia mostrar qualquer sinal de quem sente falta. - Para ser sincero não gostávamos uns dos outros, mas acho que pessoal e se quiser saber pode perguntar para Kamila.
- Ok. - Sorri.
- Tenho que ir. - ele me dá um selinho e sai correndo.
Assim que fecho o armário vejo Sebastian me olhando de longe, não o ignoro, mas não sou idiota de ficar atrás. Vou para sala e tenho aula, na parte da tarde tivemos que estar na mesma sala. Ele até ia falar comigo mais Kamila me puxou para longe, na verdade ela nem viu ele vir até mim, apenas queira falar comigo.
- Está tudo bem? - ela pergunta.
- Bem, mais ou menos. - Falei. - É tipo que ontem minha vida tomou um novo rumo. - contei detalhadamente tudo para ela enquanto estávamos em uma aula vaga. - E aí o Noah me trouxe hoje.
- É muita coisa. - ela disse. - Mas como você está?
- Estou bem, confuso mais bem. - sorri e bebi um pouco de suco. - O Noah está sendo uma amor comigo.
- Você sabe que odeio o Sebastian mas entre ele e o Noah com certeza o Sebastian.
- Por que toda essa raiva por eles? - questiono.
- No diário do meu irmão tem muitos textos incompletos, era como se ele não quisesse que algum soubesse das coisas caso algum dia alguém lê-se, mas... - ele olha alguns alunos andando pelo pátio. - Mas eu encontrei alguns tentos que indiretamente se refere a eles dois, principalmente de quando pegaram no seu pé e a raiva que eles faziam meu irmão sentir, mas por quê? - Ela ficou pensativa. - qual é a relação entre eles?
- Não sei mas... por que não me contou que o meu armário pertencia a seu irmão? - Falei. - Como ele morreu?
- Não te contei pois não queria ter que lembrar que um dia meu irmão tinha suas coisas ali. - ela olha para o chão. - Mas o motivo da sua morte conto a você nesse final de semana na minha casa.
- Promete?
- Sim.
Ficamos ali conversando sobre outras coisas, de longe pude ver Noah me dando tchau, mas foi apenas de passagem já que ele sumiu.
Depois Mila e eu voltamos para sala, química era muito legal. A aula encerrou e me despeço de Mila pois tinha uma coisa para fazer.
- Oi. - Noah chegou por trás com aquele sorriso lindo. - Vomos?
- Vomos sim. - Falei.
- Rafael!!! - Sebastian parou derrapante na minha frente. - preciso falar com você.
- Agora não dá Sebastian. - não que eu não queira falar com ele mas precisava resolver aquele assunto da minha mãe.
- Por favor, um minuto. - Ele insistiu.
- Não ouviu? - Noah empurra seu ombro. - Ele não quer falar com você.
- Quem você acha que é? - Sebastian o empurra também é fica encarando.
- Tenho problemas de mais para ficar de babá.
Passei entre os dois indo em direção a saída. Ouvi Noah me pergunta aonde eu estava indo, falo casa e corro para pegar o ônibus já que hoje Armando não viria e estava com muita pressa para ir a pé.
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Olhos da Alma (Romance Gay)
RomantizmPedro Abril é um jovem muito dono de si, acha que é intocável e nada acontecerá a ele. Rafael Cruz é um garoto que sofreu e tem motivos para se manter sozinho. Sebastian Azevedo é um moleque que passou por momentos difíceis e pensa que o mundo lhe o...